Mudando de area (Desenvolvedor de Games)

Primeiramente Feliz Ano Novo a todos!!..

Vocês devem estar pensando o que um louco estaria fazendo postando algo justamente hoje. Mas, justamente por ser ano novo estou querendo fazer algo novo e mudar um pouco de vida , mas como toda mudança requer um pouco de planejamento, estou eu aqui , procurando algumas opiniões de como prosseguir.

Bom , vamos lá.

Atualmente trabalho com automação comercial em uma empresa no interior de São Paulo, tenho 19 anos e é meu ultimo ano de faculdade (Fatec , faço Gestão de Tecnologia da Informação), mas por ser interior e não ter muitas opções , pois aqui a area de TI ja esta muito consolidada entre as empresas, onde o que domina é Delphi , VB e C# e em WEB php. e há dois anos comecei a estudar java e adorei , e como no curso técnico da ETEC só ensinavam Delphi e VB acabei largando os dois e estudando java por conta, li os livros da caelum , use a cabeça , poucas partes do deitel ,jsp & servlets, effective java e outros, tanto que meu TCC foi o primeiro desenvolvido em JAVA no curso técnico.
Apartir dai comecei a trabalhar em uma empresa de automação comercial com java, mas talvez por ser uma empresa pequena e não existir nenhuma possibilidade de crescimento acabei ficando um pouco desmotivado, e justamente por isso queria mudar um pouco de vida.

Como passamos a maior parte do tempo trabalhando, gostaria de fazer algo que realmente gosto e como esta escrito no tópico gostaria de mudar para a area de desenvolvimento de jogos, pois sempre fui fã como qualquer garoto (Especiamente na area de RPG’s).

Antes que alguem comente, creio que ja tenho tempo suficiente para saber que desenvolvimento de jogos não é nenhuma brincadeira, e que é muito mais complicado que a area que estou atuando no momento.

Sei que no Brasil existe relativamente uma boa quantidade de desenvolvedores de jogos Mobile, mas como não sou muito fã , gostaria mesmo de desenvolvimento para Console e PC(Especialmente RPG). Tendo em vista isso gostaria de saber como estão as empresas que atuam nessa area aqui no Brasil, se ja foram desenvolvidos jogos ao menos um pouco conhecidos, e se realmente vale a pena investir nessa area(PC / Console).

Os pontos chaves para mim tomar essa decisão são:
Opções de emprego;
Aprender C C++(Sei que java não é uma linguagem boa para essa finalidade)
Futuro da profissão;
Remuneração;
Curva de aprendizado(Gostaria muito de saber se a curva de aprendizado para quem ja trabalha com java é muito grande)
Riscos;
Se possivel nome de algumas empresas que trabalham nesse ramo;
Material(Gostaria de saber onde existe bom material sobre o assunto, levando em conta que não pretendo fazer cursos, e sim posteriormente uma pós ou até mesmo outra faculdade);

Muito obrigado a todos desde ja.

Procura por XNA e C#,
Acredito que sua curva de aprendizado será maior.

Acho legal você tentar trocar uma idéia com o Vinny Godoi(Moderador aqui do GUJ) e/ou dar uma olhadinha nos posts dele sobre
jogos que são muito bacana.

Site do Vinny e seus colaboradores: http://pontov.com.br/site/

Abraços e boa sorte! = )

Corrigindo, é ViniGodoy, o y e o i sairam trocados, Alexandre. :slight_smile:

Tioola, você já pensou em cursar uma pós graduação? Eis uma dica:
http://www.pontov.com.br/site/mercado/63-eventos/308-abertas-as-incricoes-para-os-cursos-de-jogos-da-pucpr

Temos muitos alunos de SP no curso, pois as aulas são quinzenais e aos sábados. Dá para levar junto com seu trabalho.
Com a pós, você vai ter uma boa noção das etapas do desenvolvimento do jogo, além de conseguir muitos contatos na área.

Se você quer desenvolver jogos, esqueça o “somente RPG”. Você vai desenvolver o que a empresa quiser, não o que você gosta de jogar.
Dê uma lida:
7 motivos para não trabalhar na indústria de games
Você deve encontrar o desafio de criar tanto o próximo Elders Scrolls, quanto o próximo Hello Kit Online.

