CMM (Capability Maturity Model) - Alguém conhece?

[quote=“rodolfo_dpk”]Olá !

Ainda não li todo este thread (como ficou grande !) mas lembrei de um artigo que li anos atrás :

http://www.cmpnetasia.com/ViewArt.cfm?Artid=17225&catid=6&subcat=61

Ivar Jacobson, para quem não sabe, é um dos “3 amigos” que fundaram a Rational e que todo gerente deveria ao menos prestar atenção no que ele disse, resumidamente : “Certifying software development ‘does not equal quality’”.

Após ter trabalhado em uma empresa com certificação CMM nível 2 (hoje já é nível 3), fiquei abismado com a falta de visão de algumas pessoas chave do time sobre o que isto significa. É aquele papo : parece que porque a empresa é certificada basta baixar a cabeça, fazer o que os “caciques” mandam e nada dará errado. Não precisa dizer que quase tudo dava errado…

CMM me parece um “negócio da China” pra muitas empresas e consultores, mas ingênuos são os que pensam que tudo dará certo após isto. Muitas empresas brasileiras estrão investindo em CMM visando principalmente o mercado exterior (exportação), mas é aquela estória de sempre : após o contrato assinado, as pequenas tragédias acontecerão com ou sem certificação, o que importa, como o CV já disse aqui são as pessoas, ou seja um time motivado, qualificado e comprometido !!

Mas isto parece coisa de outro mundo se avaliarmos a situação atual…

Tchau ![/quote]

O CMM visa diminuir essas “tragédias” que vc disse que acontece. Com certeza, se tivermos pessoas que abaixam a cabeça e confiam plenamente no CMM, na minha opinião é uma pessoa idiota, pois confia em um modelo. O Modelo não é ninguem sem as pessoas…ou seja, o modelo funciona se temos pessoas competentes e dispostas a fazer realmente funcionar o que foi proposto. Com certeza se abaixarem a cabeça e ligarrem o “piloto automático” do CMM, a tragédia será catastrófica… :slight_smile:

Temos que pensar assim…nenhum modelo é eficaz se a pessoa que lida com ele não tem o conhecimento e competencia suficiente para o mesmo…modelos não fazem nada…quem faz são as pessoas com os modelos, ou seja, a formula ideal é modelo+pessoas…pessoas essas que estaram cuidando para que o modelo funcione e não falando…“minha empresa tem CMM”…e deixar o CMM fazer tudo…o modelo existe, mas não faz milagres. :wink:

ate mais…

[quote=“richardpeder”]pessoas essas que estaram cuidando para que o modelo funcione e não falando…“minha empresa tem CMM”…e deixar o CMM fazer tudo…o modelo existe, mas não faz milagres. :wink:

ate mais…[/quote]

Finalmente acho que vou concordar com você, Richard. Finalmente!! :shock:

Pessoal…
Geralmente, preciso postar para ver a proxima pagina…(no caso, a 9)…aconteceu isso com a pagina 8…pq sera?

ate mais…

[quote=“Daniel Quirino Oliveira”][quote=“richardpeder”]pessoas essas que estaram cuidando para que o modelo funcione e não falando…“minha empresa tem CMM”…e deixar o CMM fazer tudo…o modelo existe, mas não faz milagres. :wink:

ate mais…[/quote]

Finalmente acho que vou concordar com você, Richard. Finalmente!! :shock:[/quote]

Fico Feliz Daniel…pois o que eu disse acima é a mais pura verdade…não há como colocar o modelo e falar assim…“CMM, agora vc modifique minha empresa e a torne madura…”…isso é loucura e idiotice…o trampo que dá implantar o CMM só sabe realmente quem participa…e a manutenção do mesmo tb é trabalhosa…pois CMM é continuo, ou seja, as pessoas que trabalham neste modelo precisar te-lo “na veia”.

ate mais…

Para tirar um pouco o pó deste tópico e avisar que eu comecei uma série no meu blog sobre CMM, ou melhor sobre os porquês não usar CMM. O nome da série é 101 motivos para se esquecer CMM e conto com a ajuda de todo mundo para aumentar esta lista.

Opa, ressucitaram o post e lembrei de um duvida a respeito disso. Bom, Daniel, vc questionou nesse topico porque usar CMM se há metodologias mais ageis e menos dolorosas. Eu acho que XP é uma delas, mas vc poderia citar outras?!

