Analisando algumas vagas no site da apinfo, encontrei uma vaga que me deixou um pouco preocupado.
Tal proposta oferecia o valor de R$ 2.800,00 a R$ 3.500,00 em forma de contratação CLT + benefícios.
Porém eu acredito que para o conhecimento/experiência exigida o valor está muito baixo.
Já vi discussões do tipo neste fórum porém eu gostaria de discutir um pouco levando em consideração o perfil
exigido por esta vaga.
Gostaria de saber se este é realmente o valor de mercado, pois se for, fica complicado estudar 4 anos em uma faculdade,
fazer + 2 anos de pós e tirar certificações p/ receber este valor.
Vejam o perfil da vaga:
Analista Programador Pleno
Mínimo 2 anos de experiência em programação Java.
Superior Completo.
Sólidos conhecimentos de análise orientada a objetos
Experiência comprovada de 2 anos em:
Linguagem Java(J2EE e J2SE)
JBOSS ,EJB ,JSP ,Servlets ,Ajax ,Struts ,Hibernate
JPA ,Banco de daddos: mysql, oracle ,MVC ,XML ,SVN (Subversion) ,Ide Eclipse
Conhecimento em PHP será um diferencial.
O Problema é simples, tem muito cara por ai que se diz pleno e seniors e não sabem nada, deviam ser estagiários, e olha lá.
por isso muitas empresas pagam pouco por causa da grande quantidade de “mentirosos” que tem no mercado, não vale a pena pagar bem para um cara que você nem sabe se realmente é pleno ou senior. e pra ajudar, tem muito profissional recem formado que se acha o cara, só porque sabe spring , hibernate ou JPA, ou estudou na Faculdade XYZ, mas na hora de entender a logica do negócio fica perdido.
Tem muito cara RUIM no mercado, é por isso que se paga tão pouco…
Nessas horas é que acho que a criação de um Conselho Regional ajudaria muito, mas SBC é 100% contra isso.
3,500.00 é a média do pleno.
Agora se vc tem pós em programação, fala sério. Pós tem que ser gerencial e não pós em java. rsrs (meu ponto de vista)
Se você estudou quatro anos em uma faculdade, considero absolutamente normal, tem muitos que cursam outros cursos superiores e ganham muito menos que isto. Realmente nós estudamos muito e merecemos mais, mas se não está satisfeito, não aceite.
Infelizmente, não creio que um conselho resolva o problema. Aliás, ele ainda piora, porque muito cara bom, que não cursou ou não terminou a faculdade não poderá ser contratado. Além do que, será outra entidade para mordiscar o seu rico dinheirinho todo mês. Finalmente, acho que a informática é dinâmica demais.
A criação de um conselho envolve dar aos profissionais a capacidade de assinar, e envolve a criação de procedimentos oficiais. Agora, vamos supor que o CREA assuma a responsabilidade (sim, ele quer) e se espelhe na engenharia colocando a UML como forma oficial de documentação. Sabe o que significa? Que se você não seguir a UML, poderá ser responsabilizado pela falha de um software. E o XP? E o SCRUMM? Sorry, my friend, você arriscou porque é irresponsável (segundo o conselho). Novos métodos e técnicas surgem a cada dia, e acho difícil um conselho burocratizar rapidamente todas elas. Mesmo que ele use um método que hoje é “ideal”, em poucos anos pode surgir coisa melhor, e a burocracia te manterá preso no passado.
Uma coisa que seria legal é se a SBC promovesse exames de certificação, realmente focados em tecnologias usadas no mercado de trabalho, e que tivessem um grau de dificuldade interessante, a ponto de ser reconhecido no mercado. Seria como um “selo de qualidade SBC”. Ele poderia ser mais abrangente do que um exame de certificação Java, por exemplo, mas não tão científico como a prova do PosComp - que para uma empresa, vamos e venhamos, não serve para nada.
Você pagaria para fazer o exame, como já faz nas certificações atuais. E só paga quem quer se certificar. Creio que essa seja uma excelente fonte de renda para SBC, e uma ótima forma de ajudar a contratante a escolher quem presta ou não (embora 100% de certeza nunca exista).
[quote=felipeguerra]
Só se vc aceita trabalhar por isso…[/quote]
Felipe, qual valor você considera um valor médio para o mercado?
Fiquei preocupado com esse assunto porque tenho estudado muito JAVA, e desenvolvendo também.
E o que tenho percebido é que não se pode dominar a plataforma da noite para o dia.
Tornar-se um bom profissional nessa plataforma exige muita dedicação e investimento ( seja de tempo seja de money ).
E um valor desses realmente é de assustar, pois se esse for o normal do mercado p/ desenvolvedores JAVA a coisa tá feia.
