Eu já até desisti de avisar outros para corrigirem o que escrevem.
Eu tenho em mente: “português é uma das línguas mais difíceis de aprender a escrever no mundo”, e isso só olhando pelo lado da ortografia das palavras. Tem muitas regras, regras absurdas, aleatórias, regras enraizadas em nossas cabeças desde pequenos e que nunca perguntamos por que elas existem. Por que o eme vêm antes de pê e bê? Por que sons de Z podem ser escritos com X e S? para quê SS e Ç quando já tem o S? Por que o “por que” pode ser escrito de 4 maneiras diferente, todas com significados diferentes? Este último nem quero saber.
Eu mesmo só sei que o verbo querer nunca se conjuga com Z por que a professora de português me deu essa dica. Imagina, precisamos de dicas ou memória visual para escrever certo, e não de regras sensatas!
[quote=Bruno Laturner]Eu já até desisti de avisar outros para corrigirem o que escrevem.
Eu tenho em mente: “português é uma das línguas mais difíceis de aprender a escrever no mundo”, e isso só olhando pelo lado da ortografia das palavras. Tem muitas regras, regras absurdas, aleatórias, regras enraizadas em nossas cabeças desde pequenos e que nunca perguntamos por que elas existem. Por que o eme vêm antes de pê e bê? Por que sons de Z podem ser escritos com X e S? para quê SS e Ç quando já tem o S? Por que o “por que” pode ser escrito de 4 maneiras diferente, todas com significados diferentes? Este último nem quero saber.
Eu mesmo só sei que o verbo querer nunca se conjuga com Z por que a professora de português me deu essa dica. Imagina, precisamos de dicas ou memória visual para escrever certo, e não de regras sensatas!
[quote=André Fonseca][quote=Bruno Laturner]Eu já até desisti de avisar outros para corrigirem o que escrevem.
Eu tenho em mente: “português é uma das línguas mais difíceis de aprender a escrever no mundo”, e isso só olhando pelo lado da ortografia das palavras. Tem muitas regras, regras absurdas, aleatórias, regras enraizadas em nossas cabeças desde pequenos e que nunca perguntamos por que elas existem. Por que o eme vêm antes de pê e bê? Por que sons de Z podem ser escritos com X e S? para quê SS e Ç quando já tem o S? Por que o “por que” pode ser escrito de 4 maneiras diferente, todas com significados diferentes? Este último nem quero saber.
Eu mesmo só sei que o verbo querer nunca se conjuga com Z por que a professora de português me deu essa dica. Imagina, precisamos de dicas ou memória visual para escrever certo, e não de regras sensatas!
Enfim… [/desabafo][/quote]
porque m antes do b e p?
simples assim
[/quote]
Eu imaginava que era algo assim mesmo. O que tento dizer é que essas regras não são práticas, não faria a mínima diferença se eu escrevesse tudo com n. Eu continuaria a falar certo, com som nasalado.
Tem um artigo que li sobre ortografia, diz-se que uma ortografia é tão perfeita quanto a quantidade de sons que consegue-se expressar com ela, e que cada fonema se equivalha a um único grafema diferente. Também diz que ortografias “defeituosas” as que não seguem essa relação bijetora. Português por exemplo. Aliás até prefiro assim, senão teria que decorar um alfabeto com todos os sons do mundo.
Acho chato é que a população menos letrada fica pagando o pato feito pela minoria perfecionista. E ainda é taxado de burro por não saber escrever corretamente.
[quote=Bruno Laturner]Eu já até desisti de avisar outros para corrigirem o que escrevem.
Eu tenho em mente: “português é uma das línguas mais difíceis de aprender a escrever no mundo”, e isso só olhando pelo lado da ortografia das palavras. Tem muitas regras, regras absurdas, aleatórias, regras enraizadas em nossas cabeças desde pequenos e que nunca perguntamos por que elas existem. Por que o eme vêm antes de pê e bê? Por que sons de Z podem ser escritos com X e S? para quê SS e Ç quando já tem o S? Por que o “por que” pode ser escrito de 4 maneiras diferente, todas com significados diferentes? Este último nem quero saber.
Eu mesmo só sei que o verbo querer nunca se conjuga com Z por que a professora de português me deu essa dica. Imagina, precisamos de dicas ou memória visual para escrever certo, e não de regras sensatas!
Enfim… [/desabafo][/quote]
Acho que a grande diferença do português para as outras línguas (pelo menos as poucas que eu conheço) é que, na nossa língua, toda regra tem sempre uma (ou muitas) exceções…
e a pessoa trocar ‘mas’ por ‘mais’, muito comum nos fórums.
Concordo com o Sergio que o Brasil se entrega muito ao estrangeirismo. A maioria dos países só usam palavras estrangeiras quando não existe na sua língua padrão. Mesmo que uma mistura seja saudável, estamos levando isso muito a sério :lol: :lol:
E o pior é que tem muita gente que justifica com a frase batida: ‘o português é uma das línguas mais difíceis do mundo’. Vai estuadar mandarim ou cantonês, então! 30 mil letras e quase 100 mil fonemas!
