Metodologias tradicionais x Agile - O que resolve?

Eu disse que programador Java ganha miseria, e agora disse que recebe salario de peão.

Estou mentindo? Aonde que fui incoerente? Esta viajando?

[quote=mochuara][quote=sergiotaborda]
Hum… ainda lá atraz vc diz que programador java ganha miséria… vc não está sendo coerente e me parece que não sabe do que está falando. Como já pedi antes e peço de novo informe-nos de dados que validem o que vc está dizendo. Dê exempos de gerencias boas e empresas boas. Suborno ainda não é uma forma de gerencia.

[/quote]

Eu disse que programador Java ganha miseria, e agora disse que recebe salario de peão.

[/quote]

A sua logica é que o gerente é excelente porque obriga o cara a trabalhar horas extra ganhando um salario base pequeno.
Vc precisa primeiro justificar que o salario é pequeno e segundo que isto é uma boa forma de gerenciar.

O “suborno” se refere ao valor da hora extra.
Infelizmente tem muito junior que adora fazer horas extras, mas nas horas normais ele não faz nada. Isto é real. E isto não é uma boa forma de gerencia. O bom gerente é aquele não pede horas extras e ainda dá folgas. O bom desenvolvedor é aquele que não incha as estimativas nem é preguiçoso e faz o trabalho nas horas normais de trabalho.

Trabalhar horas extra é um sinal de “junioridade”

Não é minha lógica que estamos discutindo, e sim das consultorias Java. E independente do que vc acha que é bom ou ruim, as consultorias estão ganhando rios de dinheiro explorando trabalho de juniores. Vai falar pra elas que esta não é uma boa forma de gerenciar. Ok?

Esqueca o bom desenvolvedor, este ja migrou e esta cada vez mais escasso no mercado Java.

Você acha uma boa dizer que não existem bons programadores Java num fórum de Java?

[quote=luistiagos][quote=Rubem Azenha][quote=luistiagos]
Na grande maioria das vezes… o cliente nem sabe oq e scrum ou metodoligias… nem mesmo sabe o que é programar… ele pensa que se faz software magicamente com o poder da mente… que é so pensar eu quero um software magico e ele simplismente aparece… o cliente só quer seu software magico que resolva todos os seus problemas… em um prazo impossivel e por uma merreca de preço… o grande X da questão é como vender um software para um cliente que tem esta mentalidade?

se alguem souber me falem…[/quote]

Cara… depende do cliente. Embora existam muitos clientes completamente leigos, muitas empresas tem equipes de TI internas (com CIOs, Diretores de TI, Superintendentes de TI, Gerentes de TI) justamente pra cuidarem da aquisição ou desenvolvimento de sistemas de software (entre muitas outras coisas). Essas equipes, teoricamente, deveriam estar capacitadas para pelo menos discutir uma metodologia com o fornecedor.
É claro que em muitos casos que existe essa equipe, a equipe não é muito bem qualificada ou simplesmente esta desatualizada…

Mas se você for no mercadinho da esquina ou na loja de doces do bairro, dificilmente você vai encontrar uma equipe de TI :stuck_out_tongue:
Mas em empresas de tamanho razoável, sempre tem uma equipe de TI.[/quote]

Tem muita empresa grande que sua equipe de TI é a pirralhada que cuida de suporte e infra-estrutura ou uns pseudo-analistas de sistemas mas que são formados em administração que não sabem nem o que é um select… dai discutir metodologias com este pessoal é o mesmo que discutir com um leigo… o que eles vão querer é simplismente o software magico ou que a gente de uma de Shiryu do CDZ e faça a cascata mudar de lado com um “Colera do dragão”…[/quote]

auhauhauhauahuahaua muito boa a analogia, eu vi esse espisódio

[quote=mochuara]
Não é minha lógica que estamos discutindo, e sim das consultorias Java. E independente do que vc acha que é bom ou ruim, as consultorias estão ganhando rios de dinheiro explorando trabalho de juniores. Vai falar pra elas que esta não é uma boa forma de gerenciar. [/quote]

Se o objetivo da empresa é lucrar, quanto menor o salário que pagar, melhor. Quanto maior o valor que conseguir cobrar, melhor. Se conseguir conquistar um cliente com um software de qualidade fraca mas que foi feito rápido, melhor.

