Para quem desenvolve software, uma boa notícia: o Laboratório de Tecnologia de Software (LTS) da Escola Politécnica da USP, lançou esta semana um modelo de fábrica de software voltado para pequenas e médias empresas, baseado em tecnologias que permitem definir processos de desenvolvimento de software, com o objetivo de facilitar a exportação.
Fiquei tao interessado pela noticia, mas aqueles contatos por email e telefone, sem NENHUMA informacao em pagina alguma, parecia resultado de vappoware + assessoria de imprensa.
[quote]A aplicação do modelo tem um custo, que varia de acordo com a empresa, sua cultura, maturidade dos processos e até tamanho da equipe, detalha Siqueira.[/quote]Mas mesmo assim poderia ter algo no site deles, apesar de, ironicamente, ser bem amador: http://www.pcs.poli.usp.br/lts/
Agora, um comentário me chamou um pouco a atenção:[quote]“Também se torna possível integrar estas fábricas com empresas de desenvolvimento de software que atuem em mercados mais exigentes, como a Comunidade Européia”[/quote]Eu não tenho experiência no exterior, e conheço pouquíssimos que tem. A diferença é tão grande assim ou esse comentário foi só pra “degradar” o mercado em favor do produto deles?
[quote=obattousai]Para quem desenvolve software, uma boa notícia: o Laboratório de Tecnologia de Software (LTS) da Escola Politécnica da USP, lançou esta semana um modelo de fábrica de software voltado para pequenas e médias empresas, baseado em tecnologias que permitem definir processos de desenvolvimento de software, com o objetivo de facilitar a exportação.
O Professor Jorge Risco é um cara bastante sério, com muita experiência, e é PHD por Stanford. A notícia é provavelmente séria, porque tive contato com o grupo durante o decorrer do projeto (apesar de não ter participado direta ou indiretamente da pesquisa). Sei que ele tem uma vasta experiência em consultoria para implantação de processo CMM. Vale a pena uma ligada, é um cara bastante acessível.
O PHD em Standford, Carnegie ou Princeton não me diz o quanto ele vivenciou de desenvolvimento de software. Ja o CMM pode dizer um pouco, mas ainda nao diz se ele liderou um ou mais projetos.
Nao estou duvidando da seriedade do projeto, porem a noticia em si deixou muito a desejar. Ela nao informa.
O PHD em Standford, Carnegie ou Princeton não me diz o quanto ele vivenciou de desenvolvimento de software. Ja o CMM pode dizer um pouco, mas ainda nao diz se ele liderou um ou mais projetos.
Nao estou duvidando da seriedade do projeto, porem a noticia em si deixou muito a desejar. Ela nao informa.[/quote]
Diz sim. PhD é menos aprender e mais criar, e se quiser o titulo, não é projeto foo bar não.
Quão exaustivamente este modelo foi testado e quais foram os resultados alcançados? Eu sou aluno da USP e, sabendo como as coisas funcionam lá dentro, não acredito que este modelo tenha sido posto a prova em um ambiente real (sim, aquele ambiente em que os prazos costumam ser tão pequenos quanto os orçamentos e a paciência do cliente) para determinar que este seja um modelo realmente viável.
Sim, eu acho que isso é vaporware acadêmico de primeira linha.
Eu fico muito contrariado, quase ofendido com esssa notícia (não acho que a USP tenha concordado com este modelo. Se a Poli concordou, o problema é da Poli :evil: ).
As minhas experiências com empresas com processos muito bem definidos são as piores. Para mim, esta masturbação todo por processos, fábrica de software, etc, é coisa para indiano que podem alocar uma centena de pessoas em um processo que normalmente dez fariam. Depois você ainda tem que ouvir que os indianos são melhores programadores.
Essa notícia me pareceu tão estranha quanto: “IME-USP lança novo modelo de estruturas de construção de prédios” ou “IQ-USP define novo teorema matemático revolucionário”.
Discordando, não acho que haja um instituto na USP com mais propriedade para falar de Engenharia de Software do que a Poli, que possui o curso de Engenharia de Computação, que é considerado há algum tempo entre os melhores cursos de computação do país (quando não o melhor).
Quanto a ter ou não processo de desenvolvimento, essa discussão causaria um flame war tão absurdo que eu não vou comentar.
Já quanto à pesquisa, a contribuição é justamente propor um modelo viável para pequenas e médias empresas.
Já tendo trabalhado por alguns meses em um desses laboratórios da Poli a notícia não me surpreendeu nem um pouco. :hunf:
A postura da Poli (e da FEA) são bem distintas do resto da USP, e é o tipo de coisa que se espera deles mesmo. A idéia deles (palavras de um desses professores chefões de lá) é que engenheiro tem uma formação para capacitá-los a atuar em qualquer coisa, e melhor do que os especialistas na área! Detalhe: palavras essas direcionadas a mim, aluna do IME e a única que manjava alguma coisa de Java do projeto inteiro, insinuando que eu tinha que estar lá no projeto com a postura de aprender com eles.
Não quero generalizar pois alguma das pessoas de meu contato pessoal que eu mais respeito são formadas na Poli ou trabalham lá, mas meu contato pessoal com professores da Poli só me deixou más impressões, por esse e outros motivos.
Apenas uma observação: Um Engenheiro de Computação É um especialista da área.
Realmente, tem muita gente arrogante na Poli, mas tem muita coisa boa. Essa rixa entre IME e POLI, na minha opinião, é uma bobeira tão grande… não se ganha nada alimentando isso.
sou ex-poli eng de computacao (larguei, formei no ime), e acho que a poli faz realmente muita coisa, mas a quantidade de noticias desse genero que saem as vezes sao demais. os outros institutos trabalham a mesma quantidade (ou mais, vale lembrar que a poli tem um dos piores indices de publições por docentes da usp!) e nao fazem esse estardalhaço, ainda mais com noticias e projetos half baked.
e volto a dizer que um phd nao diz muito quando a gente ta falando em uma metodologia para desenvolver software. creio que nesse caso a experiencia seja fundamental.