A linguagem escrita e falada é o veículo da cultura.
O Brasil é composto de muitos povos e culturas de diferentes civilizações.
O idioma Português é o que faz a unidade cultural do Brasil.
O idioma Português lhe permite afirmar-se como entidade única e diferente dos outros países, rodeado na região Espanhola.
E o Português está relacionada com a história do nascimento da nação.
Brasil tem contribuído para enriquecer o idioma Português.
Ela está enraizada no povo brasileiro.
O Português é também a ligação entre os povos dos países da CPLP.
O idioma Português é o bem comum que temos juntos.
Embora eu esteja encantado com os aprendizes de professores de português, no Brasil, para informar ao criador do post, é possível usar doceria sim.
A forma doceria não aparecia no dicionário Aurélio antes da edição de 1999 e ainda não aparece na edição do Houaiss de 2001. Embora em ambos apresentem doçaria, as últimas edições do Aurélio dão doceria, mas remetem o consulente a doçaria, podemos assim dizer, é a forma preferível nesse dicionário.
Para quem não sabe, a terminação eria vem do francês erie, o que explica a rejeição pelo Houaiss, que se refere à terminação aria como canônica, ou seja, seguidora da norma.
Já o mussarela, com certeza, por força do hábito, será incluso em breve nos dicionários em geral. A palavra original é muzzarella, onde o som dos dois “z” lembram dois “s”. O correto em ambos os dicionários mais usados no Brasil é Muçarela ou Muzarela: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mozarela
É evidente que os acadêmicos devem seguir a grafia correta, porém, devo lembrá-los que uma língua se forma pela força do hábito e muitas palavras são inclusas ao longo dos anos em revisões. Logo, devemos lembrar do velho ditado: “Uma mentira repetida mil vezes, torna-se uma verdade”.
Bom português, ou não, a todos!
Mozzarella vem do italiano onde o som do Z remete a fonética ‘tsa’ em português, e não dois ‘s’. Aliás, quando tem apenas um ‘z’ (Forza Milan por ex), a pronúncia é rápida e quando são dois ‘z’ a pronúncia é mais alongada, mas apenas italianos ou estrangeiros muito habituados com a língua percebem.
Abraços
[quote=djemacao]Embora eu esteja encantado com os aprendizes de professores de português, no Brasil, para informar ao criador do post, é possível usar doceria sim. A forma doceria não aparecia no dicionário Aurélio antes da edição de 1999 e ainda não aparece na edição do Houaiss de 2001. Embora em ambos apresentem doçaria, as últimas edições do Aurélio dão doceria, mas remetem o consulente a doçaria, podemos assim dizer, é a forma preferível nesse dicionário.
Para quem não sabe, a terminação eria vem do francês erie, o que explica a rejeição pelo Houaiss, que se refere à terminação aria como canônica, ou seja, seguidora da norma.
Já o mussarela, com certeza, por força do hábito, será incluso em breve nos dicionários em geral. A palavra original é muzzarella, onde o som dos dois “z” lembram dois “s”. O correto em ambos os dicionários mais usados no Brasil é Muçarela ou Muzarela: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mozarela
É evidente que os acadêmicos devem seguir a grafia correta, porém, devo lembrá-los que uma língua se forma pela força do hábito e muitas palavras são inclusas ao longo dos anos em revisões. Logo, devemos lembrar do velho ditado: “Uma mentira repetida mil vezes, torna-se uma verdade”.
Bom português, ou não, a todos![/quote]
Legal, bom saber. Entretanto, antes de escrever sobre doçaria fiz uma busca no Michaelis e no Houiass, e realmente não encontrei. No aurélio, será que a palavra não consta como regionalismo?
Outro que dói nas vistas é o famoso “min”, no lugar de “mim”, ou simplesmente de “eu”. “Alguém pode min ajudar?”
Aliás, falando em neologismos e estrangeirismos, acabei de perceber um comum em fóruns, a palavra “postar”. Veja bem, como já defendi em outro tópico, eu não sou contra jargões, inclusive, eu mesmo uso muitos deles aqui no GUJ, ou em jogos online (quem joga já “grindou”, “mobou”, “upou”, etc). Só acho que devemos saber identifica-los para não correr o risco de escreve-los quando alguém que não é da área precisar receber algo escrito por nós.
Acho que todos devemos preservar a língua portuguesa mas perceber que há diferenças entre o “vosso” português e o “nosso” português. Eu não uso Exsseção, Ecessão, Excessão, Esceção, mas também não uso Exceção, mas sim Excepção. Diferenças numa mesma língua, como há entre o inglês dos EUA e da Inglaterra ou o castelhano de Espanha e dos vossos vizinhos da América do Sul.