A maioria dos clientes preferem o tempo à qualidade. Não concordo, mas o mercado hoje está nesse caminho. Claro, com exceções.

Mas ainda vejo os melhores programadores trabalhando com Java, em soluções específicas e nichos estratégicos. Java é muito amplo pra afirmar que “só profissional do tipo x trabalha com Java”.

Ruby, Scala, etc ainda tem um mercado pequeno. Se é que um dia vai crescer. É saudável estudar outras linguagens e tecnologias, mas o maior mercado ainda é Java, .NET e algumas linguagens legadas, como Delphi e VB.

[quote=marcosalex][quote=mochuara]
Não é minha lógica que estamos discutindo, e sim das consultorias Java. E independente do que vc acha que é bom ou ruim, as consultorias estão ganhando rios de dinheiro explorando trabalho de juniores. Vai falar pra elas que esta não é uma boa forma de gerenciar. [/quote]

Se o objetivo da empresa é lucrar, quanto menor o salário que pagar, melhor. Quanto maior o valor que conseguir cobrar, melhor. Se conseguir conquistar um cliente com um software de qualidade fraca mas que foi feito rápido, melhor.

A maioria dos clientes preferem o tempo à qualidade. Não concordo, mas o mercado hoje está nesse caminho. Claro, com exceções.

Mas ainda vejo os melhores programadores trabalhando com Java, em soluções específicas e nichos estratégicos. Java é muito amplo pra afirmar que “só profissional do tipo x trabalha com Java”.

Ruby, Scala, etc ainda tem um mercado pequeno. Se é que um dia vai crescer. É saudável estudar outras linguagens e tecnologias, mas o maior mercado ainda é Java, .NET e algumas linguagens legadas, como Delphi e VB.[/quote]

Concordo plenamente

[]´s

Então, agora, pense do ponto de vista do cara. Imagine que é vc. eu convido vc a trabalhar comigo, mas não tenho cliente, vc vem ?
Vc vai deixar o seu trabalho que tem um incom fixo para se aventurar ? [/quote]

e voltamos no ovo e na galinha…kkkkk

é como o vinicus teles disse em uma palestra. “Se vc tem reservas, isso significa que vc tem liberdade”[/quote]

Em 110% das consultorias onde trabalhei a história foi a mesma.

Lá pelo final do anos 80, começo do 90, dentro de alguma grande empresa existia uma area de TI a qual esta empresa queria terceirizar. Mas estavam no começo do boom das terceirizações, então não havia “consultorias” de TI a quem terceirizar esta area.
Ai o gerente da area que seria terceirizada recebe a proposta de sair da empresa, montar uma “consultoria” e pegar a terceirização. De cara este cara começavam com um grande cliente e que eles conheciam por dentro.

Esta é história de qualquer consultoria de média pra cima que existe no Brasil.

PS: E esta história não se repete apena no Brasil, a empresa em que trabalho atualmente, que é uma empresa alemã, a história foi a mesma.

[quote=marcosalex][quote=mochuara]
Não é minha lógica que estamos discutindo, e sim das consultorias Java. E independente do que vc acha que é bom ou ruim, as consultorias estão ganhando rios de dinheiro explorando trabalho de juniores. Vai falar pra elas que esta não é uma boa forma de gerenciar. [/quote]

Se o objetivo da empresa é lucrar, quanto menor o salário que pagar, melhor. Quanto maior o valor que conseguir cobrar, melhor. Se conseguir conquistar um cliente com um software de qualidade fraca mas que foi feito rápido, melhor.

A maioria dos clientes preferem o tempo à qualidade. Não concordo, mas o mercado hoje está nesse caminho. Claro, com exceções.