Tem muito material sobre C++ no Ponto V.
No Brasil, a Unity também é muito usada, principalmente em games desktop: http://unity3d.com/
Ela foi usada nos jogos Toren e Legend Alive.

Vamos as suas dúvidas específicas:

  • Opções de emprego: São poucas se comparar com a web, mas o mercado está crescendo.
  • Aprender C++: Obrigatório, siga nosso Roadmap C++.
  • Remuneração: Ainda é menor que a de outras áreas, pois boa parte de nossas empresas de games são pequenas ou independentes.
  • Curva de aprendizado: Se você trabalhar com Engines, nem tanto. Se for com C++, é grande sim. Mas serve para outras coisas (inclusive para sua área atual).
  • Riscos: Não conseguir trabalhar com jogos.
  • Se possivel nome de algumas empresas que trabalham nesse ramo: Quepasa Games, Positivo Informática, FTD Games, Dynamic Light Studios, Aduge, Yupi Studios, EBTS, Monster Juice, Aquiris
  • Material: http://www.pontov.com.br
  • Sites e listas: IGDA_Curitiba, IGDA_Recife e IGDA_Rio, todos das listas do Google. Tem também o fórum da PDJ.

Tenha em mente que o mercado de jogos não se resume a entretenimento. Você pode fazer “jogos sérios”, como simuladores militares (EBTS), treinamento de funcionários (Oniria), educação (Positivo Informática), publicidade (Aquiris), reabilitação médica (UFSCAR) ou mesmo pesquisa científica (diversas universidades). Além disso, o profissional de jogos também está habilitado a trabalhar em áreas correlatas como sistemas de segurança, industriais ou televisão.

Hehe Boa Vini! =P

acho que 80% dos programadores gostariam de trabalhar com jogos…

veja se encontra entrevistas do pessoal que trabalha nessas empresas: EA, Ubisoft, blizzard…é outro mundo…

acho que jogos no brasil ainda é um sonho… o investimento é muito alto…o custo da Unreal Engine 3 é uma fortuna, não tem profissional especializado no Brasil, os melhores vão para o exterior…

tem que tomar cuidado com essa área…o cara pensa que vai sair criando jogos como WorldWarCraft, Crysis, BF…estuda pra caramba…e no final se tiver uma boa chance, acaba desenvolvendo jogos em Flash…em uma empresa tosca…fica um tempo nisso e desiste…, se fosse jogos do nipe desse site: www.armorgames.com tudo bem…mais provavelmente não são…

como o Viny disse “- Riscos: Não conseguir trabalhar com jogos.” … é bem Verdadeiro…

um exemplo bem simples…as empresas que citei la em cima, pedem experiencia plena/senior em C/C++.

as especialidades são: Programador Visual(Engine), Programação do Lado do Servidor, Programação do Cliente em cima da Engine… e ai tem os programadores menos valorizados (programador do site do jogo, programador de xyz…etc…)…

vi esses dias uma vaga… e não consegui imaginar uma forma de conseguir taiz experiencias no Brasil…

[quote=ViniGodoy]Corrigindo, é ViniGodoy, o y e o i sairam trocados, Alexandre. :slight_smile:

Tioola, você já pensou em cursar uma pós graduação? Eis uma dica:
http://www.pontov.com.br/site/mercado/63-eventos/308-abertas-as-incricoes-para-os-cursos-de-jogos-da-pucpr

Temos muitos alunos de SP no curso, pois as aulas são quinzenais e aos sábados. Dá para levar junto com seu trabalho.
Com a pós, você vai ter uma boa noção das etapas do desenvolvimento do jogo, além de conseguir muitos contatos na área.

Se você quer desenvolver jogos, esqueça o “somente RPG”. Você vai desenvolver o que a empresa quiser, não o que você gosta de jogar.
Dê uma lida:
7 motivos para não trabalhar na indústria de games
Você deve encontrar o desafio de criar tanto o próximo Elders Scrolls, quanto o próximo Hello Kit Online.

Tem muito material sobre C++ no Ponto V.
No Brasil, a Unity também é muito usada, principalmente em games desktop: http://unity3d.com/
Ela foi usada nos jogos Toren e Legend Alive.