Até.

Eu estava imaginando mesmo o XP como alternativa ao CMM (se você vir o início desta discussão, o Luca também cita XP explicitamente). Mas não só metodologias ágeis poderiam ser aplicadas, mas qualquer metodologia que desse uma brecha a flexibilidade e dinamização de processos já seria bom demais.

Creio que CMM nao eh uma metologia em si… ela nao eh uma especie de ISO que certifica que sua empresa usa uma determinada metodologia (UP, XP, sei la) da forma correta e tal?

Teoricamente voce poderia utilizar XP e ter CMM - nao? (sim, nao eh tao facil, mas eh possivel :D)

Marcio Kuchma

Teoriocamente CMM embute qualquer metodologia de desenvolvimento (seja Waterfall, Espiral, até XP). No entanto, fico cá imaginando como modelar os processos (sim, CMM depende muito de processos) que poderiam acolher o XP adequadamente no desenvolvimento de software. :roll:

Post do Luca sobre CMM e XP

Pois é, eu havia pensando apenas em XP tambem. Eu acabei fazendo uma busca no google e encontrei o seguinte:
Extreme Programming and the Capability Maturity Model

Estou lendo agora. :wink:

Até.

:smiley: :smiley: :smiley: :smiley:

Vc realmente odeia o CMM…sem chances! :slight_smile: :slight_smile: :wink:

ate mais…

Post do Luca sobre CMM e XP

Pois é, eu havia pensando apenas em XP tambem. Eu acabei fazendo uma busca no google e encontrei o seguinte:
Extreme Programming and the Capability Maturity Model

Estou lendo agora. :wink:

Até.[/quote]

Como eu falei, teoricamente é possível. Mas a questão nem é se CMM e XP são incompatíveis. Eu, particularmente, não acho que um seja incompatível com outro (embora ache que, culturalmente, vá ser difícil compatibilizar os dois, mas vá lá), mas fico me perguntando se CMM é realmente necessário e até que ponto vale a pena correr o risco.
Ok, a partir do momento em que CMM começar a ser tratado como commodity, concordo que aí valha a pena investir nisso, mas, até este momento chegar (se ele chegar) CMM é visto apenas como um diferencial competitivo. Mas é um “diferencial competitivo” inócuo, porque todas as suposições que fazem sobre empresas que têm CMM não são válidas. CMM garante qualidade? Não. CMM garante que seu produto final vai ser melhor? Não. CMM garante que sua equipe vai trabalhar melhor? Não. CMM garante que sua equipe vai trabalhar mais feliz? Não. CMM não garante nada além do que sua definição diz: que seus processos têm qualidade.
E será que é preciso buscar CMM para obter um produto final de qualidade, condições de trabalho melhores para sua equipe, etc etc etc? Decididamente também não. Não é preciso especificar 902346 processos e um fluxo de trabalho surrealista para garantir nada disso. Boas práticas de desenvolvimento aliadas a um time constantemente bem treinado (nem precisa ser um bom time, ele só precisa ser bem treinado) já dão muito bem conta do recado. Desatres podem acontecer, claro. Mas sua certificação CMM nível-5 também não vai lhe proteger de um incêndio ou de uma bigorna gigante caindo sobre sua empresa.
E onde entra XP nisso aí? Não sei. Pode-se pegar todas as práticas da XP e usá-las com guia para seu time de desenvolvimento. Mas isso não é obrigatório. Aliás, eu nem falei de XP até agora (poderiam usar RUP, prototipação, espiral, waterfall, XYZ …), mesmo porque, projeto usando XP também falham.

Ahhh!! E claro, a pergunta que não quer calar: por que ainda pagar caro para investir em CMM se você pode obter e garantir qualidade com muito menos esforço, dinheiro e chiadeira? Por modismo? Porque os grandes lemmings indianos não podem estar errados? Porque é fashion ter certificações? Ou porque você tem dinheiro demais sobrando e não sabe onde gastar?

Já que o assunto tá no ar novamente…

Se o Sr. Richard não conseguiu convencer os mestres CV, Daniel, Luca (listados em ordem alfabética) e outros que tanto admiro, duvido muito que eu consiga. Mas agora que a poeira já baixou, o orgulho não está em alta, não estou resistindo em mandar meu pitaco.

