Projeto visa formar 10 mil programadores

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PLANTÃO INFO / 11/2008 / TI

Projeto visa formar 10 mil programadores

Felipe Zmoginski, de INFO Online

Sexta-feira, 14 de novembro de 2008 - 21h26

SÃO PAULO ? Um projeto público e privado promete formar 10 mil novos programadores ao longo de 2009.

Chamado de ForSoft, o projeto é uma idéia dos ministérios da Ciência e do Emprego e existe desde 2006, mas só no próximo ano terá um número ambicioso de formandos. Segundo o ministério da Ciência, o governo Federal firma parcerias com empresas de TI para dar formação de programadores a jovens de famílias pobres do país.

Ao longo de 2009, as duas pastas afirmam que aplicarão R$ 7 milhões no programa. As empresas privadas que participarem devem investir no programa, contratando professores ou cedendo suas áreas físicas, como salas e centrais de computação, para os novos alunos.

Segundo o ministério da Ciência, há uma carência na formação de programadores em várias áreas do país.

A idéia é concentrar investimentos nestas regiões e acordar com os parceiros privados para que contratem os melhores jovens formados no programa. A expectativa é que 30% dos formandos terminem o curso com uma proposta de trabalho.

Ao contrário dos cursos realizados em 2007 e 2008, no próximo ano a duração do aprendizado será de apenas seis meses e não mais um ano. Em contrapartida, as aulas serão diárias e não mais semanais.

A administração do curso avalia que este novo formato será mais eficaz na formação de programadores e diminuirá o porcentual de desistência nestes cursos. [/quote]

http://info.abril.com.br/aberto/infonews/112008/14112008-55.shl

Será que isso é bom ou ruim?

Isso até pode parecer ruim, afinal são mais concorrentes no mercado. Porém, quanto maior o número de profissionais no mercado, maior será o número de projetos no mercado brasileiro.

Isso até pode parecer ruim, afinal são mais concorrentes no mercado. Porém, quanto maior o número de profissionais no mercado, maior será o número de projetos no mercado brasileiro.

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Primeiro que a demanda está muito maior que a oferta. Então não existe essa concorrência.

E eu acho uma coisa boa, porque eu mesmo já coordenei e implantei um curso desse tipo em ilhéus, por dois anos.

Pra quem olhar pro seu próprio umbigo, isso pode ser ruim. Mas para os jovens carentes que só querem uma chance, isso pode ser a oportunidade de uma vida. Hoje fico feliz de ver ex alunos meus atuando na área, desenvolvendo projetos e soube que um recentemente se “meteu a besta” de abrir uma empresa. rssrrsrsrssr Para esses caras, o curso fez a diferença. Muitos hoje estão estudando pra fazer a faculdade.

Claro que existem aqueles para os quais nada muda, mas é por escolha deles…

Minha preocupação é com relação ao termo “programador” e não com a concorrência. E também fico pensando que quando tivermos esses 10 mil programadores ficaremos como a India, mão de obra barata.

Qual será o real interesse em formar esses 10 mil programadores? Tem jovem carente por aí que não sabe ler nem escrever.

[quote]O ForSoft (de Formação de Recursos Humanos em Software) é um Projeto-Piloto que testa a criação de um novo modelo de formação e recrutamento de recursos humanos, em nível técnico, especificamente voltado para TI-Tecnologia da Informação, que seja

* aplicável em escala nacional, em parceria de Empresas interessadas com os Governos Federal, Estaduais e Municipais, usando EAD-Ensino à Distância;
* conjugado com os esforços de Inclusão Digital para atingir uma parcela da população carente de oportunidades, sem perder qualidade e competitividade.

Os recursos do ForSoft são provenientes do Ministério da Ciência e Tecnologia por intermédio da Secretaria de Política de Informática - SEPIN, e igual contrapartida das empresas participantes (chamadas ?madrinhas?). A SOFTEX participa de sua gestão e avaliação, incluindo a fiscalização de uma Auditoria Independente.[/quote] Vale lembrar que a iniciativa JEDI já faz esse trabalho em nível mundial e, em alguns estados como trabalho “voluntário” favorecendo a população mais carente colocando muitos jovens no mercado de trabalho.
Mais voltando ao “ForSoft” (= modelo Indiano de desenvolvimento), parece que está havendo uma verba monstruosa destinada à esse novo tipo de recurso que antes era chamado de “nível técnico” . Só um detalhe que me assusta pois assisti uma palestra com um consultor da SOFTEX- Campinas e notei que a intenção é vender consultoria e socar na cabeça das empresas melhorias de processos com MPS.BR, ITL, etc.
Capacitar-las como fábricas de software para vender produto/serviço com certificação ISO para o mercado externo. Temos que entender que isso já é uma conceito mundial em vários paises, finalmente o Brasil está fazendo a parte dele mais vamos ficar atentos pois nada é por acaso.
sds.

Olá

Eu acho bom, desde que formem programadores compententes, com ótimo raciocinio lógico. A linguagem de programação é detalhe.

nossa agora eu fiquei com bastante medo

???

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O que eles querem é beeeem simples, mão de obra barata.

Tornar programadores um comodity é a meta deles.

Como fizeram por estas bandas com o pessoal que trabalhava com oracle, ganhavam um grana preta, aí as empresas se juntaram com a facu daqui e criaram um “curso oracle” da vida. resultado? o salário dos caras caiu 2\3.

Mais ou menos o q acontece com essa iniciativa.

Se será bom ou ruim, só o tempo dirá.

A principio, acho legal dar oportunidade aos que não têm (ou têm menos) condições…

De qualquer forma, sempre valerá aquela frase:
“Muitos escrevem códigos que computadores podem interpretar.
Mas programadores de verdade são os que conseguem escrever códigos que humanos conseguem entender.”

