Não podia ter encontrado resposta/questionamento melhor. Concordo com você em gênero, grau e número.
Existem diversos posts em blogs sobre esse assunto, mas nada adianta. Porque será que a resistência é grande? Falta de informação?
Se você se refere a comunidade de desenvolvedores, então não acredito que seja falta de informação e sim falta de crença em projetos como esse por parte do governo. Segundo comentários nessa thread, já houve iniciativa semelhante no passado que acabou em pizza.
Outra questão é ficar amarrado de tal forma que evoluir fica dificil -> impossível.
Não é que seja impossível, é que esse tipo de ferramenta padrão é feita exatamente pra que não haja qualquer tipo de evolução
Participei de um projeto da receita federal onde utilizamos o trio struts + spring + hibernate.
Utilizar framework próprio é algo muito caro e arriscado.
Alguns posts sobre esse assunto (vejam as datas) que me recordo no momento:
http://blog.fragmental.com.br/2008/01/20/programacao-radioativa/
http://www.milfont.org/tech/2008/01/20/frameworkstools-caseiros-ou-fechados/
http://www.rafaelcarneiro.net/blog/2008/05/23/frameworks-agindo-com-bom-senso/
Vejam um trecho do cv em 2005 (isso mesmo, em 2005!):
[quote=“cv”]Desenvolver um framework ANTES de desenvolver uma aplicacao nao da certo: ou voce acaba com a aplicacao tendo que fazer gambiarras em cima do framework, ou a aplicacao nao sai ate mudarem o framework. Eh melhor fazer uma aplicacao primeiro, refatorar ela e tirar os pedacos genericos e transformar num framework do que tentar advinhar o que eh generico e o que nao eh. Alias, risque a palavra advinhar do dicionario.
[/quote]
Onde se encontra este framework, no site da Serpro não encontrei nem links ou downloads relacionados.
[quote=fgsl]Em breve a documentação estará disponível, assim que a Coordenação de Software Livre do SERPRO liberar o conteúdo para publicação.
Quanto a oportunidade de negócio, é isso mesmo.
Como diria o andróide Data de Star Trek (ou o Guia do Mochileiro das Galáxias): “Resistir é inútil” [/quote]
“Resistence is futile” ^^
O caso é… eles querem que todos trabalhem assim por que vai ser bem fáçil trocar de programador pra eles.
Isso de algum modo me soa como salario mais baixo e medo de ser demetido o.0
O caso é que, na maioria dos casos, os gerentes/líderes não entendem nada de tecnologia e quando escutam algo desse tipo: “Mais produtividade”, “Diminui o problema da rotatividade” e “Padronização Customizada” (Pleonasmo mesmo) … quando eles escutam esse tipo de coisa eles ficam loucos e cegos!
Usar frameworks caseiros como o pinhão e essa acrisia chamada Demoiselle, achar que terá mais produtividade e que irá diminuir o problema causado pela rotatividade, ao meu ver, é um engano.
Primeiro é que o se a empresa tem alta rotatividade de pessoas, ela também tem um grande problema de repasse do conhecimento para quem está chegando e pode ser amenizado se os projetos usassem as ferramentas mais comuns no mercado (é mais fácil o cara que chegou saber o que tá se usando no mercado do que saber alguma coisa sobre uma ferramenta caseira). Se usar as ferramentas mais comuns no mercado ameniza também o problema da produtividade, pq o cara já chega sabendo alguma coisa.
Esse “sem problemas de adaptação”, ao meu ver, não é verdade. Para aprender a usar esse framework tem que ter treinamento (+ custo). Temos dois projetos pilotos usando esse framework na minha regional e todos eles tiveram treinamentos (custo++), a minha equipe não o usa e pouquíssimas pessoas tiveram que ter treinamento pra começar a desenvolver(custo–) pq usamos os frameworks que vcs integraram e nada mais! (custo-- de novo, pq não temos que ter pessoas que precisem ficar dedicados a manter e dar suporte ao um framework).
Outra coisa negativa tb é o fato de amarrar tecnologicamente toda empresa (serpro) e tolher tb as empresas que irão desenvolver alguma coisa para o governo.
