Mesmo não tendo faculdade e trabalhando no ramo acredito que isso seja um ponto positivo. Valoriza o pessoal da área e o mercado não fica tão corrompido como está hoje.
Ops… agora que ví que reabri o tópico. Estava lendo as noticias e esse tópico está em 1º na lista mesmo com a última mensagem de 16/07/2010!
Diploma é sim sinal de conhecimento. O que atrapalha é sua preguiça e lazer(jogos, conversas, esportes, tv …) em excesso. Se o profissional é diplomado e desleixado, a culpa não é de seu diploma. Ser desleixado e não contribuir em nada é valido para qualquer um.
Sou contra a REGULAMENTAÇÃO. Sou diplomado.
No meu ponto de vista, qualquer um pode e deve contribuir com seus conhecimentos para a sociedade. Dado que todos podem podem aprender, a evolução e desenvolvimento dos seres humanos deve ser livre e sem custo a qualquer profissional ou entusiasta, principalmente na área de TI, que é a que mais produz novas tecnologias. Impor restrições ao uso e distribuição das mesmas apenas atrasaria ainda mais a produção de novas técnicas, tecnologias, métodos e métricas. Não é por acaso que a nossa área é a que mais distribui informações através de artigos, forums, blogs, etc. Sendo assim, devemos manter a tradição e distribuir nossos conhecimentos através de qualquer meio de comunicação possível.
Claro que um salário maior não seria assim tão mal… mas a que preço?
Por fim, digo que não podemos aceitar restrições ao nosso trabalho, já existem vários métodos, padrões, métricas e linguagens diferentes para que você possa escolher a que melhor se encaixa em seu trabalho/projeto/estudo estão disponíveis para uso.
Aos que são contra, por favor leiam o texto do projeto de lei, pois os seus argumentos estão bem cobertos no projeto.
Profissionais já existentes no mercado serão preservados;
Profissionais de nível médio serão preservados.
Minhas considerações a respeito desse caso são as seguintes:
Um profissional empenhado investe anos de estudo acadêmico, noites em claro ponto em prática sua autodidática, milhares de dólares em certificações internacionais.
Este tipo de profissional deveria ter seu valor reconhecido, pois está seguindo sua carreira e levando adiante seus investimentos em seu principal produto, o intelecto.
Existe então aquele fedelho que até daria um bom analista, mas não paga pela faculdade, e começa a fazer dinheiro vendendo programa de crud com preços absurdamente baixos.
Este fedelho acaba ganhando uma certa experiência e se prostitui para uma fábrica de software exigindo 1/3 do salário pretendido pelo analista douto.
Onde está a justiça do trabalho nesta situação?
Médicos têm sua proteção, assim como advogados, engenheiros, arquitetos.
Porém entre todas estas profissões, prefiro comparar Análise de Sistemas com Arquitetura. O arquiteto em si não põe a mão na massa como um engenheiro, ainda assim ele cria seus monumentos, verdadeiras obras de arte. Imagina o que seria deles sem regulamentação da profissão? Qualquer zé doidinho iria rabiscar um prédio.
Vejam a qualidade do software nacional, e a qualidade dos códigos produzidos nos nossos legados, é pior do que pôdre, e todos sabem disso. Isso ocorre porque foram produzidos por profissionais extremamente desqualificados. Lembro-me de uma função que tive que dar manutenção em uma empresa que trabalhei, tive que dar cabo de achar uma falha em uma função de 4000 linhas, um absurdo.
Sou totalmente a favor da regulamentação, afinal de contas, todos aqui estão cursando ou pretendendo cursar uma faculdade da área.
Ou seja: se for aprovado, eu, que estou no segundo ano de faculdade, não vou poder mais trabalhar, mesmo sendo reconhecido e elogiado na empresa onde eu trabalho.
Eu sou a favor. Mas, penso que poderia ocorrer uma série de outros fatores que antecedem a regulamentação. Um exemplo, eu assisti esses dias a uma reportagem na TV Cultura sobre as condições em que se encontra a UNIFESP Campus-Guarulhos SP. Para que não viu, eh triste!