Outro problema que se coloca são os termos técnicos. Na área da informática, em que o inglês faz parte do nosso dia a dia, não podemos querer traduzir tudo para português porque, com a globalização corremos o risco de que a próxima pessoa no nosso projecto seja indiano, chinês ou francês. Assim, temos de manter uma linguagem em todos se entendam.
Em relação ao facto dos espanhóis traduzirem tudo (falado anteriormente neste tópico), corre em Portugal o mito (será?), de que eles traduzem MESMO TUDO! Por exemplo, os U2 não são os “iu two” mas sim os “u dós”, os Rolling Stones são os PiedrasRolantes, os Deep Purple os Púrpura Profundo…
[quote=ViniGodoy]
Aliás, falando em neologismos e estrangeirismos, acabei de perceber um comum em fóruns, a palavra “postar”. Veja bem, como já defendi em outro tópico, eu não sou contra jargões, inclusive, eu mesmo uso muitos deles aqui no GUJ, ou em jogos online (quem joga já “grindou”, “mobou”, “upou”, etc). Só acho que devemos saber identifica-los para não correr o risco de escreve-los quando alguém que não é da área precisar receber algo escrito por nós.[/quote]
Nesse caso é preciso cuidado, mas algumas vezes o estrangeirismo acaba tornando a leitura mais clara (por exemplo “postar” geralmente é mais claro que “disponibilize para a comunidade através do fórum” :shock: ).
Eu tenho a terrível mania do “extender”, todos sabem fruto de onde. Mas tem um pessoal aqui do fórum que apela um pouco… “tentei mais num deu certo”, “deu uma esseção / eceção / exseção / exessão” (já vi de tudo), “pra mim fazer”, fora os estrangeirismos (“upar”, “deletar”, “postar”, “layout”).
[quote=pmlm]Acho que todos devemos preservar a língua portuguesa mas perceber que há diferenças entre o “vosso” português e o “nosso” português. Eu não uso Exsseção, Ecessão, Excessão, Esceção, mas também não uso Exceção, mas sim Excepção. Diferenças numa mesma língua, como há entre o inglês dos EUA e da Inglaterra ou o castelhano de Espanha e dos vossos vizinhos da América do Sul.
Outro problema que se coloca são os termos técnicos. Na área da informática, em que o inglês faz parte do nosso dia a dia, não podemos querer traduzir tudo para português porque, com a globalização corremos o risco de que a próxima pessoa no nosso projecto seja indiano, chinês ou francês. Assim, temos de manter uma linguagem em todos se entendam.
Em relação ao facto dos espanhóis traduzirem tudo (falado anteriormente neste tópico), corre em Portugal o mito (será?), de que eles traduzem MESMO TUDO! Por exemplo, os U2 não são os “iu two” mas sim os “u dós”, os Rolling Stones são os PiedrasRolantes, os Deep Purple os Púrpura Profundo…[/quote]
Não é mito. U2 sim se pronuncia “u dós”, quanto aos rolling stones não lembro, mas Mariah Carey se pronuncia Maria Karei, ou seja nem os nomes eles estão nem ai em pronunciar originalmente.
Realmente o problema não é se se escreve Exceção ou Excepção, mas sim que não se escreva Excessão. Por exemplo, na JavaMagazine deste mês - revista de tiragem nacional e repeitada - alguem escreveu “setupada” (sic) É isto que é absurdo. O problema nem é que a palavra não existe, nem nem portugues nem em ingles, mas que o revisor a deixou passar (supondo que ha um). Este tipo de erro acontece em todas as edições ( nem sempre tão grave) e em outras revistas tb.
Não apenas isso como nos jornais, revistas, internet, e até no telejornal as pessoas falam errado. Usam expressões que não existem, conjugam mal os verbos, em suma é um desastre. Mas o problema é que ninguém se preocupa.
Em portugual, um empresa escrever material de divulgação, ou falar algo errado é bilhete só de ida para o esquecimento. as pessoas simplesmente não aceitam que empresas e pessoas com educação (aka jornalistas e politicos) escrevam ou falem errado.
É este o problema, a falta de chamada de atenção e “castigar” ao esquecimento quem fala e escreve assim.
Já notaram o quanto o português dos gibis da Turma da Mônica é correto? Aliás, palavras adaptadas e inventadas sempre estão seguidas de explicação, ou grafadas com evidência.
A quantidade de homógrafos (mesma grafia, pronúncia diferente) e homófonos (mesma pronúncia, significado diferente) na língua portuguesa é relativamente pequena comparada com outras línguas.
Pensem em uma língua como o japonês ou o chinês - em chinês é possível criar uma história inteira usando apenas variações da sílaba “shi”:
A questão é que as pessoas não têm anos suficientes de escola para aprenderem (não em uma aula de gramática, que é coisa morta e estéril) a grafia certa das palavras.
Saber que “seção” != “sessão” é mais fácil se a pessoa, por exemplo, aprender inglês e conseguir comparar “section” e “session”, que têm grafias e pronúncias bem diferentes.