Tudo depende de como você encare o emprego. Existem pessoas que realmente estão dispostas a ganhar menos, se a empresa oferecer boas (ou excelentes) condições de trabalho. Será que é o caso dessa empresa aí? Horário flexível, estacionamento próximo, proximidade com restaurantes simples e baratos, prazos não muito apertados, uma equipe legal, ou a empresa ser quase ao lado da sua casa, tudo isso pode valer fazer um salário desses se tornar atrativo.
Um salário ruim também pode ser uma oportunidade de um pleno desempregado voltar ao mercado de trabalho. Nem que seja por poucos anos, para depois procurar emprego estando empregado. É difícil pedir um salário alto com a esposa e filhos passando necessidades em casa, ou com as contas se acumulando.
Infelizmente, o que normalmente acontece é que empresas assim são pequenas, desorganizadas e te sobrecarregam. Não só pagam pouco, como oferecem péssimas condições de trabalho. Nesse caso, a menos que você se enquadre no parágrafo anterior, simplesmente ignore essa oferta e procure por algo melhor. Agora, a dica que dou é, funcionários plenos, para bons empregos, geralmente são contratados pelo seu networking, e não através de sites ou de jornal. Pelo menos, foi assim com os meus últimos 2 empregos, e com o de diversos colegas aqui também. Procure manter uma boa rede de relacionamentos, ajude pessoas com seu conhecimento, para que elas se lembrem de você. E melhor, se lembrem como alguém que manja, e é pleno realmente.
Ah sim, muitas empresas pedem profissionais assim e estão dispostas a contratar júniores. Só ter a faculdade não te torna pleno. Isso geralmente exige no mínimo uns 2 anos de experiência profissional.
Pessoal, nosso Amigo Adolfo esta se preocupando com algo que e passageiro, isso e apenas uma fase de mercado.
Sou desenvolvedor Delphi e conhecedor Java a varios anos, com o Delphi ja tivemos o mesmo problema o mercado estava cheiro de pessoas dizendo que manjavam de Delphi etc, mais na verdade era so conversa com isso atrapalhava muito o mercado com a falta de confiança nos profissionais, com o tempo a coisa inverteu e hj o mercado esta precisando de desenvolvedores com experiencia em Delphi e estão pagando muito bem para o mercado de hoje. Caro Adolfo não se preocupe que essa fase passa no maximo em 1 Ano, boa sorte.
Eu vejo um problema maior ainda, tem muita gente formada em administração, pedagogia e/ou modas…entrando de gaiato no nosso ramo simplesmete pela escacês de vagas nas outras aréas.
Por isso eu acho que tem mesmo que regulamentar a profissão, e tem outro problema, tem muita gente vindo de outros lugares do brasil onde viver com 600R$ é um milagre… chegando aqui
conseguem ganhar 3.000 clt, nossssa!!!.. (Eles devem falar), essas pessoas acabam aceitando, porém com o passar do tempo vêem que o custo de vida neste linda e pacata cidade é muito alto…
tentam negociar o valor e não conseguem daí partem para o mercado, e deixa o vicio naquela empresa… pois novamente a vaga aparece na apinfo com o valor de 2.500 / 3.000 para outro migrante.
vejam não estou criticando pessoas de outros estados, pois tenho bons amigos de fora da minha cidade, porém esse é um dos motivos pelo qual muitas empresas estão se aproveitando…
Olá ViniGodoy, não acho que vc está 100% certo nem acho acho que eu sou dono da verdade, afinal forum é para isso mesmo, para trocarmos ideidas.
Bem, duas coisas sobre este seu comentário, a proposta que rolava no congresso não impediria que uma pessoa que não terminou a faculdade não pertença a CR… a ideia é que ela teria niveis, assim como no CRC (Contabilidade) tem dois nivel, um cara que terminou a faculdade na área ‘teoricamente’ tem mais embasamento do que um que fez Advocacia, ou Administração ou ainda uma pessoa que não tem faculdade, ou está cursando este poderia fazer uma prova criada e organizada pela SBC, mas seria um nivel mais baixo.
com relação a pagar todo mês para CR… , nos outros CRs da vida (pelo menos o que eu conheço), eles não pagam todo mês, eles pagam 1x por ano (igual os membros da SBC pagam para a SBC 1x por ano, o que provavelmente aconteceria, é que as pessoas que pagam a SBC deixariam de pagar a SBC para pagar o CR…).
Bem, mas a proposta que rolava no congresso não vingou , certo?
com relação a imposição de metodologias, creio que seja quem for que tomase conta da CR… iria antever isso, e no máximo colocaria metricas como CMMI que não forçam como vc deve fazer, e somente dizem que vc precisa fazer, o como fazer é problema de cada empresa, se vai ser RUP, XP, SCRUM, ou até uma metodologia interna, não importa, o importante é ter uma metodologia que envolva o planejamento, criação e testes bem definidas.