Vamos as suas dúvidas específicas:

  • Opções de emprego: São poucas se comparar com a web, mas o mercado está crescendo.
  • Aprender C++: Obrigatório, siga nosso Roadmap C++.
  • Remuneração: Ainda é menor que a de outras áreas, pois boa parte de nossas empresas de games são pequenas ou independentes.
  • Curva de aprendizado: Se você trabalhar com Engines, nem tanto. Se for com C++, é grande sim. Mas serve para outras coisas (inclusive para sua área atual).
  • Riscos: Não conseguir trabalhar com jogos.
  • Se possivel nome de algumas empresas que trabalham nesse ramo: Quepasa Games, Positivo Informática, FTD Games, Dynamic Light Studios, Aduge, Yupi Studios, EBTS, Monster Juice, Aquiris
  • Material: http://www.pontov.com.br
  • Sites e listas: IGDA_Curitiba, IGDA_Recife e IGDA_Rio, todos das listas do Google. Tem também o fórum da PDJ.

Tenha em mente que o mercado de jogos não se resume a entretenimento. Você pode fazer “jogos sérios”, como simuladores militares (EBTS), treinamento de funcionários (Oniria), educação (Positivo Informática), publicidade (Aquiris), reabilitação médica (UFSCAR) ou mesmo pesquisa científica (diversas universidades). Além disso, o profissional de jogos também está habilitado a trabalhar em áreas correlatas como sistemas de segurança, industriais ou televisão.[/quote]

São exatamente os motivos acima, que ainda estavam um pouco “nebolusos” para mim , mas que, por algum motivo ja imaginava ser dessa maneira.
Infelizmente, o Brasil ainda esta carente na area, e para boas possibilidades o desenvolvedor teria que sair daqui.

Como você disse , o certo seria fazer uma pós , mas mesmo assim não poderia me dedicar a isso em tempo integral.

Talvez não seja uma boa ideia tentar mudar de uma hora para outra.

Vou começar a estudar C C++, que ja era algo que tinha planejado, sem levar em conta o desenvolvimento de jogos, e depois partir para uma pós.

Como acabo a faculdade ano que vem , vou decidir o que fazer, talvez não seja minha primeira pós mas, um dia com certeza vou fazer.

Infelizmente a industria de jogos não é nada amigavel , afinal se fosse, hoje seriamos todos desenvolvedores de jogos :P.

Muito obrigado pela resposta Vini , esclareceu muitas coisas para mim.

Tenho uma curiosidade , como foi e como esta sendo essa experiência na area de jogos para você?(Responda se puder )

[quote]acho que 80% dos programadores gostariam de trabalhar com jogos…

veja se encontra entrevistas do pessoal que trabalha nessas empresas: EA, Ubisoft, blizzard…é outro mundo…

acho que jogos no brasil ainda é um sonho… o investimento é muito alto…o custo da Unreal Engine 3 é uma fortuna, não tem profissional especializado no Brasil, os melhores vão para o exterior…[/quote]

Não é bem assim. Primeiro de tudo, o Brasil está se desenvolvendo muito na área de jogos. Não são os jogos de prateleiras, mas temos muitos Advergames, sistemas de treinamento, jogos educacionais, jogos sociais, etc. São outros nichos que o país tem explorado com muito sucesso.

Em 2011, a legislação sofreu muitos avanços na área de jogos, e a coisa tende a ficar ainda melhor em 2012. Não só pelo movimento jogo justo, mas o governo finalmente começou a entender que game e jogo de azar não podem ser tarifados da mesma forma.

Quanto às engines, a Unreal cobra 99 dólares, e só passa a cobrar comissão se seu jogo faturar mais de 50 mil dólares. Ela também é totalmente gratuita se você só quiser estudá-la. Há boas alternativas, como a Unity, com preços bem viáveis. E, na verdade, a Engine está entre os menores custos na produção de um game, não nos maiores.

Fonte: http://udk.com/licensing

Quanto à profissionais especializados, a área não está mais tão carente quanto à alguns anos atrás. Já temos diversos cursos de especialização e de curta duração suprindo a carência do mercado. Por incrível que pareça, o problema não é exatamente ter alguém que domine o framework, mas sim, programadores que dominam a matemática.

