Fábrica de Sofware

Voces estão generalizando muito a coisa.

Fábrica != Software em caixinha.

Sinceramente não acedito que fabricas vão acabar, pois muitas delas existem especificamente para atender um nicho de clientes, para suprir suas necessidades e oferecer novos protutos interessantes a eles.

Existem sim “fábricas genéricas”, mas pelo menos eu, nunca participei de nenhuma.

Ao criar uma fábrica para atender um cliente, a empresa está, justamente, focando.

[]´s

[quote=Rafaelprp]Voces estão generalizando muito a coisa.

Fábrica != Software em caixinha.

Sinceramente não acedito que fabricas vão acabar, pois muitas delas existem especificamente para atender um nicho de clientes, para suprir suas necessidades e oferecer novos protutos interessantes a eles.

Existem sim “fábricas genéricas”, mas pelo menos eu, nunca participei de nenhuma.

Ao criar uma fábrica para atender um cliente, a empresa está, justamente, focando.

[]´s[/quote]

Não vi ninguém dizer que Fábrica de Software == Software de Caixinha (a fábrica é o meio, não o fim).

Gostaria de entender o que significa “criar uma fábrica” pra você.

Fábrica de Software é antagônico à desevolvimento ágil em sua essência. Fábricas deste tipo por definição trablham com entradas e saídas, entradas na forma de requisitos colhidos por um analista para a fabrica de projetos, projetos como entrada para a fabrica de codigos e por aí vai.

Dado o crescente interesse de IBM, MSFT e outras consultorias mainstream (as brasileiras de trs letrinhas só sabem seguir o que as estrangeiras de três letrinhas fazem, e mesmo assim alguns anos depois) pelo modelo ágil acho que a resposta quanto ao futuro é bem clara.

MSFT tem 4 letrinhas :stuck_out_tongue:

Interessante a idéia de Fábrica de Software. Mal posso imaginar o pessoal de controle de qualidade olhando para as classes da tua aplicação que rolam por uma esteira e recolhendo as classes defeituosas. Logo a frente uma máquina empacota as classes e carimbam-nas com data de validade. :roll:

<desabafo>Por que será que administradores frustrados vêm reinventar justamente em TI práticas fracassadas em outras indústrias?</desabafo>

Eu não falei que tinha 3 letras, falei que as empresas seguem gringas de 3 letras :wink:

De qualquer form, ter 3 letras é mais filosofia do que sigla mas não, a MSFT não faz parte deste time. Seus problemas são outros.

http://www.guj.com.br/posts/list/11359.java

:slight_smile:

Quando eu tava na faculdade e ouvia meu professor falando sobre fábricas de software (software de caixinha), repositório de códigos, componentização e mais um monte de coisas que inventam pra vender livros, eu pensava: “Nossa, deve ser maior blz trabalhar numa fabrica, tudo bonitinho, certinho”.

Quando fui trabalhar na minha primeira fabrica, eu pensei: “professor fdp, só falava merda e ainda peguei uma DP dele rsrs”.

:slight_smile:

http://www.guj.com.br/posts/list/11359.java

:)[/quote]

Eh, em 2004 já falavam nisso…

Errar é humano, persistir no erro é burrice. :roll:

Não é “persistir no erro”. É que a evolução demora a chegar aqui no terceiro mundo, mesmo.

Veja só: um entrevistador - e também sócio - me disse, como resposta ao meu questionamento sobre o motivo de não utilizarem metodologias ágeis na empresa em questão: “é que pra usar metodologias como XP tu precisa de uma equipe boa”. :shock:

Tremendo incentivo pra trabalhar lá, né?! :?

[quote=pcalcado]
Eu não falei que tinha 3 letras, falei que as empresas seguem gringas de 3 letras :wink:

De qualquer form, ter 3 letras é mais filosofia do que sigla mas não, a MSFT não faz parte deste time. Seus problemas são outros.[/quote]

Já havia entendido, estava apenas brincando. :slight_smile:

Ler este tópico me fez ver e confirmar suspeitas, baseadas em minhas experiências, com relação a uma fabrica de software. E como o CV disse, “Fabrica de Software” nada mais é do que um produto de Marketing. Na minha opinião não passa do sonho de todo dono de empresa de TI, não se pode prever tudo que irá acontecer no desenvolvimento de um software e é quase impossível saber quando o mesmo estará pronto, como ocorre em uma fabrica. O problema é que as pessoas que estão nestas “fabricas de software” tem plena certeza de que isso é possível enquanto se baseiam em métricas loucas e metodologias (CMMI) que não conseguem nem metade dos resultados para qual foram propostas. Não sei qual é o futuro do desenvolvimento de software… mas seguindo essa ideia, de que desenvolver é um processo exato, talvez seja possível “programar” o proprio desenvolvimento ao ponto de programadores não serem mais necessários :wink:

Cara, desculpa mas sou obrigado a discordar da sua opinião. Mas antes de mais nada, tbm sou contra fábricas de software… :slight_smile:

É claro que é possível se obter métricas aproximadas de quanto tempo vai levar o projeto. Senão tbm vira um circo neh, imagina vc chegar pro seu cliente e falar “ó…não sei quando vou terminar, quando acabar eu te entrego o software”…acho q seria inviável isso…

O grande problema das fábricas de software é que elas mesmo ignoram as métricas que elas fazem e falam pro cliente que vão fazer em um tempo muito menor pra conseguir vender o projeto…se eles fazem a métrica e dá que vai levar 1 ano, eles falam pro cliente que leva 6 meses…

Mas uma métrica e um planejamento bem feito e bem seguido é muito eficiente! Mesmo pq leva em conta riscos como funcionário sair, ficar doente, o projeto dar uma travada e etc…

e o CMMi não diz que desenvolver é um processo exato. Ele só intrefere no controle do projeto. Não que eu goste do CMMi, muito pelo contrário. Mas uma coisa é certa, empresa nenhuma usa ele adequadamente, a que eu trabalhava pagou pra tirar…

Essa é uma realidade, já participei de alguns processos, em alguns casos esses foram abandonados, pelo time-to-marketing. Uma vez concluído, raramente são seguidos.

Também tive uma experiência positiva com o Scrum, projeto que eu participei fora conduzido sob tal regime e acho realmente que tem muito mais haver com nossas necessidades, cultura e ter previsibilidade sob o Caos , como o Scrum prega , é praticamente impossível.

Agora, pior que o termo Fábrica de Software, somente BODYSHOP … affff açougue puro …

Sim, existem metricas, mas esse “nao sei quando vou terminar, quando acabar te entrego o software” nao eh exatamente o que as metodologias ageis promovem, com o porem muito importante que as “entregas” sao semanais ou quinzenais?

Sim, existem metricas, mas esse “nao sei quando vou terminar, quando acabar te entrego o software” nao eh exatamente o que as metodologias ageis promovem, com o porem muito importante que as “entregas” sao semanais ou quinzenais?[/quote]

ah sim, mas esse porem é muito importante mesmo! :lol: As entregas são feitas semanalmente ou quinzenalmente…ai é ótimo!!!

Quando expressei minha opinião, estava me referindo ao modelo tradicional de desenvolvimento de software, onde se entrega tudo de uma vez só para o cliente no final. Daí eu acho inviável vc não dar um prazo pro cliente…

com metodologias ageis, o cliente acompanha o andamento do desenvolvimento, ai não vejo muito problema!

olha eu ressucitando o tópico rs

1 ano depois do falecimento dos posts nesse tópico, queria saber a opinião hoje de vcs sobre como anda o mercado de desenvolvimento?

Estou meio assutado ainda vendo empresas que estão se moldando agora, novas, procurando uma maneira de trabalho de “Fabrica de Software”, vejo amigos comentando que suas empresas querer ter 90% do corpo de JR e estagiários, que iniciam projetos HOJE com Struts 1, porque o mercado conhece e como a rotatividade é alta qualquer um pode chegar e mandar bala.
Isso tem fundo de verdade? tem, mas essas empresas não querem pessoas, querem números, afinal onde se é um pessoa que faz parte de um time, eu acredito que a rotatividade não seja grande, onde se é apenas mais um “recurso”, tanto faz quem é vc e se vc quer ficar ou não.

Eu estou meio por fora de como as coisas estão rumando no mercado e o modelo de fábrica (consultorias de 3 letrinhas by Shoes) realmente esta forte e crescendo ou realmente tem algo errado com essas empresas?