Mas ainda vejo os melhores programadores trabalhando com Java, em soluções específicas e nichos estratégicos. Java é muito amplo pra afirmar que “só profissional do tipo x trabalha com Java”.
[/quote]

O assunto do topico não é dizer que as empresas são vampiros de dinheiro. Isso já sabemos que são. O objetivo é chamar a atenção para que elas são assim, porque os desenvolvedores são coniventes. Segundo, saber como inverter essa situação. Que tipo de coisas um desenvolvedor pode exigir que outro desenvolvedor (qualquer outro) também exigiria. E aqui,a palavra “desenvolvedor” significa profissional que trabalha com construção de software. Não inclui amadores e mercenários. Terceiro, saber como alertar os clientes de que estão sendo roubados. Que tem direitos como consumidor de um serviço, que ha que ter forma de medir a qualidade do software e poder comparar empresas baseados nessa qualidade. Isto é comum em qq profissão, tem quem faz, tem quem fiscaliza. Porque não na de desenvolvimento ?

[quote=sergiotaborda][quote=marcosalex][quote=mochuara]
Não é minha lógica que estamos discutindo, e sim das consultorias Java. E independente do que vc acha que é bom ou ruim, as consultorias estão ganhando rios de dinheiro explorando trabalho de juniores. Vai falar pra elas que esta não é uma boa forma de gerenciar. [/quote]

Se o objetivo da empresa é lucrar, quanto menor o salário que pagar, melhor. Quanto maior o valor que conseguir cobrar, melhor. Se conseguir conquistar um cliente com um software de qualidade fraca mas que foi feito rápido, melhor.

A maioria dos clientes preferem o tempo à qualidade. Não concordo, mas o mercado hoje está nesse caminho. Claro, com exceções.

Mas ainda vejo os melhores programadores trabalhando com Java, em soluções específicas e nichos estratégicos. Java é muito amplo pra afirmar que “só profissional do tipo x trabalha com Java”.
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O assunto do topico não é dizer que as empresas são vampiros de dinheiro. Isso já sabemos que são. O objetivo é chamar a atenção para que elas são assim, porque os desenvolvedores são coniventes. Segundo, saber como inverter essa situação. Que tipo de coisas um desenvolvedor pode exigir que outro desenvolvedor (qualquer outro) também exigiria. E aqui,a palavra “desenvolvedor” significa profissional que trabalha com construção de software. Não inclui amadores e mercenários. Terceiro, saber como alertar os clientes de que estão sendo roubados. Que tem direitos como consumidor de um serviço, que ha que ter forma de medir a qualidade do software e poder comparar empresas baseados nessa qualidade. Isto é comum em qq profissão, tem quem faz, tem quem fiscaliza. Porque não na de desenvolvimento ?
[/quote]

Sérgio,

Eu acho muito utópica a sua idéia, fazer com que a classe de desenvolvedores se una e obrigue profissionalismo na construção do SW e tb alerte os clientes para as burradas que eles estão fazendo…
Eu particularmente sou bastante niilista - não pessimista - pra mim o que resolve sempre é o dinheiro, se as coisas são assim até hoje é porque alguém - não nós - está ganhando dinheiro
Talvez uma forma de fazer isso seja sim a fiscalização, mexendo no bolso daqueles que fazem porcaria, talvez assim os que fazem direito passem a ser mais rentáveis e ai sim se tornem a maioria das empresas…

abs

A ideia da regulamentação é justamente essa. Só que nossos políticos querem aproveitar pra colocar taxas, conselhos, exigência de diploma e outras coisas no meio, daí vai ficar pior ainda.

Já fui idealista de tentar mudar as coisas. Hoje jogo o que mandarem e não remo mais contra a maré. E meu salário subiu proporcionalmente. É triste, mas ideologia não paga as contas. Como não estou fazendo nada anti-ético, ilegal ou imoral, me preocupo só com o que está ao meu alcance.