Suponho que todos conhecem os Design Patterns. O que são? Abstrações de Soluções amplamente utilizadas com sucesso. Não são soluções enlatadas!! São apenas idéias bem claras que podem ser utilizadas para criar soluções. Existem muitas formas de se gerar soluções. Usar Abstrações de Soluções pode ajudar a resolver alguns tipos de problemas. Para outros problemas, tentativa e erro, pode ser suficiente. Mas só por usar Façade & CIA não quer dizer que terá seu problemão resolvidin.

Abstrações de Soluções às vezes podem ser combinadas. E dependendo do ambiente, podem ser aplicadas com sucesso ou não. O sucesso de uma estratégia nem sempre indica o fracasso de outra. Abstrações de soluções já são muito usadas em outras áreas. Na administração, por exemplo, existem: Programa 5S, ciclo PDCA, Defeito Zero, etc.

PSP, TSP, XP, RUP e CMM podem ser encarados como Abstrações de Soluções para o problema de como se desenvolver um software com qualidade, baixo custo, etc.

A maior dificuldade é saber se uma Abstração de solução vai ser bem sucedida. Para problemas complexos no nível dos processos de uma empresa, muitos fatores podem direcionar para o sucesso ou fracasso. Fatores políticos, emocionais, climáticos, financeiros e principalmente culturais.

Onde usar XP? Onde usar CMM? Vou me deter ao subfator “personalidade dos funcionários”, que faz parte do fator cultural.

Acho muito difícil que XP seja bem utilizado por profissionais que querem tudo mastigadinho. E olha que conheço muita gente assim. CMM + Fábrica de Software dá um pouco mais de independência para empresas com relação aos funcionários que possuem. Não é preciso ter um fera na equipe para que tudo flua. O que precisa ser feito é bem definido. Para QUEM isso é bom? Para o cliente, confiança. Para os funcionários, depende. O fracos ficam mais em pé de igualdade com os médios. Fracos aumentam seu salário. Médios baixam seu salário ou vão fazer o mesmo serviço de feras. E qual é esse serviço? Controlar e avaliar o processo, enxergar problemas no processo, propor melhorias. Ou seja, feras passam apenas a fazer o que sabem fazer melhor: pensar. (Fraco é todo aquele que ainda não mostrou que é fera. E é claro que estou exagerando! De propósito! Prá ficar mais fácil de entender…)

Mas se sua empresa não pega projetos de longo ciclo de desenvolvimento (acima de 6 meses), e possui pessoas bem talentosas, lasca um XP com força! E tente mostrar que é possível obter bons resultados com o mardito.

Se vc conseguir colocar seu processo rodando em cada neurônio de cada funcionário, pimba! Sente e esperer chegar o dimdim! :smiley: Tá, eu sei que não é bem assim… Tô só exagerando de propósito novamente…

[quote=“Daniel Quirino Oliveira”]
Se há formas menos dolorosas e mais fáceis de se conseguir software de qualidade, por que, ainda assim, optar por um método mais caro, difícil e cujos bons resultados não são tão certos de serem obtidos? [/quote]

Tem hora que avaliar a qualidade de um produto simplesmente olhando suas características físicas não é suficiente. Isso é pura imitação da indústria. Ao avaliar se um iorgute tem qualidade, cada passo é importante. E não apenas a sua composição final.
Como sei que vc estava se referindo a XP… Com XP às vezes é mais difícil fazer avaliações de qualidade. E é mais difícil ter certeza se você realmente usou XP. Ou quanto % de XP foi utilizado. Tem hora que certeza da qualidade é mais importante que o preço. Se o patrão quer um iorgute, e temos $$ para comprar um que custe 1000 e que é o único que tem garantia comprovada pelo ministério da saúde, vamos comprar! Claro que o ministério pode estar errado, a garantia pode ser falsa, que preço nem sempre justifica qualidade. Mas dentre 200 marcas baratas não certificadas, qual delas realmente é boa? Não é mais provavel acertar confiando nessa que custe os tais 1000?

Nem XP não é a melhor solução para todos os casos. Nem CMM. Estrategicamente, para o Brasil é muito interessante que hajam bastante empresas certificadas. Isso dá, no mínimo visibilidade. Claro que acredito que tenhamos um relativo aumento da qualidade. Pense em empresas que usam processos emburacados, feitos sem muito embasameto - não estou falando de XP!! - começando a se organizar de verdade. Com visibilidade e projetos realizados com sucesso podemos ganhar confiança. Aí sim, teremos voz e poderemos propor novos modelos.
E usá-los quando conveniente.

