[quote=jmp]Gostaria de ver um conselho lutando, obrigando o governo a usar ferramentas de qualidade, atuando no financiamento de pequenas empresas de computacao, lutando pelo investimento em companhias e tecnologias locais e insenção de impostos de hardware não fabricados no brasil.
[/quote]
Tá aí, eu pagava a anuiade com todo o gosto
Só que eu duvido muito que uma coisa dessas venha a acontecer um dia…
[quote=Maurício Linhares][quote=jmp]Gostaria de ver um conselho lutando, obrigando o governo a usar ferramentas de qualidade, atuando no financiamento de pequenas empresas de computacao, lutando pelo investimento em companhias e tecnologias locais e insenção de impostos de hardware não fabricados no brasil.
[/quote]
Tá aí, eu pagava a anuiade com todo o gosto
Só que eu duvido muito que uma coisa dessas venha a acontecer um dia… [/quote]
a assespro tenta fazer isto
Pelos que eu entendi dos argumentos levantados, a regulamentação serviria para atender a dois objetivos: limitação do mercado de trabalho na área e garatia de qualidade do trabalho feito pelos profissionais. IMHO, o primeiro motivo é muito besta, pois limitar artificialmente o tamaho do mercado pode até dar algum ganho momentâneo para a parcela beneficiada (na qual eu me incluiria, btw) mas ao preço de um prejuízo para o indústria como um todo. Salários inflados reduzem a competitividade internacional e um mercado de trabalho pouco competitivo tende a reduzir a qualidade dos programadores, pois se reduz a pressão para o aprimoramento dos profissionais (esse fator poderia talvez ser compensado por um teórico aumento na qualidade advindo do critério de seleção, mas já falo disso).
O outro objetivo tem mais mérito, considerando que software é infraestrutura crítica para a sociedade, tanto ou mais que prédios e pontes. Mas eu duvido muito que ele fosse alcançado por vários motivos:
A indústria é muita nova - uns cinquenta anos, dependendo de como se conta. Ninguém pode afirmar com certeza que sabe bem como desenvolver software de qualidade.
TMTOWTDI, para citar o pessoal de Perl. Pense na medicina: o problema chega, o médico faz o diagnóstico (só existe uma possibilidade correta e na maioria dos casos eu imagino que não seja muito debatível), e ele prescreve um tratamento de um seleção de, chutando alto, algumas dezenas de possibilidades. Compare com software: a coleta inicial de requerimentos já é um processo complicado e sujeito a erros, depois para elaborar e implementar a solução temos um conjunto praticamente infinito de possibilidades e nada parecido com um critério objetivo consensual para selecionar a “correta”. O Holub escreveu um artigo uns tempos atrás defendendo que escrever software é mais parecido com redigir textos do que com resolver um problema de engenharia; não sei se eu concordo, mas é uma idéia interessante.
A exigência do “carimbo” de um profissional credenciado é um mecanismo fácilmente burlável. Todo mundo sabe que é comum um engenheiro cobrar uma comissão para assinar o projeto de outro profssional.
Eu acho que exigir liability das empresas de software seria um passo na direção certa. A demanda por profissionais de maior qualidade vai regular o mercado naturalmente. E pelo pessoal formado que eu já vi por aí, duvido que a razão entre o número de formados e não-formados se altere muito.
Eu sou totalmente a favor, o problema é que vocês estão vendo pela exceção… Eu conheço algumas pessoas que não são formadas na área e exercem muito bem as suas funções… mas conheço tambem milhares de pessoas que não possuem formação na área e exercem porcamente as suas funções… Quantos Analistas de Requisitos você ja não encontrou, que vieram de diversas áreas e não tem o bom senso nem a capacidade de exercer a sua função… por isso eu acho interessante a idéia… lógico que alguns serão prejudicados… mas os verdadeiros profissionais vão buscar uma especialização na área para então voltar ao mercado de trabalho… peguem como exemplo os políticos… você não precisa ter formação em nada… apenas a ler e escrever… lógico que existem aquelas peças raras, que mesmo sem intrução sabem governar… mais a maioria… não preciso nem falar…
Eu te garanto como profissional que no mercado do Rio de Janeiro, que mais conheço (mas tenho certeza que nos outros também) isso não é exceção.
Faculdade não quer dizer nada. Se for uma boa facudlade (no Rio UFRJ/PUC/UERJ/UFF eu considero neste nível) pode trazer algum indício de que a pessoa é eficaz, não que é eficiente.
Mesmo assim não quer, em hipótese alguma, dizer nada sobre a qualidade do profissional.
Quanto pessimismo!! Será que ninguém sabe o que deve fazer para obter software de qualidade!? Em 50 anos já deu pra aprender muita coisa!! O exemplo do texto não é nada mais do que uma alusão ao processo iterativo (ou de ciclo de vida em espiral) pregados pelo RUP/XP. Então, o mercado sabe, mas continua persistindo no erro, o que a meu ver é muita b???ice
Eu te garanto como profissional que no mercado do Rio de Janeiro, que mais conheço (mas tenho certeza que nos outros também) isso não é exceção.
Faculdade não quer dizer nada. Se for uma boa facudlade (no Rio UFRJ/PUC/UERJ/UFF eu considero neste nível) pode trazer algum indício de que a pessoa é eficaz, não que é eficiente.