Geralmente, a área de flash é dominada por empresas de publicidade, e quem acaba fazendo a programação de jogos mais simples é um designer ou um ilustrador, ou uma pessoa com pouca experiência em informática. Não seria nesse mercado que o colega deveria tentar se inserir. Para o profissional de informática, estão games mais complexos, como os feitos aqui na Positivo, os da Aquiris ou os da Dynamic Light Studios.

Mas é verdade, você dificilmente programará o WOW. E nem sempre ficará na “parte boa” do jogo. Muitas vezes, sua tarefa será programar o site, o sistema de billing, ou depurar bugs.

Sim, outra possibilidade é não trabalhar só com jogos. Como é o caso do meu emprego, aqui na Positivo. Eu desenvolvo vários projetos, como o dicionário Aurélio, produtos para educação e, entre eles, jogos educacionais.

Mesmo que o jogo pareça bobinho para um adulto, desenvolver um jogo educacional é uma tarefa tão empolgante quanto desenvolver um game triplo A. Como ensinar e divertir ao mesmo tempo? O que uma criança gosta? E se a ela for menina? Como integrar esse game com conteúdo programático de 3 ou 4 anos seguidos?
Mesmo a parte de programação tem seus desafios. Desde o miolo do jogo em si, até rastreamento, indicação de novos conteúdos, etc…

Para trabalhar com jogos, você deve se livrar da idéia de que o divertido é fazer um jogo que você gostaria de jogar. Jogar e criar o jogo são coisas diferentes. A criação é o produto de um trabalho. Você terá horas de debug, pressão de calendário, igualzinho você tem para qualquer outro tipo de software. Muitos games “bobinhos” acabam se revelando desafios tão interessantes quanto um game mais elaborado, mas sem muitas surpresas.

Existem padrões de projetos a serem estudados (como arquitetura de componentes, que é tão popular quanto o MVC para os jogos).

Por fim, é bom entender também que existem dois setores distintos numa empresa de jogos.
O de programação e o de produção. Numa empresa grande, você, como programador, não irá interferir na história, arte ou conceito do jogo. Isso é papel de game designers, artistas, músicos e pessoal de produção. Costumamos a brincar que “o desenvolvimento do jogo começa quando a programação termina” (um exagero, claro, pois os dois correm muito em paralelo, mas é uma boa forma de ver que jogo não se resume a um software).

[quote]um exemplo bem simples…as empresas que citei la em cima, pedem experiencia plena/senior em C/C++.

as especialidades são: Programador Visual(Engine), Programação do Lado do Servidor, Programação do Cliente em cima da Engine… e ai tem os programadores menos valorizados (programador do site do jogo, programador de xyz…etc…)…[/quote]

Sim. E para várias delas, pede-se também anos de experiência, ser também formado na faculdade de Matemática, etc.

Sim, é possível. Eu mesmo já me encaixei em vários perfis de vagas, mas não me candidato pois não tenho interesse em sair do Brasil.
Mas essas empresas não contratam recém formados. Se você quiser ir para o exterior, será como senior/pleno para entrar como junior numa empresa dessas.

Para mim está sendo ótima. Sempre gostei de fazer sistemas que não se resumissem em “cadastro/relatório”. Por isso, quase sempre trabalhei na indústria (automação industrial, sistemas com GPS, engenharia, etc). Se tem uma coisa realmente interessante na carreira de jogos, são as tecnologias.

Concordo com esse fato

Qualquer um pode fazer um jogo da forca. :wink:

:wink:[quote=ViniGodoy][quote]acho que 80% dos programadores gostariam de trabalhar com jogos…

veja se encontra entrevistas do pessoal que trabalha nessas empresas: EA, Ubisoft, blizzard…é outro mundo…

acho que jogos no brasil ainda é um sonho… o investimento é muito alto…o custo da Unreal Engine 3 é uma fortuna, não tem profissional especializado no Brasil, os melhores vão para o exterior…[/quote]

Não é bem assim. Primeiro de tudo, o Brasil está se desenvolvendo muito na área de jogos. Não são os jogos de prateleiras, mas temos muitos Advergames, sistemas de treinamento, jogos educacionais, jogos sociais, etc. São outros nichos que o país tem explorado com muito sucesso.