Abraços a todos.

Se eles souberem que formar um programador é bem mais do que ensinar a sintaxe de uma linguagem não vejo problemas.

Para os que temem “mão de obra barata” saibam que, isso já acontece a muito tempo, ainda bem que o que importa é a qualidade do trabalho. Não há mão de obra barata com qualidade, pelo menos eu desconheço (e olha que conheço muitos produtos indianos, rs).

Dependerá da coordenação do projeto, por default já podemos esperar que eles vao formar "programadores ".

No meu ponto de vista, a questão é: defina programador.

Com poucas exceções, não se forma um programador em 6 meses, claro que de 10mil pessoas, vai ter um seleto grupo ai no meio “acima de média” capaz de assimilar muitos, muitos conceitos mesmo, estrutura de dados, lógica de programação, banco de dados e tantos outros, mas será um grupo pequeno.

Como eu disse antes, ficou meio vago o termo “formar programadores”, se programador for um cara capaz de montar um hello world ou uma aplicação simples, com ajuda de wizards e sem entender muito bem o que fez (embora “funcione”), é possível, mas não acho que é isso que o mercado procura.

Just my 2 cents né, quem sou eu pra julgar isso, trabalho com desenvolvimento fazem 12 anos e ainda me acho apenas um programador esforçado :stuck_out_tongue:

O que vcs não estão observando é q com essa massificação de programadores o cargo começa a se tornar banal sob o ponto de vista dos adm.

Ou vcs acham que um adm sabe o que é um bom programador ou um podre?

[quote=onolox]O que vcs não estão observando é q com essa massificação de programadores o cargo começa a se tornar banal sob o ponto de vista dos adm.

Ou vcs acham que um adm sabe o que é um bom programador ou um podre?[/quote]

Depois de contratado ele vai saber, se começar ter muito “programador ruim” os critérios de seleção com certeza vão ser adaptadados pra filtrar, claro que num primeiro momento isso vai ser ruim, mas não vai ser o fato de ter muita mão de obra disponível que vai “banalizar” a profissão e reduzir os salários, isso só aconteceria se o excesso de mão de obra fosse realmente de qualidade, o que não vai ser um curso de 6 meses que vai conseguir.

Eu acho até engraçado esse projeto! :lol:

O certo presidente de uma consultoria pés na lama(Vai falir no começo do ano que vem!), disse há algum tempo atrás que tinha se reunido com o presidente lula na intento de aumentar a exportação, na concepção deste cidadão seria possivel que o Brasil se torna o maior exportador de sofwtare do mundo ao lado da India. Ele e mais um bando de donos de consultoria entraram nessa onda.

Mas por causa da propria ganancia várias consultorias estão quebradas e não vão demorar para falir, elas cometeram um grande erro começaram a ganhar licitações com valor cada vez mais baixo que as concorrentes, por isso houve um desespero pra contratar mão de obra barata eu vi coisas de estagiario na consultoria ir na planilha de custos como programdor senior, uma tremenda picaretagem. As empresas-clientes foram mal acostumadas e querem cada vez mais gastar menos e isso está acabando com as consultorias.

Tem consultoria por ai que profissionais trabalham só um dia até descobrir que está feia a situação abandona. No mercado há demanda para profissionais é enorme e vai aumentar, qualidade só se vem com tempo e esforço. Seis meses não forma nem estagiario para TI!

Essa visão já vem de longa data, agora na verdade está começando a mudar, por isso que hoje temos forte o cargo de arquiteto de software, engenheiro de software, analista de requisitos, dba. A quantidade de projetos falidos está fazendo isso mudar aos poucos.

Tem administrador que dá maior estima a um idioma estrangeiro do que a formação técnica.

Se há tanto medo assim, vamos regulamentar a profissão… ai haverá um orgão para tomar conta de tudo… quem é bom, quem não é… teto salarial, normas e obrigações… e não me venham com essa de putz, vou ter que pagar uma nota por ano… mas se estão com tanto medo assim, esa nota “preta” servirá para diminuir o “medo” de vcs.

Péssimo,
trabalho com desenvolvimento há 20 anos, e a cada dia sempre estou aprendendo
novos conceitos,

Na verdade não é concorrência e sim mão-de-obra barata, é isso que querem

E outra com a procura estão aparecendo novos profissionais, os mesmo
sem qualificação " pena ", e com isso aparecem os “programinhas”

Medo sempre é normal diante da mudança.

Principalmente para os mais experientes que se sentem ameaçados pelos novos “profissionais”.

O que eu vejo é o nascimento de um novo tipo de profissional. Um que vai receber menos, e vai ser mais limitado. Mas não vejo isso como uma coisa ruim. Logo logo começará a aparecer a diferença entre um programador técnico, ue sai de um curso desses, e um Cientista da Computação, um Analista de Sistemas, um Engenheiro da Computação, enfim, alguém que passou 4 anos estudando.

Nós sabemos que em 6 meses é difícil formar um programador. E também sabemos que logo esse programa virá acompanhado de outro de mais 6 meses. E que com um ano, dá sim pra formar estagiário, que o diga os milhares de estudantes do 3 semestre que conseguem estágio.

Esse cara vai ganhar menos, mas pra quem não tinha nada, será uma chance de se profissionalizar.

Muitos vão ver a diferença de ganho entre quem estudou pouco e quem estudou mais. E vão começar a estudar e se esforçar.

E quer saber? Isso já acontece hoje! Cursos como caelum, global code e outros formam esse tipo de profissional. A diferença é que cobram. E muitos aqui no guj começaram assim.

Quanto aos mais experientes, estão com medo de que? Se vocês vão disputar mercado com esse tipo de profissional, tem alguma coisa errada na carreira de vcs…