[quote=André Fonseca]
Sérgio,

Eu acho muito utópica a sua idéia, fazer com que a classe de desenvolvedores se una e obrigue profissionalismo na construção do SW e tb alerte os clientes para as burradas que eles estão fazendo…
Eu particularmente sou bastante niilista - não pessimista - pra mim o que resolve sempre é o dinheiro, se as coisas são assim até hoje é porque alguém - não nós - está ganhando dinheiro
Talvez uma forma de fazer isso seja sim a fiscalização, mexendo no bolso daqueles que fazem porcaria, talvez assim os que fazem direito passem a ser mais rentáveis e ai sim se tornem a maioria das empresas…

abs[/quote]

Vc acha utopico porque não percebeu que para haver fiscalização tem que haver regras e para haver regras é preciso que os desenvolvedores cheguem a um consenso de quais são elas. e para haver consenso é preciso que todo eles estejam conscientes que são eles que têm a responsabilidade de encontrar e aplicar essas regras.

De nada me vale saber que existe uma regra relativamente à nomenclatura de classes e métodos que é apoiada pela maioria dos autores e desenvolvedores experientes se o estagiário sem noção ou um junior metido a sênior vem com a conversa de que não temos que nos preocupar com a nomenclatura. Se houver um consenso eu posso dizer :“fulano, vai ler no xpto.org qual é a regra para nomes e não me venhas com essas conversa furada”. E isto é algo que qq um poderia fazer - junior ou senior, gerente ou desenvolvedor.

O dinheiro sim é O fator mas as pessoas só se preocupam com ele se estão informadas. Porque as empresas querem ser verdes ? porque as pessoas estão dispostas a pagar mais por isso. E porque as pessoas vão se queixar no procon ? É porque levaram o seu dinheiro ? sim, mas apenas porque foi em circunstâncias que as regras revelam terem sido desonestas. Porque a empresa X escolhe a Y em vez da Z para fazer o imóvel da sua sede ? Dinheiro ? claro, mas qualidade tb. Todos sabem que nem sempre o mais barato nem o mais caro é o melhor. É esta escolha que precisa ser dada às empresas que procuram produtores de software, mas que não existe. Então o cliente assume que todas tem a mesma qualidade - ou pior, assume que as mais famosas têm maior qualidade - e aposta o seu dinheiro. Porque os gerentes vão enganar esses clientes, eles nunca percebem que foram enganados, até trabalharem com outra empresa melhor.

É muito fácil classificar as coisas como utópico, pois isso é a forma mais simples das descartar. Mas sem observar que essas coisas são a base para a sua proprias ideias essa classificação é perigosa. Afinal, se vc acha que é o dinheiro que mexe as coisas, qual é a sua ideia para aumentar a concorrência e alterar a balança financeira ?

[quote=marcosalex][quote=André Fonseca]
Talvez uma forma de fazer isso seja sim a fiscalização, mexendo no bolso daqueles que fazem porcaria, talvez assim os que fazem direito passem a ser mais rentáveis e ai sim se tornem a maioria das empresas…
[/quote]

A ideia da regulamentação é justamente essa. Só que nossos políticos querem aproveitar pra colocar taxas, conselhos, exigência de diploma e outras coisas no meio, daí vai ficar pior ainda.

Já fui idealista de tentar mudar as coisas. Hoje jogo o que mandarem e não remo mais contra a maré. E meu salário subiu proporcionalmente. É triste, mas ideologia não paga as contas. Como não estou fazendo nada anti-ético, ilegal ou imoral, me preocupo só com o que está ao meu alcance.[/quote]

Tem a certeza?

-Papai como é que o teu salário é tão grande ?

  • Porque faço exatamente o contrário do que aprendi que era correto , daquilo que a comunidade das pessoas têm o mesmo trabalho que eu acham que é correto e não me preocupo com as conseqüências disso.

[quote=sergiotaborda][quote=marcosalex][quote=André Fonseca]
Talvez uma forma de fazer isso seja sim a fiscalização, mexendo no bolso daqueles que fazem porcaria, talvez assim os que fazem direito passem a ser mais rentáveis e ai sim se tornem a maioria das empresas…
[/quote]

A ideia da regulamentação é justamente essa. Só que nossos políticos querem aproveitar pra colocar taxas, conselhos, exigência de diploma e outras coisas no meio, daí vai ficar pior ainda.

Já fui idealista de tentar mudar as coisas. Hoje jogo o que mandarem e não remo mais contra a maré. E meu salário subiu proporcionalmente. É triste, mas ideologia não paga as contas. Como não estou fazendo nada anti-ético, ilegal ou imoral, me preocupo só com o que está ao meu alcance.[/quote]

Tem a certeza?