Em 2011, a legislação sofreu muitos avanços na área de jogos, e a coisa tende a ficar ainda melhor em 2012. Não só pelo movimento jogo justo, mas o governo finalmente começou a entender que game e jogo de azar não podem ser tarifados da mesma forma.

Quanto às engines, a Unreal cobra 99 dólares, e só passa a cobrar comissão se seu jogo faturar mais de 50 mil dólares. Ela também é totalmente gratuita se você só quiser estudá-la. Há boas alternativas, como a Unity, com preços bem viáveis. E, na verdade, a Engine está entre os menores custos na produção de um game, não nos maiores.

Fonte: http://udk.com/licensing

Quanto à profissionais especializados, a área não está mais tão carente quanto à alguns anos atrás. Já temos diversos cursos de especialização e de curta duração suprindo a carência do mercado. Por incrível que pareça, o problema não é exatamente ter alguém que domine o framework, mas sim, programadores que dominam a matemática.

Geralmente, a área de flash é dominada por empresas de publicidade, e quem acaba fazendo a programação de jogos mais simples é um designer ou um ilustrador, ou uma pessoa com pouca experiência em informática. Não seria nesse mercado que o colega deveria tentar se inserir. Para o profissional de informática, estão games mais complexos, como os feitos aqui na Positivo, os da Aquiris ou os da Dynamic Light Studios.

Mas é verdade, você dificilmente programará o WOW. E nem sempre ficará na “parte boa” do jogo. Muitas vezes, sua tarefa será programar o site, o sistema de billing, ou depurar bugs.

Sim, outra possibilidade é não trabalhar só com jogos. Como é o caso do meu emprego, aqui na Positivo. Eu desenvolvo vários projetos, como o dicionário Aurélio, produtos para educação e, entre eles, jogos educacionais.

Mesmo que o jogo pareça bobinho para um adulto, desenvolver um jogo educacional é uma tarefa tão empolgante quanto desenvolver um game triplo A. Como ensinar e divertir ao mesmo tempo? O que uma criança gosta? E se a ela for menina? Como integrar esse game com conteúdo programático de 3 ou 4 anos seguidos?
Mesmo a parte de programação tem seus desafios. Desde o miolo do jogo em si, até rastreamento, indicação de novos conteúdos, etc…

Para trabalhar com jogos, você deve se livrar da idéia de que o divertido é fazer um jogo que você gostaria de jogar. Jogar e criar o jogo são coisas diferentes. A criação é o produto de um trabalho. Você terá horas de debug, pressão de calendário, igualzinho você tem para qualquer outro tipo de software. Muitos games “bobinhos” acabam se revelando desafios tão interessantes quanto um game mais elaborado, mas sem muitas surpresas.

Existem padrões de projetos a serem estudados (como arquitetura de componentes, que é tão popular quanto o MVC para os jogos).

Por fim, é bom entender também que existem dois setores distintos numa empresa de jogos.
O de programação e o de produção. Numa empresa grande, você, como programador, não irá interferir na história, arte ou conceito do jogo. Isso é papel de game designers, artistas, músicos e pessoal de produção. Costumamos a brincar que “o desenvolvimento do jogo começa quando a programação termina” (um exagero, claro, pois os dois correm muito em paralelo, mas é uma boa forma de ver que jogo não se resume a um software).

[quote]um exemplo bem simples…as empresas que citei la em cima, pedem experiencia plena/senior em C/C++.

as especialidades são: Programador Visual(Engine), Programação do Lado do Servidor, Programação do Cliente em cima da Engine… e ai tem os programadores menos valorizados (programador do site do jogo, programador de xyz…etc…)…[/quote]

Sim. E para várias delas, pede-se também anos de experiência, ser também formado na faculdade de Matemática, etc.

Sim, é possível. Eu mesmo já me encaixei em vários perfis de vagas, mas não me candidato pois não tenho interesse em sair do Brasil.
Mas essas empresas não contratam recém formados. Se você quiser ir para o exterior, será como senior/pleno para entrar como junior numa empresa dessas.