Meu professor de Eng. Soft disse uma vez: saibam dosar. Para um software de padaria (que custa o preço de um pãozinho), não usar nenhuma metodologia talvez seja a melhor metodologia.

Parabéns a quem leu até aqui. :smiley:


Idéias de um programador imaturo, com apenas 22 anos, no último ano do curso de Ciência de Ciência de Computação e com conhecimento beeeeem superficial sobre PSP, TSP, XP e CMM.

Bem que minha mãe me avisou: “vai dormir, filho!!” Pois é, fiquei acordado para levar uma bordoada na orelha :smiley: Muito boa sua análise mesmo, Vinci, mas calma lá, vamos revê-la passo-a-passo. (aviso: isso aqui vai ser muito longo e chato; pegue uma xícara de chá, acomode-se bem na cadeira e ouça uma boa música para não ficar muito entediado)

Como eu falei antes, CMM e XP podem conviver sob o mesmo teto, desde que você consiga modelar processos e um fluxo de trabalho que consiga acolher XP adequadamente. O cancao até passou um artigo que fala com usar XP em ambientes que usam CMM. :wink: E a questão aqui também não é “XP vs. CMM”, mas sim, por que usar CMM? Meus argumentos contra usar CMM são basicamente 4 (nem 3, nem 5; são 4 mesmo):

:arrow: CMM é focado em processos e não em pessoas: muito ruim, porque processos não fazem software e nem garantem software de qualidade. Processos são guias, ajudam pessoas a alcançar algum objetivo. Ou seja, poderíamos fazer uma analogia de processos com estradas. Se bem modelados, estes processos podem levá-lo ao objetivo final, que é um produto de qualidade. Mas a questão é que não é nada fácil modelar estes processos, tampouco modelá-los em função de fluxo de trabalho que torne o trabalho das pessoas mais fáceis.
Além disso, até onde eu me lembre, criar software é algo muito mais criativo do que repetitivo. Você precisa imaginar um bocado de coisas para solucionar um determinado problema no seu software (ou mesmo pensar bastante para aplicar um pattern ao seu problema). Agora, como expressar a criatividade humana na forma de um processo genérico o bastante para caber em todas as situações e simples o bastante? Afinal, não pode ser complexo demais senão, ao invés de ajudar as pessoas, essa “estrada” pode complicar ainda mais a caminhada deles rumo ao software de qualidade.

:arrow: CMM privilegia profissionais medíocres: um dos pressupostos do CMM é que os processos conseguem compensar a mediocridade da sua equipe, já que ela vai estar subordinada aos processos. Ou seja, você poderia muito bem pensar em uma linha de produção à la Tempos Modernos, do Charles Chaplin (acho que agora entendo de onde vem o termo “fábricas de software”). E, neste esquema, você poderia muito bem pagar meia dúzia de estagiários e treiná-los (treinamento, aliás, que é KPA só a partir do nível 3) o mínimo para usar ferramenta X, Y e Z para colocá-los para produzir logo.
Mas, ao contrário da linha de produção fordista, onde o mais lento determina a velocidade de toda a linha, os piroes vão determinar a qualidade média do código produzido. E, neste esquema, seus bons programadores vão acabar pedindo as contas por ter que conviver com colegas medíocres e sob processos que não lhes dá liberdade para criar livremente. E isso é muito ruim. Quando você perde bons programadores, você perde tanto em experiência quanto em capacidade de inovação técnica. Mas acho que todo mundo sabe onde isso pode acabar, então não vou me prolongar nisso.

