[quote=SpiderX]
Bom, não tenho experiencia profissional para afirmar como é, vcs podem opinar bem mais que eu, eu so me baseio o que eu aprendo na faculdade, afinal, esta dentro das boas praticas de desenvolvimento de software que é um padrão universal, mas como disse, isso na teoria, na pratica pode mudar, não sei, mas tem pessoas que acham necessario, outras não, quando eu tiver com essa experiencia profissional e ja ter desenvolvido todo um sistema sem tais ferramentas posso mudar totalmente de opinião !
Não foi eu quem criou o Tópico, mas gostaria de mais opiniões a respeito do assunto, pra poder ter uma visão mais geral, se isso realmente acontece com todos, ou melhor, se todos acham que assim é melhor.
Abraços[/quote]
Cara, euy enxergo as coisas + ou - dessa forma…
Toda indústria evolui de forma natural passando por etapas de elucidação durante sua evolução. Outro dia conversando com um amigo meu que já está a quase 40 anos na área, ele estava me contando sobre como alguns posts que ele andou lendo sobre práticas ágeis (lembro aqui que na Web existe de tudo e é claro que ele não perdeu tempo filtrando, só leu por ler) ele já praticava em alguns de seus projetos lá pela década de 70 - 80.
A própria Engenharia de Software, hoje amplamente aceita e divulgada como verdade absoluta pela academia, tal como é em sua essência, veio com o intuito de organizar a casa em Projetos de Software, que falhavam em uma larga escala de vezes, gerando trauma no mercado. Quando a ES chegou, também gerou essa gama de discussões acaloradas na comunidade, sobre o que era “CERTO” e “ERRADO” no Desenvolvimento de Software.
Claro, após esse período, a Engenharia de Software foi aceita na comunidade como a ciência que resolveria o problema dos fracassos da área de DS. Alguns fatores surgem aqui:
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Como acontece em todas as ocasiões, sempre que uma metodologia ou ciência entra em evidência ou se torna amplamente aceita, começam a aparecer os oportunistas de plantão que começam a introduzir nomes e siglas para ganhar algum $$ com a proposta;
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Sempre aparecem os evangelizadores de tais práticas que as colocam em um pedestal e fundam a igreja da metodologia e se transformam em verdadeiros pastores, onde quem falar alguma coisa contra a santíssima metodologia, vai pro inferno;
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Sempre aparecem a gama de “profissionais” que simplesmente vão de acordo com as pregações desses pastores e não conseguem montar uma opinião própria;
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Sempre existirão os críticos que querem matar o pastor e não tem uma abordagem prática melhor, além de criticar;
E GRAÇAS A DEUS, ALÁ, ELEFANTE BRANCO, EVOLUÇÃO, (coloque aqui o que você acredita), enfim…
- Sempre existem aqueles que sabem absorver o que a nova discussão gerou de bom e continua tentando evoluir a idéia;
Houve uma época em que essa idéia de se gerar a documentação, foi largamente aceita como única alternativa para evitar o fracasso de projetos de Software que eram “desorganizados” e a tal da documentação e modelagem viriam pra salvar a pátria.
Acontece que mesmo adotando tais métodos, projetos de software continuaram e continuam falhando de forma miserável e agora com um agravante, perde-se um tempo absurdo construindo artefatos que dizem conter as regras do Sistemas, mas que de tão defasados e inconsistentes que estão, acabam gerando ainda mais frustação.
Perceba que quando falamos em regras de um Sistema, estamos falando de uma coisa bem séria e que a experiência ainda vai lhe ensinar: “O que um Sistema deve fazer, deve ser definido pelo cliente e em 99,999999% dos casos, o cliente não sabe o que quer, ou se sabe, quando vê o Software funcionando muda de opinião.”.
Aí perdemos tempo colocando todas as idéia desse cara em um calhamaço de papel, com idéias retiradas de uma ou outra conversa que tiveram com um cara que muitas vezes nem será o cara que vai usar o Sistema e quando a primeira versão do Software é gerada e mandada pra ser homologada, o cara diz que não está atendendo.
Aí bate o desespero de dizer “como não ? Perdemos 6 meses docuimentando o Sistema, nós criamos o Diagrama de Casos de Uso e vocês assinaram o documento de Requisitos.”.
Daí percebemos que palavras em um papel, não é Software. Palavras podem ser ambíguas, diagramas mais ainda.
Começa então a fase do inferno do projeto. Como perdeu-se tempo lá no início, precisa-se correr atrás do preju e alguns sintomas aparecem nessa fase:
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Stress da equipe que agora começa a perder suas madrugadas, seus fins de semana, seus feriados, etc. em horas extras pra poder recuperar o tempo perdido;
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Caça aos culpados, onde analistas põe a culpa nos programadores que não desenvolveram o que foi especificado e programadores que acusam analistas que não documentaram de forma correta;
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Gerentes de projeto mirando sua metralhadora de acusações para todos os lados querendo tirar o seu da reta;
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Cliente insatisfeito, se sentindo enganado pela consultoria;
Existem algumas outras, mas acho que já deu pra entender. E eu lhe pergunto, isso é culpa do processo ???
Na minha visão metade da culpa só é do processo, só a metade onde o processo parece que esquece que quem os coloca em prática, são pessoas e pessoas são difíceis.
Há muito mais coisas envolvidas em um processo de desenvolvimento de Software, que estimativa e nem documento algum são capazes de mensurar.
Essas práticas http://manifestoagil.com.br/ tentam trazer uma nova abordagem para a ES como forma de evolução.
Ao pesquisar sobre, lhe recomendo 2 coisas:
1 - Perceber que nem tudo o que já foi evoluído foi jogado fora e que documentos e modelos ainda têm o seu espaço no processo;
2 - Isso é o que temos hoje, inclusive já com algumas vertentes pregando idéias diferentes;
E assim a vida segue seu ciclo. É o modelo perfeito ??? Não sei, só sei te dizer que no final das contas foi o modelo que casou com o que eu sempre critiquei no modelo anterior.
Minha dica é que você estude, se aperfeiçoe, critique o que ver de errado e busque soluções alternativas, mesmo aquelas que são ensinadas na sua faculdade.
A academia está bastante defasada nas disciplinas de desenvolvimento de software em relação ao mercado, por isso use e abuse da faculdade somente pra extrair conceitos.
Saiba que ainda não acabou por aí e que “Metodologias Ágeis” foi mais um nome dado para ganhar algum $$ em cima do novo padrão que a indústria está tentando implantar e que logo logo irá evoluir para algo ainda melhor e que passará pelo mesmo ciclo que eu coloquei no início do Post.
Espero ter sido claro cara e qualquer coisa que você queira discutir sobre o assunto, será bem vindo.
Abs []