Salve pessoal… Não sei qtos aqui trabalham ou trabalharam com Delphi.
Desde a versão 6 a Borland acrescentou suporte ao desenvolvimento p/ linux (sua nova biblioteca chamada CLX). Com ela é possível desenvolver sistemas p/ win32 e linux (Delphi/Kylix). Bem, devo declarar que gostei muito disso, temos aqui na empresa usando isso e com muito pesar encaramos a declaração da Borland do “congelamento” do projeto CLX. Bem, apesar de eles dizerem que não vão parar com o projeto, depois que a M$ investiu 20milhões na Borland eu acredito que o projeto morreu rs…
Ainda + agora com o lançamento do Delphi 8 (octane) que se chama…
Delphi 8 for .NET Framework.
Então as coisas estão meio quentes no meio de desenvolvedores Delphi, como trabalho com ele não posso ficar de fora disso rs…
Há um tópico bastante interessante que foi postado sobre .NET no forum de Delphi que vou reportar aqui p/ que os colegas possam analisar.
abraço.
Pessoal, como estava muito legal a nossa discussão resolvi convidar o Leonardo Tolomelli, da Microsoft, para nos dar a visão de sua empresa, esclarecendo pontos que não estão ainda bem entendidos e respondendo questionamentos que foram levantados em nossa discução.
Uma coisa que julgo importante dizer é que o Leonardo não é frequentador de nosso fórum, portanto não adiante perguntar aqui que ele não vai estar 'on line' para responder. Sua participação resume-se a esta tema.
[]'s a todos e eis as respostas:
Escrevo este texto para esclarecer alguns pontos abordados no tópico “A plataforma .NET e o futuro da programação”, iniciado por Yan Kleber de Moura. Pretendo elucidar alguns pontos com relação à plataforma .NET e quais são os reais objetivos em desenvolver soluções para esta tecnologia, conforme as afirmações abaixo:
- “O grande trunfo dessa nova tecnologia está em tentar eliminar as famigeradas DLLs de uma vez por todas, substituindo-as por uma única e grande biblioteca contendo todo o necessário para que qualquer aplicativo...”
O objetivo da plataforma não é eliminar as DLLs, até porque o conceito de bibliotecas dinâmicas continua existindo em .NET. Ao invés disso, foi feito um grande avanço na distribuição das aplicações com seus controles e DLLs, sem a necessidade de registro desses arquivos na nova máquina.
O .NET Framework é mais do que uma simples biblioteca, é um ambiente de execução mais seguro, confiável e escalável. Esse ambiente de máquina virtual oferece um gerenciamento de memória mais elaborado com a utilização de um garbagge colector (coletor de lixo), responsável por dispensar os recursos que não são mais necessários, liberando a memória utilizada pelo mesmo. Além disso, as aplicações construídas para o Framework são compiladas no momento de sua execução, otimizando a performance para o sistema operacional e processador da máquina atual.
- “... como toda nova tecnologia, o .NET estará sujeito ao sucesso ou ao fracasso...”
.NET é o novo modelo de desenvolvimento para a plataforma Windows, portanto uma evolução do Win32 (exemplo do Borland Delphi até hoje). Nada mais natural do que as ferramentas que trabalham com Win32 hoje migrem para a nova plataforma. No caso do Delphi 8 inclusive, o desenvolvedor precisa mudar muito pouco do seu código (quando é necessário mudar), para tirar proveito dos novos recursos da .NET.
Nossos estudos mostram que a migração para a plataforma está acontecendo a passos largos, com um grande número de empresas de software e corporações já desenvolvendo soluções em . NET. A plataforma já tem quase 2 anos de mercado, e é considerada madura, usada inclusive em aplicações de missão crítica de muitas companhias, como a solução do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) do Banco Santos ou do Banco Credit Suisse Frist Boston Garantia. Somente no site da Microsoft Brasil existem diversos casos de sucesso de empresas que estão tirando proveito desta tecnologia (http://www.microsoft.com/brasil/dotnet/cases/default.asp).
Quem teve a oportunidade de assistir a minha apresentação sobre .NET no evento TechWeekend na semana passada (ou no evento DevDays 2003 em São Paulo), pode conhecer um pouco mais do road map da plataforma daqui para frente. Uma das grandes novidades apresentadas foi o Longhorn, nome código da próxima versão do Windows XP, e que lançará ao mercado o WinFX, nova plataforma de desenvolvimento de software que tem por objetivo substituir por completo a plataforma Win32.
O WinFX é totalmente construído sobre o .NET Framework e a única maneira de desenvolver aplicativos para a nova plataforma de software (fazendo uso de todos os novos recursos do sistema operacional) será por meio de código gerenciado, ou seja, um aplicativo .NET. Portanto, a migração para o .NET Framework hoje já é uma preparação para tirar proveito dos recursos da futura plataforma.
Além disso, a plataforma .NET e o .NET Framework estão cada dia mais presentes em toda família de produtos Microsoft, permitindo fazer uso de suas classes a partir de qualquer linguagem .NET como é o caso do Delphi. O Office 2003 já possui classes gerenciadas voltadas para automação das funcionalidades da ferramenta de produtividade. A próxima versão do SQL Server terá um .NET Framework dentro do seu kernel, o que vai permitir a construção de Stored Procedures e Triggers usando as linguangens .NET ao invés do Transact SLQ de hoje.
Outro benefício da plataforma é oferecer o mesmo modelo de desenvolvimento de aplicações para Windows e para dispositivos móveis como Smartphones ou Pocket PCs.
- “É muito complicado pensar em substituir por completo uma tecnologia já tão enraizada na vida das pessoas...”
Em nenhum momento se fala em substituir por completo uma tecnologia. A nova plataforma trabalha em conjunto com o que já existe sem problema algum, inclusive fazendo acesso a componentes COM escritos em Win32 diretamente, e vice-versa.
As duas plataforma vão sim conviver por muito tempo. Mas isso não significa que os recursos da nova plataforma não sejam válidos e não criem benefícios para os desenvolvedores e usuários.
A .NET deve ser considerada para novas aplicações, ou no momento que for necessário uma grande revisão das aplicações atuais. Sair mudando todas as aplicações atuais não é uma boa solução. Até porque não se mexe em time que está ganhando.
- “... depoimento do diretor de tecnologia da plataforma .NET, em que ele afirmava que um programador de Visual Basic que pretendesse migrar para o VB.NET deveria ter em mente gastar pelo menos dois anos de sua vida no processo...”
Desconheço esse documento. Existe muito material disponível sobre o processo de migração, além de uma ferramenta dentro do próprio Visual Studio que realiza mais de 90% do processo automaticamente e ainda dá dicas ao desenvolvedor de como realizar os demais 10%.
Muitos de nossos clientes possuem casos de programadores VB que em 4 a 8 semanas já estão totalmente produtivos na nova plataforma.
Espero ter esclarecido quaisquer dúvidas e confio que este texto despertará o interesse pela nova plataforma em muitos de vocês. Para quem quiser conhecer mais sobre a plataforma, o site MSDN Brasil (http://www.msdnbrasil.com.br) da Microsoft, voltado para desenvolvedores de software, possui muito material didático e documentos técnicos em português, além de grupos de discussão para tirar dúvidas mais profundas e troca de experiência com profissionais que estão trabalhando com .NET no dia-a-dia.
Leonardo Tolomelli
Gerente do Programa de Desenvolvedores da Microsoft Brasil.
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Não desista! Afinal quem te disse que seria fácil?