Concordo com o Vini, boas oportunidades geralmente vem do seu círculo de contatos. E quanto a proposta é bom levar em consideração a posição geográfica, pois provavelmente em algumas cidades do Brasil, este deve ser um ótimo salario para um Java Pleno, pois mais incrivel que isso possa parecer.
Ótimo, e por essa proposta, o Philippe Calçado, que notoriamente manja D+ e é um auto-didata brilhante, e já manjava muito antes de terminar a faculdade (aliás, nem sei se já terminou), teria um nível inferior a um recém formado.
É por isso que sou a favor de uma entidade certificadora, não uma besteira regulatória baseada na formação. Obvio, teoricamente, quem fez uma faculdade, se bem-feita, terá mais facilidade para tirar o certificado do que o auto-didata. Eu mesmo defendi e ainda defendo a importância de faculdades, mas não acho justo de tirar o mérito de quem realmente tem capacidade sem elas.
Aliás, o histórico do governo e de conselhos de resolver problemas, em especial os salariais, é péssimo. Não vejo porque pessoas ainda acreditem nisso.
Também é bom lembrar que um conselho dificulta a criação de cursos novos, nas próprias faculdades. Por exemplo, até hoje muitas faculdades de engenharia elétrica (ou de alimentos) se vêem forçadas a dar aulas de Engenharia dos Materiais (tipica de construção civil). O próprio CREA dificulta a anos a flexiblização da regra por considerar isso “núcleo básico da engenharia”.
O conselho regulamentaria uma cartilha de cursos com direito a ser um profissional “nível 1”, o que limitaria a abertura de cursos mais específicos, já encontrado nas faculdades, ou algum que tente aproveitar um nicho de mercado. Um exemplo desses cursos são as faculdades de jogos de computadores, que agora tentam aproveitar o nicho criado pela Ubisoft, SouthLogic e pela Hoplon.
Não consigo ver como deixar a informática menos dinâmica e mais burocrática possa realmente melhorar a situação. Bons empregos existem. O que se deve questionar é: sou realmente um bom profissional? Se for, logo terá um bom salário, tenha amadores no mercado, ou não.
desculpa a minha ignorancia, mas estes cursos não precisam do aval da SBC hoje???
eu sei que os cursos de Analise de sistemas, Ciências da Computação e Licenciatura em computação, para funcionarem precisa de de um aval da SBC que avalia a grade curricular, e solicita alterações de tempos em tempos…
esses cursos que vc mencionou não são fiscalizados pela SBC também???
Isso não confere, faculdades de informatica na sua grande maioria deixam os profissionais sairem crús para o mercado, a experiencia é mais valiosa que muitas horas lendo um livro em nossa área, que muda constantemente.
Ninguem quer pagar algo para nao receber nada em troca, como acontece hoje com os sindicados de informatica.
CMMI não é uma certificação para o profissional e sim para a instituição, não tem maneira de avaliar um profissional, pois existem várias vertentes na area de tecnologia.
O que dá um bom dinheiro é trabalhar com pj, clt reduz mt mesmo.[/quote]
Isso não é salário de Pleno.
E com 2 anos de experiência não da pra se considerar um desenvolvedor pleno, por mais que o cara tenha feito milhares de cursos, pois falta justamente a experiência…
Também não precisam. A SBC realmente sugere e propõe-se a avaliar alguns cursos, mas não tem força de lei, e nem poder para impedir um curso de veicular.
Mesmo a prova do POSCOMP não é obrigatória. Faculdades podem oferecer mestrados sem ministra-la, embora normalmente considera-se um bom critério.
Não, ela não é um orgão fiscalizatório. Ela elabora rankings, tira estatísticas, mas não tem poder para cancelar nada. Nada impede, entretanto, que ela denuncie abusos para o MEC, mas isso é bem diferente dela ser o próprio agente fiscalizatório em si. Normalmente, encara-se de forma inversa. Sou uma faculdade, tenho um bom curso, vou chamar a SBC para que ela mê dê uma nota, para me valorizar, ou me indique os problemas, para eu me corrigir.
Cada caso é um caso, aqui em Recife um salário de 3000,00 pra um pleno não é coisa fácil de achar, mesmo o cara tendo experiência, pós-graduação e certificações. O cara acaba migrando de região ou mesmo apelando pra concurso público na área que hoje em dia paga acima de 2500,00 inicial, o que em muitos casos é a mina de ouro pra quem tava fazendo faculdade e estagiando por 1.000,00 reais. Eu acredito que o mercado é seletivo, o brilho da profissão de informática acaba quando o cara vê que pra ganhar uma grana honesta tem que ter conteúdo e estudar pacas, vi muita gente largar o curso pois a matemática exigida e as linguagens de programação eram coisa complicadas pra se dar. Na minha opinião o cara tem que ter calma, analisar o mercado e região pra onde quer trabalhar. O resto é fé em Deus e coragem pra correr em busca dos objetivos.