Temos pessoas beemmmm capacitadas para fazer isso. Mas infelizmente o Demoiselle não foi uma boa sacada… e pelo meu feeling aqui, poucos desenvolvedores apoiam. Para mim, usar isso seria uma injeção de desânimo. Por isso, vou inflamar e resistir até onde eu conseguir.
e pra finalizar … ao meu ver, esse demoiselle e o pinhão tem foco em política e não em tecnologia … é a galinha dos ovos de ouro do Mazzoni. Ele trouxe isso da Celepar para o Serpro e está tentando levar do serpro para as empresas que desenvolvem para o governo… tudo isso por imposição!
Triste!
Medo de ser demitido tem quem não é competente.
Além do mais, uma coisa não impacta na outra, e nem todo mundo é obrigado a trabalhar com desenvolvimento.
Aqui no Serpro não tem ninguém com medo de ser demitido, pelo contrário, a chegada de um framewok integrador está deixando todo mundo mais motivado, pois sabemos que se um dia, um colega lá de Curitiba precisar de alguém lá de Belém, pra dar uma força em algum projeto, não vamos perder tempo em aprender toda uma arquitetura, todo um conceito, todo um padrão de desenvolvimento.
Eu já estou usando o framework, e particularmente (essa é uma opinião minha) estou gostando bastante, pela facilidade de desenvolver um sistema, utilizando padrões e conceitos de desenvolvimento, utilizados por toda a comunidade Java.
Lógico que não é um Grails, mas é melhor do que não ter nenhum padrão, ainda mais em uma empresa de grande porte, como o Serpro.
Em breve será divulgado um site de publicação deste framework, e como já falei antes, também será lançado um livro.
Ao público externo, quem quiser, vai poder baixar, vai poder experimentar e se não gostar é só deixar de usar! Muito simples.
o que tem um framework a ver com medo?
levando para o cerne da questão, a verdadeira motivação é politica, conforme o mondego falou. isso é indiscutível.
levando para aspectos técnicos… o framework é uma volta a programação em jsp e servlet puros fazendo uma comparação
imagina:
anotações em VO’s é luxo (hibernate annotations), voce vai continuar usando xml redundando trabalho porque o framework não da suporte
a maioria dos frameworks modernos desacoplaram o código permitindo a criação de pojos, o demoseile parece o velho struts, extends, implements inúmeras classes em todas as camadas
eles bolaram uma maneira de deturpar a criteria do hibernate pensando que analista de sistemas pode ser até mesmo um caixa de supermercado na hora fazer as implementações da camada de acesso a dados…
o framework usa um XML sem DTD que vai ficando gigantesco, e como eles fazem o parse na mão, se voce autoformatar esse xml na IDE a aplicação não funciona mais,
o maior problema ainda a meu ver é a questão da implementação dos aspectos…
como a orientação a aspectos ainda é muito discútivel custoxbeneficio eles tiveram a grande ideia de fazer a conexão com o banco de dados dentro das classes de aspectos, simplesmente ignorando implementações de pool no container, e duvido muito que usem o c3p0,
ainda não testei as transações.
parecem que ninguem que trabalhou nele conhece o SPRING 2.5
e não funciona em qualquer eclipse… somente no eclipse disponibilizado por eles…
esse framework vai se tornar padrão isso é fato, eu não culpo quem o desenvolveu, pois como sempre tudo vem de definições que são empurradas de cima pra baixo, se exitir alguem responsável por esse retrocesso é o arquiteto que modelou/inventou/bolou essa parafernalha que mais parece um produto acadêmico, de soluções complexas e mirabolantes, apenas para promoção politica de um cara inexperiente de vivência em um projeto.
A proposta me parece mais uma integração de frameworks já existentes que um novo framework.
Tenho certeza que a maioria aqui já ficou confusa quanto a que frameworks, arquitetura ou padrões adotar na construção de um novo sistema. Imaginem esta confusão numa empresa que vive para desenvolver e cada núcleo pode optar pelo conjunto de tecnologias sem qualquer critério.
A pergunta é: Vc gostaria de dar manutenção num projeto que foi desenvolvido em outra unidade utilizando X, Y e Z quando em sua unidade o “padrão” e A, B e C?
Considerem a existencia de núcleo por estado e vejam a confusão que pode se formar.
Bem,
que a implantação desse framework no Governo é pura política, isso é realmente incontestável.
