[quote=victorwss]Realmente, opensource é o fim. Firefox, linux, openoffice? Nunca ouvi falar. O bom mesmo é pagar para os outros quantias enormes para poder ter um sistema operacional, pagar para os outros para poder ter um navegador e pagar para os outros para ter um processador de texto.
Linus Torvalds é um cara relativamente rico atualmente, bem diferente de quando ele era um estudante que publicou algo que em 1991 ele chamou de linux. Será que ele ganhou na loteria para enriquecer ou alo parecido?
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Essas comparações são esdrúxulas. Parece alguém dizendo todo jogador de futebol é milionário. O Ronaldinho pode ser milionário, mas a maioria dos jogadores ganha miséria. Aqueles que jogam em times pequenos e tal.
O Linus é uma exceção, e o projeto do Linux recebe dinheiro de corporações para desenvolvê-lo em certas maneiras. É por isso que é a ênfase é em servidores e não desktop.
[quote=victorwss]
Bem, mas deixando a ironia de lado, opensource tem mais a ver com trabalho comunitário e voluntário. Tipo, posso explicar assim:
Pedro não está contente com a ferramenta X proprietária feita pelo João e que ele usa para fazer o seu serviço e ganhar dinheiro. O serviço e o dinheiro de Pedro vem de projetos que ele cria usando a ferramenta X, e por esta ter várias deficiências e limitações, Pedro está tendo prejuízo.
Então, Pedro faz as contas e vê que no longo prazo ele sai lucrando se ele mesmo fizer uma ferramenta Y para substituir a ferramenta X. Neste ponto há três opções: Deixar a ferramenta Y para uso exclusivo interno, deixar ela proprietária ou deixar ela livre.
Se Pedro escolher deixar a ferramenta de uso exclusivo, sempre que precisar de algo melhor para resolver um determinado problema, ele terá que arregaçar as mangas, parar o seu serviço e mexer na ferramenta, mesmo sabendo que outras milhares de pessoas no mundo têm o mesmo problema que ele tem.
Se Pedro escolher deixar a ferramenta proprietária, ele trabalhará nela, implementará o que ele precisa e no fim terá feito apenas mais um clone/variante/concorrente da ferramenta X, com sorte melhor do que a que ele usava antes. Quando a Fernanda comprar de Pedro a ferramenta Y terá mais ou menos o mesmo problema que Pedro teve com a ferramenta X. Mas, Pedro ainda terá complicações, tendo que parar o seu serviço normal para mexer na ferramenta quando algum problema surgir, e ainda precisará se dedicar a vender a ferramenta para pelo menos cobrir a despesa com o desenvolvimento e com sorte ganhar uma grana extra.
Por outro lado, se Pedro decidir deixar a ferramenta Y livre, ele trabalhará nela e implementará o que ele precisa. Então chegará a Fernanda que pegará a ferramenta Y de graça e melhorará ela, o que deixará Pedro bastante contente também, pois indiretamente Fernanda melhorou a ferramenta que Pedro usa para ganhar seu dinheiro, o que significa que Pedro ganhará dinheiro mais facilmente. Posteriormente vem o José e faz mais melhorias na ferramenta Y. Fernanda e Pedro ganham com a contribuição de José, pois a ferramenta que eles usam para realizar seu trabalho ficou melhor, e portanto podem trabalhar melhor e ganhar mais dinheiro.
Enfim, é aí que está a vantagem do open-source. Você cria o software como um produto meio, e não um produto fim. O software é apenas algo que você usa para ganhar o seu pão e não algo que você vende para ganhar o seu pão. Portanto quanto melhor for o software, melhor você ganha o seu pão. E permitir que qualquer um com talento e conhecimento técnico mexa na ferramenta para torná-la melhor faz com que você possa acabar usando-a cada vez melhor e por isso garantindo os seus trocados de forma cada vez melhor.[/quote]
Essa explicação a mais decente que já colocaram aqui nesse forum, mas ainda é falha. Existem diversos fatores para um código não ser reutilizável, e portanto fazê-lo opensource não garante que ele será “melhorado” e tampouco que pessoas tecnicamente capacitadas o usarão.
Competição é algo saudável, pois novas formas de pensar a respeito de um problema podem surgir. Portanto usar o mesmo código nem sempre é positivo.
Opensource não significa qualidade, vide o Linux e seu desktop primitivo em comparação com a Apple e o Windows.
E por último, esse seu comentário é interessante. Segundo você ninguém deve viver de tecnologia, essa deve ser gratuita, e Pedro ganha a vida de outra forma e apenas “usa” a tecnologia de outra pessoa, sem pagar nada.
Interessante, mas isso inviabiliza o desenvolvimento de software profissionalmente, a menos que tudo o que você faça seja “software para padarias”. Não sendo depreciativo dessa atividade que muitos já devem ter tido contato, mas é basicamente isso. Desenvolver softwares sob encomenda para comércios e empresas, e ganhar pela hora. Se vocÊ desenvolve uma tecnologia que leva alguns anos então dane-se, não ganha nada.