[]'s

[quote=Luiz Aguiar]…

Eu estou meio por fora de como as coisas estão rumando no mercado e o modelo de fábrica (consultorias de 3 letrinhas by Shoes) realmente esta forte e crescendo ou realmente tem algo errado com essas empresas?

[]'s

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Eu vejo que a tendência é só aumentar a adoção desse tipo de modelo. E digo mais, como a mão de obra é beeeeeem mais barata em outros estados, todo trabalho de “desenvolvimento” sairá dos grandes centros. Falo isso porque isso é que acontece na atual empresa que trabalho. Grande parte dos projetos que começaram a ser desenvolvidos aqui em São Paulo, foram todos pra Bahia, e qual a justificativa? Custo com a mão de obra. Enquanto um sênior aqui em São Paulo rala pra ganhar seus R$6.000,00, R$7.000,00, lá na Bahia eles encontrar gente que se sujeita a ganhar de 1/3 e metade do que se ganha aqui em São Paulo.

bom, aqui eu trabalho numa fábrica de software, quando se referem a gente se referem aos meninos da fábrica… rs agora, o esquema que a gente trabalha aqui não tem quase nada a ver com uma linha de montagem onde teria a entrada - especificações - e depois a saída - software

Eu acho que é util eu dar um testemunho sobre a minha experiência como cliente de uma fabrica de software:

HSBC como cliente da fábrica:

Trabalhei alguns anos com sistemas de RH do HSBC, depois de uns 2 anos que eu estava na empresa, recebemos a triste noticia que o banco tinha tomado a decisão de impedir que todo o analista de sistemas do banco desenvolve-se ou desse manutenção em sistemas, teriamos o perfil de gerentes de projeto. Foi implantada uma metodologia monstruosa para construir foguetes e tivemos que engolir toda aquela baboseira. Todos os nossos sistemas seriam desenvolvidos nas fabricas de software das consultorias 3 letrinhas.

Foi o primeiro ano a metodologia não era nada agradavel, nada aplicavel a projetos médios e pequenos por causa das fases dessa metodologia nós trabalhamos com sobreposição de fases, nosso clientes as areas business ficavam responsaveis por solicitar em Use Case depois suplementado pela consultoria e aprovado por nós do TI eram de péssima qualidade pra não dizer terrivelmente ruim!, pequenas alterações que faziamos em uma semana isso com uma boa documentação e teste passaram a ter quase dois meses, pois o tempo de build da fábrica e absurdamente ridiculo!

Eu lembro muito bem dos valores um sistema de interface entre aplicativo estava orçado em 85 mil reais, sem brincadeira aquela interface entre eu montaria em um mês tranquilamente(Lá eu montei duzias), manutenções e módulos que para nossa equipe eram faceis custavam bagatelas de 50 mil reais(uma semana duas semanas de desenvolvimento pela nossa equipe) e tivemos projetos de 500 mil, 300 mil e por ai vai.

Os programas desenvolvidos pela fábrica levavam o dobro ou triplo do tempo e quando chegavam se já sabe, eram de uma qualidade péssima, parece que o pessoal analista de sistemas da consultoria não tinha feito nada! Os programas com problema de testes de tela foco, validação e na maioria das vezes totalmente fora da necessidade do usuário.

Depois de muito stress em dois anos a fabrica foi sendo deixada de lado e começou a voltar o desenvolvimento um bom para nossa equipe. Hoje a fabrica é utilizada com muita moderação e não vem sendo util até no nesse ano quando falei com um ex-colega.

Quote de um ano atrás, mas vamos lá:

As práticas de outras indústrias não são fracassadas. Elas simplesmente funcionam lá, e talvez em alguma outra indústria de outro ramo.

Mas em TI não funcionam.

Desenvolver um software:
-não é como construir um prédio
-não é como montar um carro numa linha de montagem
-não é equivalente a processo algum do mundo físico

Parafraseando Fred Brooks

Isso quer dizer que você pode até colocar o dobro de peões para cavar um buraco na metade do tempo, mas não adianta alocar o dobro de programadores em um projeto para tê-lo feito na metade do tempo. Dependendo da hora, vai até atrasar mais o projeto.

Eis a simples diferença entre um trabalho físico, perfeitamente particionável, de um totalmente interligado, um trabalho intelectual.

Eis por quê práticas e gerenciamento provenientes de outras indústrias não funcionam.