Com relação as melhorias de tecnologia, o framework é isso mesmo vários extends e vários implements, infelizmente nem tudo é perfeito.
Mas eu tô usando o framework no eclipse 3.4 Ganymede - Não é o disponibilizado por eles - e tô usando annotations no mapeamento do Hibernate - Não XML.
Quanto a questão de transações com c3p0, não posso falar nada porque não testei.
Agora, também não dá pra sair por aí botando culpa nas pessoas.
Não sei se chegaram a ver o Pinhão, que era pra ser o padrão do Governo. Não tô querendo puxar saco do Serpro nem nada, que graças a Deus desse mal eu não sofro, mas sinceramente, se tiver que usar um padrão, prefiro o Demoiselle.
Mas também tem outra coisa, se o framework é livre e open source, e se vai ser disponibilizado a comunidade em geral, quem garante que ele não vá melhorar? Pode ser que não melhore em nada e continue ultrapassado, mas também pode ser que as pessoas ajudem a melhorá-lo.
A primeira versão não usava Injection nem Annotations. Essa versão 1.0.0 já usa.
Pense positivo. Alguém há de nos salvar.
Pq ao invéz de criar um framework vcs não padronizam quais jars podem ser utilizados? Creio ser mais viavel e simples de atualizar as bibliotecas homologadas, inclusive mantendo as vantagens do DEMO.
Ps: Me permitam colocar um apelido carinhoso neste framework
Quero agradecer a discussão, ela serviu de base para começarmos a FAQ no Sourceforge.
Convido todos a darem uma olhada, pra ver se as respostas respondem as dúvidas levantadas, e também a sugerir outras perguntas.
O link direto é este:
http://sourceforge.net/forum/forum.php?forum_id=918458
A pergunta mais importante deve ser ‘cadê o código’.
Assim que os trâmites legais forem resolvidos, ele será disponibilizado.
Em menos de um ano eu estou no terceiro projeto onde há um Framework caseiro e já trabalhei em pelo menos uns 20.
Tenho experiência suficiente para saber que isso é uma idiotice e como contribuinte me sinto lesado em saber que meus impostos sustentam esse tipo de coisa.
Lembrem-se que um dia pode ser que o Dexter Morgan trabalhe no framework de vocês, então removam seus endereços
[quote=peerless]
Falando sério agora, vocês já pararam para pensar que… estas tecnologias citadas podem estar defasadas amanhã? Que elas podem não ser a melhor solução para todos os projetos? Que elas restringem/limita o aprendizado de novas tecnologias (ie. vocês vão parar no tempo)… [/quote]
Quem propõe esse tipo de aberração é porque já está parado no tempo!
[quote=alexviegas]
Mas também tem outra coisa, se o framework é livre e open source, e se vai ser disponibilizado a comunidade em geral, quem garante que ele não vá melhorar? Pode ser que não melhore em nada e continue ultrapassado, mas também pode ser que as pessoas ajudem a melhorá-lo.
A primeira versão não usava Injection nem Annotations. Essa versão 1.0.0 já usa.
Pense positivo. Alguém há de nos salvar. [/quote]
Nao é questao de ser otimista, devemos considerar o aspecto tecnico da solucao. quem foi que disse que “arquitetura integradora” é considerada boa pratica de programacao?
A questao é, o que existe entre os frameworks integrados e o usuario é a aplicacao, ou seja, aquilo considerado como diferencial. Padronizar isto é um absurdo pra qualquer um com o minimo de nocao. Seria o mesmo que chegar pro Joaquim e dizer que a partir de hoje todos os paes devem ser assados usando forma de empadinha. E desta forma reduziremos nossos custos com o treinamento dos “padeiros” nos diferentes tipos de paes e nossa produtividade vai aumentar pq fazer paes agora é tao facil quanto fazer pipoca em microondas!
E disponibilizar algo com este proposta para a comunidade nao garante que va melhorar, principalmente se considerarmos que o demoiselle nao resolve problema de ninguem, nem mesmo do Serpro!
Alias, so podia ser coisa do Serpro mesmo, um orgao publico, onde tudo gira em torno de interesses politicos.
gostaria de quem tiver disponivel, me mandar materiais java2 EE, Obrigado