-Papai como é que o teu salário é tão grande ?

  • Porque faço exatamente o contrário do que aprendi que era correto , daquilo que a comunidade das pessoas têm o mesmo trabalho que eu acham que é correto e não me preocupo com as conseqüências disso.[/quote]

Cada um de vocês têm razão, tanto o sérgio quanto o marcos. Isso porque é fato, ninguém deveria se orgulhar de fazer as coisas incorretas, mas é fato que o que é incorreto é o que é , em algumas empresas, o mais praticado. Logo, você acaba se colocando no “perfil” da empresa e acaba ganhando mais. (Sim, passa a ganhar mais pra fazer o que é incorreto).

Problema é que nós deveríamos, sim, nos unir pra mudar as coisas e fazer as coisas do jeito certo, e pra fazer isso não tem jeito: não adianta falar “desenvolvedores, unam-se!”, se não tivermos motivos sérios pra fazer isso.

Daí vem a idéia de uma auditoria.

Conversei bastante com algumas pessoas sobre isso e a conclusão geral é de que as empresas se merecem, ou seja, se o cliente levanta uma RFP e escolhe o projeto que for mais barato, então ele merece um projeto de mais baixa qualidade (e acho que, muitas vezes, a qualidade do projeto independe do nível dos programadores, porque se o projeto tem um tempo mais apertado, algumas coisas não vão receber tanta atenção).

Vocês concordam com isso?

[]´s

O problema é que a categoria não tem representação. Um consenso entre desenvolvedores? Entre os milhões? Não tem regra nem em identificar quem é desenvolver ou não é. O ‘estagiário metido a senior’ não é um desenvolvedor? E ele discordou de você, logo, não vai ter consenso da nomenclatura.

[quote=sergiotaborda]
Tem a certeza?

-Papai como é que o teu salário é tão grande ?

  • Porque faço exatamente o contrário do que aprendi que era correto , daquilo que a comunidade das pessoas têm o mesmo trabalho que eu acham que é correto e não me preocupo com as conseqüências disso.[/quote]

Existe uma diferença entre correto e melhor. A forma que as consultorias trabalham não é a melhor, mas está longe de ser incorreto, ilegal ou imoral. Ou mesmo com consequencias. Essas teorias bolivarianas que fazem que o Brasil mesmo com um imenso potencial para software, não consiga o espaço que merece globalmente.

[quote=asaudate][quote=sergiotaborda][quote=marcosalex][quote=André Fonseca]
Talvez uma forma de fazer isso seja sim a fiscalização, mexendo no bolso daqueles que fazem porcaria, talvez assim os que fazem direito passem a ser mais rentáveis e ai sim se tornem a maioria das empresas…
[/quote]

A ideia da regulamentação é justamente essa. Só que nossos políticos querem aproveitar pra colocar taxas, conselhos, exigência de diploma e outras coisas no meio, daí vai ficar pior ainda.

Já fui idealista de tentar mudar as coisas. Hoje jogo o que mandarem e não remo mais contra a maré. E meu salário subiu proporcionalmente. É triste, mas ideologia não paga as contas. Como não estou fazendo nada anti-ético, ilegal ou imoral, me preocupo só com o que está ao meu alcance.[/quote]

Tem a certeza?

-Papai como é que o teu salário é tão grande ?

  • Porque faço exatamente o contrário do que aprendi que era correto , daquilo que a comunidade das pessoas têm o mesmo trabalho que eu acham que é correto e não me preocupo com as conseqüências disso.[/quote]

Cada um de vocês têm razão, tanto o sérgio quanto o marcos. Isso porque é fato, ninguém deveria se orgulhar de fazer as coisas incorretas, mas é fato que o que é incorreto é o que é , em algumas empresas, o mais praticado. Logo, você acaba se colocando no “perfil” da empresa e acaba ganhando mais. (Sim, passa a ganhar mais pra fazer o que é incorreto).