Cito as instituições de ensino do estado de São Paulo, mas não eh novidade alguma para os nossos amigos de outras regiões.
quem precisa da lei pra poder ganhar um concorrência, contra uma pessoa que não tem diploma, é porque não faz um sistema melhor que ela.
quem se preocupa com os sobrinhos que estão no mercado cobrando 1 salario minimo por software, deveria se preocupar em estudar mais e trabalhar fazendo sistemas que agreguem mais valor.
Tem outra, no meu modo de vêr a regulamentação, se for aprovado o projeto de lei, será um gancho para que possa se estabelecer leis contra os crimes virtuais, que deve ser o maior interesse por parte dos governantes e da sociedade.
[quote=doravan]Aos que são contra, por favor leiam o texto do projeto de lei, pois os seus argumentos estão bem cobertos no projeto.
Profissionais já existentes no mercado serão preservados;
Profissionais de nível médio serão preservados.[/quote]
Isso é uma simplificação grosseira do que estamos falando. Estou falando que não é justo barrar futuros auto-didatas também.
[quote]Um profissional empenhado investe anos de estudo acadêmico, noites em claro ponto em prática sua autodidática, milhares de dólares em certificações internacionais.
Este tipo de profissional deveria ter seu valor reconhecido, pois está seguindo sua carreira e levando adiante seus investimentos em seu principal produto, o intelecto.
Existe então aquele fedelho que até daria um bom analista, mas não paga pela faculdade, e começa a fazer dinheiro vendendo programa de crud com preços absurdamente baixos. Este fedelho acaba ganhando uma certa experiência e se prostitui para uma fábrica de software exigindo 1/3 do salário pretendido pelo analista douto.[/quote]
No fato de que provavelmente esse fedelho só vá fazer isso mesmo: CRUD. Já o analista que investiu tempo e dinheiro, fica com os sistemas legais e bem remunerados.
Está no fato de:
a) O fedelho poder evoluir e crescer numa profissão, mesmo sem faculdade;
b) O empregador pequeno poder pagar pouco por um serviço barato (isso se chama direito de escolha ou liberdade individual);
c) Não um órgão ou entidade que dizer como nós fazemos nosso próprio trabalho;
d) Não termos ainda mais um órgão protegido pelo governo retirando parte do salário todo mês;
e) Uma empresa grande poder definir os critérios que quiser para contratação.
Médicos lidam com vidas humanas. Engenheiros podem causar catástrofes. São áreas onde uma regulamentação faz sentido. Até por isso, mesmo que vc seja de informática, vai e vá fazer um sistema nessas áreas, terá que ser com processos rígidos - mesmo nas leis atuais.
Já os outros, sou igualmente a favor que se retirem as reservas. Agora, o argumento não pode ser usado no sentido de “se eles podem, nós também podemos”. Isso é justificar um erro com outro. É um argumento totalmente infantil. Se está errado um arquiteto ou advogado ter reservas, briguemos para que isso caia.
Quem já trabalhou como PJ sabe que uma das coisas mais frustrantes que existe é você ser obrigado a contratar um contador, só porque a lei diz que tem que ser assim.
Deixa o Zé Doidinho rabiscar o que ele quiser, ué. Provavelmente ninguém vai comprar os trabalhos dele.
E, se o cara for um gênio, por que não?
E você tem certeza que quem escreveu essa função era auto-didata? Boa parte desse legado certamente foi feito por formados. Você está partindo do pressuposto que ter um diploma é sinonimo de qualidade. Não é assim, ter um bom ensino é sinonimo de qualidade. O diploma é só um pedaço de papel.
Precisamos é de formas melhores de avaliar os cursos bons e os ruins. Melhores mecanismos de certificação. O diploma tem que ter valor pelos profissionais que estão atrás deles, não porque uma lei diz que tem valor.