Para mim está sendo ótima. Sempre gostei de fazer sistemas que não se resumissem em “cadastro/relatório”. Por isso, quase sempre trabalhei na indústria (automação industrial, sistemas com GPS, engenharia, etc). Se tem uma coisa realmente interessante na carreira de jogos, são as tecnologias. [/quote]

Muito boa sua resposta, achei muito interessante a maneira que você encara o desenvolvimento para jogos, esse assunto é algo que realmente empolga , mas que deve ser levado em conta diversos fatores e o mais importante, que não é algo simples, muito pelo contrario.

Estou lendo alguns artigos do ponto V que estão realmente esclarecendo muitas duvidas em relação a isso.

Ja vou começar a seguir o Roadmap C++ :lol:

Muito obrigado pelo seu tempo :wink:

Aproveitando o embalo, existem casos de sucesso(jogos) aqui no Brasil?

Sim.

Tivemos o jogo Deer Hunter, que teve 8 sequencias, produzido pela antiga SouthLogic (a empresa que foi comprada pela Ubisoft).
http://en.wikipedia.org/wiki/Deer_Hunter_%28series%29

O Toren tem sido muito elogiado no exterior também, embora ainda não tenha sido lançado.

Também tivemos o sucesso do jogo Outlive, que embora tenha sido muito vendido, não deu lucro. O jogo foi mal avaliado pela crítica no exterior, embora tenha sido bem avaliado pelo público, porque a empresa cometeu o erro de deixar a arte parecida com a do StarCraft: http://www.gamespot.com/outlive. Outro problema foi a falta de um nível fácil que fosse realmente fácil.

Temos ganhado muitos prêmios com jogos independentes como o City Rain e o UCAN.

Para os celulares, temos alguns sucessos como o Zigball e os games da Monster Juice.

Foi bem avaliado também o jogo desenvolvido pelo pessoal da TimeWave Games, em sites como o MiniClip, chamado Silent Joe.

Esses são só os que me recordo de cabeça. Com certeza, há muito mais jogos por aí, especialmente no mercado do iPhone. Sei de alguns jogos desenvolvidos para Android pelo pessoal da Jera, usando a engine brasileira Ethanon Engine (sucessora da GameSpaceLib).

Quase esqueço, tem nosso MMO também, que está fazendo sucesso, o Taikodom:
http://www.taikodom.com/

O que esse artigo - 7 motivos para não trabalhar na indústria de games - fala, nada mais é do que ocorre em vários outros ramos da indústria da computação, não apenas no mercado de jogos.

Acredito que área de computação é muito “sugante” se formos pensar assim. Horas extras é quase o tradicional.

O bom é aproveitar os novos mercados de games, como jogos para celular e HTML5, por exemplo. Esse mercado permite grupos pequenos, ou até mesmo, individuáis. E mercado aspira por isso.

Sim.

Tivemos o jogo Deer Hunter, que teve 8 sequencias, produzido pela antiga SouthLogic (a empresa que foi comprada pela Ubisoft).
http://en.wikipedia.org/wiki/Deer_Hunter_%28series%29

O Toren tem sido muito elogiado no exterior também, embora ainda não tenha sido lançado.

Também tivemos o sucesso do jogo Outlive, que embora tenha sido muito vendido, não deu lucro. O jogo foi mal avaliado pela crítica no exterior, embora tenha sido bem avaliado pelo público, porque a empresa cometeu o erro de deixar a arte parecida com a do StarCraft: http://www.gamespot.com/outlive. Outro problema foi a falta de um nível fácil que fosse realmente fácil.

Temos ganhado muitos prêmios com jogos independentes como o City Rain e o UCAN.

Para os celulares, temos alguns sucessos como o Zigball e os games da Monster Juice.

Foi bem avaliado também o jogo desenvolvido pelo pessoal da TimeWave Games, em sites como o MiniClip, chamado Silent Joe.

Esses são só os que me recordo de cabeça. Com certeza, há muito mais jogos por aí, especialmente no mercado do iPhone. Sei de alguns jogos desenvolvidos para Android pelo pessoal da Jera, usando a engine brasileira Ethanon Engine (sucessora da GameSpaceLib).[/quote]

Muito interessante, são jogos muito bem feitos , muito legal saber que existem jogos assim feitos aqui^^