Problema é que nós deveríamos, sim, nos unir pra mudar as coisas e fazer as coisas do jeito certo, e pra fazer isso não tem jeito: não adianta falar “desenvolvedores, unam-se!”, se não tivermos motivos sérios pra fazer isso.

Daí vem a idéia de uma auditoria.

Conversei bastante com algumas pessoas sobre isso e a conclusão geral é de que as empresas se merecem, ou seja, se o cliente levanta uma RFP e escolhe o projeto que for mais barato, então ele merece um projeto de mais baixa qualidade (e acho que, muitas vezes, a qualidade do projeto independe do nível dos programadores, porque se o projeto tem um tempo mais apertado, algumas coisas não vão receber tanta atenção).

Vocês concordam com isso?

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Não. Isso seria como concordar que um paciente deve escolher o médico por quanto ele cobra e se o médico cobra pouco e faz um trabalho ruim e a pessoa tem prejuizo com isso, a culpa é dela por ter escolhido um médico barato. O mesmo argumento se aplica a caro. Se a escolha é baseada apenas no preço, sempre é uma má escolha.

A pessoa tem direito a saber qual é o bom e qual é o mau médico e comprar isso com o preço.

Agora do ponto de vista do desenvolvedor, seria como eu ser da equipa de um cirurgião de cobra muito mas não tem noção nenhuma do que está a fazer e eu e meus colegas na sala de cirurgia é que aguentamos a operação. Isto, independemente dele repassar para nós o valor cobrado do cliente ou não. O problema ético é que se eu for embora, ele vai colocar outro no meu lugar provavelmente pior já que ele vai aproveitar para repassar menos. Se acontecer com a equipe toda, vai acontecer que pessoas começarão a morrer.
Ou então, os caras novos pegam o problema nos ombros como os que estão agora, e a vida continua como antes. A cada reciclagem a qualidade diminui , o repasse diminui, mas o esforço é o mesmo. A solução ? 1) Denunciar o médico aos outros colegas. Dessa forma ninguém irá trabalhar para ele (além de mercenários que não deixarão que o repasse diminua). 2) Denunciar o médico à ordem.

é este mesmo ciclo que acontece em desenvolvimento, a qualidade decai porque quem sabe vai saindo. A um certo ponto a empresa contrata mercenários, porque o trabalho precisa ser feito. Eles pagam mais, para quem só está ali pelo dinheiro. Isso tem um nome: corrupção moral.

[quote=marcosalex][quote=sergiotaborda]
Tem a certeza?

-Papai como é que o teu salário é tão grande ?

  • Porque faço exatamente o contrário do que aprendi que era correto , daquilo que a comunidade das pessoas têm o mesmo trabalho que eu acham que é correto e não me preocupo com as conseqüências disso.[/quote]

Existe uma diferença entre correto e melhor. A forma que as consultorias trabalham não é a melhor, mas está longe de ser incorreto, ilegal ou imoral. Ou mesmo com consequencias. Essas teorias bolivarianas que fazem que o Brasil mesmo com um imenso potencial para software, não consiga o espaço que merece globalmente.[/quote]

Este é o primeiro problema. Muitos desenvolvedores pensam como você. Que não ha conseqüências.

[quote=marcosalex][quote=sergiotaborda]Vc acha utopico porque não percebeu que para haver fiscalização tem que haver regras e para haver regras é preciso que os desenvolvedores cheguem a um consenso de quais são elas. e para haver consenso é preciso que todo eles estejam conscientes que são eles que têm a responsabilidade de encontrar e aplicar essas regras.
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O problema é que a categoria não tem representação. Um consenso entre desenvolvedores? Entre os milhões? Não tem regra nem em identificar quem é desenvolver ou não é.
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Já parou para pensar porquê ? como vc identifica um médico ? como vc o distingue de um trapaceiro ? Não precisa ir tão longe. Como vc escolhe um encanador para resolver um problema em casa? como vc sabe que ele fará um trabalho de qualidade ?
A resposta é simples: vc não sabe. No fim tudo se resume ao trabalho do cara. O quanto demorou, o quanto custou e o quanto durou.
A durabilidade do serviço é que é o principal fator aqui. O mesmo seria para o software. Se o software que vc mandou fazer fica obsuleto em 2 anos de quem é a culpa ? sua ? ou do desenvolvedor ?

por definição não. Ele é aprendiz de desenvolvedor. Caso contrário não seria estagiário. Sim, eu sei que o nome “estagiário” é usado livremente por ai, mas isso é um outro problema. O ponto é que estagiário, por definição, está ali para aprender. Se está a aprender ele ainda não é desenvolvedor. É o mesmo que um médico fazendo residência. Sem ela ele não é médico.