Mesmo assim não quer, em hipótese alguma, dizer nada sobre a qualidade do profissional.[/quote]
Vc contrataria um Gerente de TI para sua empresa sem ensiono superior e especialização?? Com tanta gente para esta função, qualificada e com ensino superior eu nao seria ingenuo de fazer isto
Eu te garanto como profissional que no mercado do Rio de Janeiro, que mais conheço (mas tenho certeza que nos outros também) isso não é exceção.
Faculdade não quer dizer nada. Se for uma boa facudlade (no Rio UFRJ/PUC/UERJ/UFF eu considero neste nível) pode trazer algum indício de que a pessoa é eficaz, não que é eficiente.
Mesmo assim não quer, em hipótese alguma, dizer nada sobre a qualidade do profissional.[/quote]
Vc contrataria um Gerente de TI para sua empresa sem ensiono superior e especialização?? Com tanta gente para esta função, qualificada e com ensino superior eu nao seria ingenuo de fazer isto[/quote]
se ele for bom, claro que sim!
Sim mas é aquela coisa. Se o cara com Ensino Superior tbm for muito bom??
Dai vc tem 2 pessoas boas mas uma cursou o Ensino Superior a outra não, sinceramente nenhum analista de rh ou psicologo vai contratar o cara que nao é formado, isto é fato. Agora se soh tiver o cara que nao cursou a graduação que é bom, dai a necessidade fala mais alto, dai eu concordo com vc. Mas isto é outro assunto.
analistas de RH e psicologos escolhem o profissional com o perfil que a empresa pediu, se a empresa pediu com graduação, eles só pegam se tiver graduação …
se os dois forem bons, então vem os outros atributos para criar um diferencial …
faculdade pode ser um diferencial.
mas se o que não tem for melhor ja era …
considerando que os dois fossem profissionais de mesmo nivel, ai o que entra como diferencial depende da emrpesa …
pode ser faculdade.
pode ser experiência com o tipo de projeto.
pode ser qualquer outra coisa que a empresa achar importante.
não estou dizendo que faculdade não é importante, mas estou afirmando que:
1 - não é um diferencial tão grande quanto quem ta saindo dela e entrando no mercado pensa que é
2 - ela não é indispensavel
3 - tem bastante gente que realmente aprende bastante em uma faculdade, mas a maior parte só faz festa e passa empurrando com a barriga, ou seja, neste caso a faculdade só serve para aumentar o capital social do cara (o que é tão importante quanto a faculdade em si)
4 - mais importante do que faculdade, no brasil, e em todos os outros paises que eu tenho agum conhecimento para afirmar (são poucos os que tenho certeza, mas os outros eu não conheço), QI é um diferencial muito maior do que uma faculdade. Por que um funcionario teu, não vai indicar alguem que ele não confia para trabalhar na empresa, pois isto poderia queimar o filme dele também.
Talves você tenha expressado bem melhor a minha opinão do que eu mesmo. É exatamente isto que eu estava querendo dizer… e as anuidades ou otras contribuições, se tornariam um mero investimento em nós mesmo…
Este é um assunto muito polêmico. Da minha experiência pessoal, conheço ótimos e péssimos profissionais graduados ou pós-graduados e ótimos e péssimos profissionais sem curso superior.
Porém, acho que uma questão muito importante foi deixada de lado: QUAL É O INTERESSE em se criar este projeto de lei?
Vi que algumas pessoas perguntaram quem é o deputado que criou o projeto de lei: Bonifácio Andrada é um “político profissional” e é o dono da Unipac, uma megauniversidade no interior de Minas Gerais. Dentre os vários cursos, a Unipac possui 3 que teriam uma procura maior se o projeto de lei for aprovado: Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. Grande coincidência, não?
Sim, existem bons e maus profissionais em todas as áreas. Mas eu fico me perguntando se vcs atravessariam uma ponte projetada por um engenheiro que nunca estudou Engenharia ou se colocariam a vida do seu filho na mão de um cirurgião que nunca pisou numa sala de aula de um curso de Medicina.
Não venham me dizer que não é a mesma coisa, só pq software ainda não pode matar!! Mas já pensaram nos bilhões de prejuízo que as empresas têm com sofware mal-construído?! Sou a favor da regulamentação.
[quote=cado]
Vc contrataria um Gerente de TI para sua empresa sem ensiono superior e especialização?? Com tanta gente para esta função, qualificada e com ensino superior eu nao seria ingenuo de fazer isto[/quote]
Desculpe mas conhecendo um poquinho do mercado nestes quase dez anos eu acho que ingenuidade eh achar que faculdade realmente merce tanta consideracao na avaliacao da capacidade tecnica de alguem. Nao sei sua experiencia, talvez voce tenha vivido situacoes que te comprovem o que disse, mas, como falei, nesta decada eu soh vi o oposto.
Os melhores gerentes que ja trabalhei, assim como os melhores tecnicos, raramente tinham (1) formacao ou (2) formacao na area.
Eu nao me trataria com um medico nao formado unicamente porque nao conheco a area medica. Nao sei o quanto pode se aprender sem ensino formal.
Acotnece que conheco razoavelmente a area de tecnologia apra saber que conhecimento e registro profissional nao importa tanto quanto querem fazer parecer.
Ok, mas os paises que gastam bilhões de dólares com softwares que poem em risco a vida de muitas pessoas - como software de controle de aeronaves - lidam como com esta questão?