USP lança modelo de fábrica de software para pequena e média empresa

[quote=armando]
Discordando, não acho que haja um instituto na USP com mais propriedade para falar de Engenharia de Software do que a Poli, que possui o curso de Engenharia de Computação[/quote]
Poxa, mas isto é difícil viu. Já era difícil argumentar sobre o uso racional de modelagem, e porque não, de processos de desenvolvimento de software… vai a poli falar que: USP lança um modelo de fábrica de software!
Toin!!!
(Esta história de modelo de fábrica de software) parece uma regressão àquela antiga analogia da construção de software como a construção de um prédio. Primeiro vai o engenheiro e o arquiteto, desenhar e planejar a construção do prédio. Depois, os pedreiros vão lá edificar o projeto com tijolos e cimento.

Me desculpem. Não dá para aceitar quieto isto. Parece que poli está forçando a barra para que a computação tenha mais cara de engenharia (tradicional).

E não tem!!!

  1. A construção de software é a construção de conhecimento. O conhecimento não tem peso… pode ser replicado, refatorado, transportado a custo (próximo de) zero. Isto não se aplica a carros, prédios, aviões.
  2. Como conseqüência, O processo de construção de software pode ser um bazaar (várias pessoas, em diversos lugares do mundo, em momentos diferentes).
  3. O maior custo da fábrica de software não são os maquinários mas as pessoas. Dessa forma, qualquer grupo de desenvolvedores pode resolver “virar” uma fábrica.
  4. Por tudo isto, o mercado de software é ímpar. Por exemplo: Os softwares tendem ao monopólio natural (lei das redes: todo mundo usa msn porque todo mundo usa, todo mundo usa word/excel porque todo mundo usa, etc). O custo marginal de produção de software é alguma coisa próxima de zero.

Na USP toda, só dois institutos possuem disciplinas voltadas para o estudo desses fenômenos, e Poli não é um deles.

Vejamos outros exemplos: o Warcraft III foi construído por um grupo de 15 pessoas (entre QA, designers, programadores). O grupo do K42 da ibm (que visa o desenvolvimento de novos sistemas operacionais) possui 16 pessoas.

Será que a Poli se propõe a considerar e mostrar para os alunos estes modelos de desenvolvimento como alternativas aos modelos tradicionais!?

Engenharia de Software evolui muito nos últimos anos (XP, Refactoring, Test driven, etc) . Evolui tanto, para não ser mais confundido com uma adaptação da engenharia tradicional ao desenvolvimento de Software. Então, até que eu veja que a poli tenha assimilado todos estes conceitos, não engulo a história que ela tenha mais propriedade que qualquer outro instituto da USP para falar sobre Engenharia de Software.

Engenharia de software != Engenharia de computação.

Bom, antes de tudo eu sou aluno do curso de engenharia da computação lá da Poli.

Discordo. Realmente o curso de engenharia da computação na USP é muito bom, mas uma coisa é o curso de Engenharia da Computação, outra é o departamento de engenharia de software.

Conheço MUITAS pessoas boas e competentes trabalhando lá dentro do departamento de engenharia de softwate (incluindo aí o LTS que é o laboratório da reportagem). Porém na minha opinião as idéias defendidas pelo pessoal desse departamento são um pouco atrasadas e muito acadêmicas. As disciplinas que cursei com o pessoal de lá sempre defenderam os desenvolvimentos pesados e cheios de documentação no melhor estilo RUP.

Bom quem está dizendo isso é o autor da reportagem, e não a USP nem a Poli. O que foi lançado é apenas um projeto do professor Jorge Risco, e talvez essa seja a confusão.

O problema aí é que nem a engenharia tradicional, como você chamou, é desse jeito. Não é essa coisa arrogante de que um engenheiro Deus master vai lá, projeta e todo mundo segue a planta calado!

Longe disso, eu pelo menos uso a engenharia sim no desenvolvimento de software. E com muita humildade.

Bom, denovo, eu sou da Poli e não acho isso.
Essa é uma opinião da equipe que fez o projeto e não da Poli. Na verdade, não existe a engenharia tradicional a que você se refere. A engenharia não é uma receita de bolo de como construir casas. Muito mais que isso, é uma forma de pensar e de agir com uma única finalidade: resolver problemas. Cada engenheiro aplica a engenharia de forma diferente!

Realmente (como você mesmo disse) não há nada de “ciências exatas” nisso. O engenheiro nada flexível que só segue receita de bolo para mim não é engenheiro!

Concordo. Sinto falta de disciplinas assim no curso de engenharia da computação da Poli.

Infelizmente não. Concordo plenamente com você nesse ponto e acho que o pensamento do pessoal lá do departamento de eng. de software é atrasadíssimo.

Realmente, essa rixa entre a Poli e o IME é ridícula. Como aluno da Poli eu já fiz muita coisa no IME: assisti aulas, dei monitoria, me envolvi em projetos. Também tenho amigos lá dentro e conheço muitas pessoas.

Em vez de ficar com essa briga idiota, as pessoas deveriam ter consciência de que estão em uma Universidade. Trabalhando/pesquisando na mesma área; e por isso deveriam juntar forças!