O ponto não é se A discorda de B, mas se a discorda da comunidade das pessoas com a mesma profissão.
Não necessariamente concordar é bom, mas discordar necessita de evidencias. Vc não quer uma nomenclartura como a organização xpto define, ok, mas porquê ? Não tem argumentos? Ou os argumentos são do tipo “não gosto dessa nomenclatura” ?

O ponto é que existem dezenas de autores explicando o que é melhor e pior. quais decisões vc deve fazer e quais evitar, quais escolhas o levarão pelo bom caminho e quais não. Não é mágico, é ciência. Dezenas de pessoas fazendo estudos e comparações em empresas ao redor do mundo. A nomenclatura hungara é um must em C++ do anos 70 e 80, hoje é uma embecilidade em Java e C#.
Antes variáveis como i, k, j e a e b eram comuns - hoje são piada e proibidas. Mas veja, elas eram usadas não porque eram boas, mas porque as linguagens ambientes tinham limitações. Existe o que é o certo e existem os constrangimentos culturais e tecnológicos. Mas o principal aqui é que a notação hungara violava um principio básico : o encapsulamento, e isso é o que a destituiu como a regra a seguir.

O Sergio tocou num ponto interessante, muitos que estão começando, estágiários, juniors, pessoal que está na faculdade, muitas vezes eles não são apresentados as boas práticas. O fato de não ter um lugar centralizando essas idéias só agrava esse problema. Se vc for ver, não existe nenhum modelo a ser seguido, logo cada um segue o modelo que achar melhor, seja ele bom ou ruim.

[quote=asaudate][quote=marcosalex][quote=mochuara]
Não é minha lógica que estamos discutindo, e sim das consultorias Java. E independente do que vc acha que é bom ou ruim, as consultorias estão ganhando rios de dinheiro explorando trabalho de juniores. Vai falar pra elas que esta não é uma boa forma de gerenciar. [/quote]

Se o objetivo da empresa é lucrar, quanto menor o salário que pagar, melhor. Quanto maior o valor que conseguir cobrar, melhor. Se conseguir conquistar um cliente com um software de qualidade fraca mas que foi feito rápido, melhor.

A maioria dos clientes preferem o tempo à qualidade. Não concordo, mas o mercado hoje está nesse caminho. Claro, com exceções.

Mas ainda vejo os melhores programadores trabalhando com Java, em soluções específicas e nichos estratégicos. Java é muito amplo pra afirmar que “só profissional do tipo x trabalha com Java”.

Ruby, Scala, etc ainda tem um mercado pequeno. Se é que um dia vai crescer. É saudável estudar outras linguagens e tecnologias, mas o maior mercado ainda é Java, .NET e algumas linguagens legadas, como Delphi e VB.[/quote]

Concordo plenamente

[]´s[/quote]

Não é isso que alguns programadores chamam de “a morte do Java”?

O cara acabou de descrever uma forma que empresas fazem pra ganhar muito dinheiro usando Java, mas sem precisar contar com programadores competentes e linguagens de ultima geração. Como programador essa não é bem minha definição de que o mercado cresceu, ou talvez, mercado crescido não seja necessariamente coisa boa. :slight_smile:

Sinceramente, espero que o mercado que usa linguagens mais modernas não cresca e continue pagando tão bem quanto Java pagou em 2003, 2004. Inclusive com projetos interessantes que na época existia aos montes em Java, mas hoje alguém entrando no mercado Java não vai encontrar nem por reza braba. Porque mais do que nunca, tempo é importante, como vc falou, e Java sempre fica pra trás no quesito produtividade comparada com essas novas linguagens.