O que reforça a minha tese de que CMM tende a nivelar beeeeeeeeem por baixo a capacidade técnica da equipe.
Mas o analista não é a evolução natural do programador. Todo analista começa um dia como programador, mas nem todo programador quer se tornar analista. Eu, por exemplo, odiaria ficar desenhando diagraminhas lá e cá. Mas, tirando o exemplo pessoal, nem todo bom programador vira um bom analista. Você pode perder um ótimo programador promovendo-o a analista. Isso é mais questão de gosto e vocação do que realmente de hierarquia. Mas, se quiser fazer um teste (um dia, quando você tiver uma empresa), pegue seu melhor programador e vá promovendo-o conforme sua produção. Promova-o horizontalmente primeiro (de programador júnior a sênior, por exemplo) e depois promova-o verticalmente (gerente, etc etc). Verá que, um dia, ele vai estagnar em algum ponto da sua hierarquia. Quando isso acontecer, não o demita (afinal, ele é competente), mas volte ele ao estágio anterior na hierarquia. Isso acontece porque todo mundo cresce na hierarquia até o ponto de incompetência, onde não se consegue lidar com os novos desafios do cargo. Portanto, nem todo bom programador vai virar um bom analista (ele pode não conseguir lidar direito com clientes, por exemplo) ou o que quer que seja.

:arrow: CMM é um investimento grande demais e de alto risco: muitos aqui disseram que já viram empresas adotando CMM fracassarem. Eu mesmo trabalhei em uma empresa que fracassou violentamente na busca de CMM(2). Isso se dá por que é preciso, além do investimento muito alto em profissionais (auditores, analistas, testadores, …), mudar toda a cultura da organização. Isso envolve mudar a forma como as pessoas das equipes de vendas, relacionamento, e, claro, de desenvolvimento trabalham. Ou seja, é preciso evangelizá-las (afinal, elas não vão estar muito interessadas em mudar), estudar estratégias de modelos de trabalho para cada uma delas, treiná-las, avaliar o esforço e corrigir os erros, etc etc etc… Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro que está sendo investido em algo que pode muito bem fracassar (se as pessoas não vestirem a camisa da mudança, já era!). E dinheiro que poderia estar sendo investido em outras coisas, como treinamento contínuo da sua equipe de analistas e de desenvolvedores, que são os protagonistas no processo de criação de software.

:arrow: CMM não é sinônimo de qualidade: aliás, este é o argumento principal, que eu usei (mesmo em background) nas discussão com o Richard Peder. CMM é soobre qualidade de processos e não sobre qualidade de software. Se seus processos lhe levarem a software de qualidade, ótimo! Parabéns! Mas, como disse acima, processo não faz software. Processos podem ajudar as pessoas a fazerem software de boa qualidade. Mas se estas pessoas não forem bem qualificadas (e/ou se seus processos não forem bem modelados), você vai ter qualquer coisa, menos software de qualidade no final do ciclo.

Bom, até agora eu só abordei a questão anti-CMM do ponto de vista da “fábrica de software”. Mas você abordou a questão da perspectiva do cliente. E concordo com você no seu argumento que é mais fácil para o cliente determinar a qualidade do produto de uma empresa que tenha certificados. Nós fazemos isso todos os dias no supermercado, quando preferimos marca X ou Y por causa de um selinho de qualidade. Mas a questão aí volta ao marketing enganoso do CMM: CMM não vai garantir ao cliente que o software que ele pediu tem qualidade. CMM só garante uma única coisa: que os processos adotados pela fabriquinha de software tem qualidade. E ponto-final.

Sei não. Concordo com o Luca quando ele diz que talvez seja tarde demais para tentarmos correr atrás dos indianos na questão de certificações. Acho que poderíamos apostar as nossas fichas realmente em qualidade e não em marketing da qualidade. E, como disse o Luca:

Sobre aumentar a qualidade geral daquelas empresas caóticas, isso também é possível, mas não é obrigatório que estas empresas busquem CMM para se organizar. Elas podem muito bem se organizar sem CMM, mesmo de através de processos informais (algo que o CMM odeia!), e ainda assim conseguir cumprir seus prazos e produzir coisas boas.

Bom, para finalizar isso aqui (pois estou ficando com sono): CMM não é sinônimo de qualidade e nem é preciso ter CMM para se ter qualidade. Se você quiser se arriscar buscando CMM, boa sorte. Mas se você estiver atrás de qualidade de verdade, leia alguns livros sobre boas práticas de programação e transmita este conhecimento para sua equipe (que deve ser sempre bem treinada), e você vai ser feliz. :slight_smile: E por enquanto é só.

p.s.: eu não sou mestre em nada. Eu, como você, tenho 21 anos e estou lutando contra o tempo para me formar neste ano também na faculdade :slight_smile:

p.p.s.: PSP é outra coisa que não me traz nenhuma boa lembrança. Mas isso é outro assunto :wink:

Realmente não sou pago para convencer ninguém que CMM funciona…longe de mim! :slight_smile:

Apenas, pelo que eu vejo e até comentei com colegas meus de trabalho (programadores, vejam só, que gostam de CMM!!! :slight_smile: 8) ) e eles acharam, juntamente comigo, que o Daniel teve algum “trauma” com o CMM…pois é impossível um modelo desses ser criado e dar “tão errado” como presupoe o Daniel e outros amigos aqui do GUJ…

Tudo o que eu tinha pra falar sobre o CMM eu falei…convencer, como eu disse, não fui pago para tal coisa…eu apenas defendo o CMM pq onde eu trabalho ele funciona…se ele funciona na empresa do “Zé”? Sei la, se ele adotar o modelo erroneamente, é impossivel ele funcionar…se ele foca nisso ou naquilo, se ele garante isso ou aquilo, eu acredito que basta pegar o modelo e seguir ele com honestidade, competencia e lealdade ao modelo, acho muito dificil ele não funcionar ou dar tão errado como o Daniel e mais alguns amigos nossos aqui dizem…

Acredito nos demais modelos, e jamais disse que só CMM funciona…existem problemas no CMM…sim, existem…mas isso não é motivo pro cara colocar no blog dele 101 motivos para não aderir ao CMM…acho que extremos não são bem vindos!

ate mais…

E ae pessoal…

Daniel, falou tudo!

Seguinte, o termo “Fábrica de Software” é algo que vem totalmente contra o que uma Software House de hoje em dia tenta passar para o mercado(cliente).

A existência das Software Houses é justamente para o desenvolvimento de aplicações personalizadas, que atendam diretamente o problema do cliente.

Devido a grande gama de clientes que essa empresa venha atender, a forma de trabalho tem que ser a mais dinâmica e flexível possível, possibilitando o ganho na produção. Processos que venham a burocratizar demais e tornar a forma de desenvolvimento um processo totalmente mecânico, com certeza irá retardar a maneira como o desenvolvedor realiza o seu trabalho, isso porque como o Daniel falou, programar é algo muito mais criativo do que repetitivo.

Não sou a favor do CMM por causa destes detalhes. :wink:

[quote=“vamorim”]
Meu professor de Eng. Soft disse uma vez: saibam dosar. Para um software de padaria (que custa o preço de um pãozinho), não usar nenhuma metodologia talvez seja a melhor metodologia.[/quote]

Isso porque seu professor não leu isso :lol:

[quote=“Daniel Quirino Oliveira”]
p.s.: eu não sou mestre em nada. Eu, como você, tenho 21 anos e estou lutando contra o tempo para me formar neste ano também na faculdade :)[/quote]

Porra, já somos 3. Quqntas pessoas de 21 anos tem aqui? Ah, e eu nem conseguir me formar esse ano vou…snif… mas em 2050 sai!!!

[]s

Não consegui editar o outro :frowning:

Pelas minhas contas cê tá devendo 87 então.

[]s

ai vou eu de novo sobre CMM… :evil: :evil:

nao vou repetir aki q concordo com tudo q o Daniel disse ate agora…mas pq concordo??
pq o CMM qdo aplicado, impacta o trabalho do desenvolvedor ( acho q cada vez mais somos desenvolvedores e menos programadores, ou “peoes”, como nosso CMM-friend gosta de dizer)…

o CMM impoe uma serie de coisas burrocraticas q o desenvolvedor precisa fazer e q nao tem relacao alguma com seu trabalho principal…

pq o XP seria mto mais util?? pq, pelo pouco q sei, q a metodologia implanta algumas maneiras diferentes de fazermos nosso servico, tais como Pair Programming, o lance de revezar a codificacao de uma tela, etc…
entao o trabalho com XP impoe processos sim, mas q tem alguma relacao com nosso trabalho, q diversifica o trabalho e, as vezes, dah prazer em fazer…

outra tecla batida mto aki…a questao de o modelo CMM ser implantado de maneira errada…
mas se vc vai implantar um processo, como diabos vc pode implantar errado ainda?? se eh apenas passar a fazer o q o modelo exige, como vc ainda pode fazer errado, como todo suporte de consultorias e parafernalhas q as empresas usam??

espero ter sido claro e nao ter dito mta besteira…

ate mais