Entra em vigor nova desoneração para setor de TI pelo Plano Brasil Maior

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Começou nesta quarta-feira, 1º, a nova etapa do Plano Brasil Maior, segunda medida que beneficia o setor de tecnologia da inovação. De acordo com a regra, o imposto pago pelas empresas da área passa de 2,5% para 2% do faturamento, ainda em substituição à contribuição previdenciária de 20% sobre a folha.
Como são estimados de 50% a 70% os custos com a mão de obra no setor, a contribuição de 20% ao INSS tem grande impacto. Segundo cálculos da Associação Brasileira das Empresas de TI (Brasscom), a economia pode chegar a R$ 1 bilhão por ano com a nova alíquota. A mudança representa de 7% a 8% de redução de gastos para as companhias do setor.
O Plano Brasil Maior estabelece regimes fiscais diferenciados e desonera produtos e a folha de pagamentos de alguns setores. A primeira redução tributária para a TI foi anunciada há um ano e está em vigor desde dezembro do ano passado, quando a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamentos foi substituída para 2,5% do faturamento das empresas.

Fonte:http://www.tiinside.com.br/01/08/2012/imposto-entra-em-vigor-nova-desoneracao-para-setor-de-ti-pelo-plano-brasil-maior/ti/291937/news.aspx

Só por curiosidade, qual o impacto disto no salário dos profissionais CLT e na tributação dos profissionais PJ?

Provavelmente nenhuma, o governo vai dar um monte de beneficio fiscal, sem obrigatoriedade nenhuma de passar isso para os funcionarios, ou seja, qm realmente trabalha no setor vai ficar na mesma

E nem deveria. Reduzir custos significa isso mesmo, reduzir custos, não transferir a tributação.
O governo não deve influir diretamente em como a empresa te paga, isso seria ofender a liberdade individual do empresário e o direito de negociação.

Mas isso não significa que não haja benefícios em longo prazo. Empresas com menos custos são empresas que tem mais chance de crescer, o que aumenta a necessidade de mão de obra. Consequentemente, isso aumenta a demanda, o que implica em oferta de emprego e salários mais altos.

A solução de problemas salariais está em justamente estimular o setor, não em exigir uma carteirada de um burocrata exigindo que a empresa te pague melhor. Se a empresa não tem condições de crescer, ela não terá condições de te pagar.

Vini, analisadno pela ótica da empresa, concordo.
Agora, é inegável que o setor cresce muito e esse crescimento não é refletido em melhores condições aos funcionários.
Não estou levantando esta bandeira por ser CLT. Fui PJ e percebi a mesma coisa. Aliás, ainda hoje acredito que ter aceitado um contrato PJ foi a pior coisa que fiz, no melhor momento possível. Pior por ter me rendido aos “prazeres” do dinheiro fácil, diminuindo a carga tributária e aumentando o lucro da empresa para a qual prestei serviços. Melhor momento pois era hora de investir e sair da mesmice, ver novas coisas e, sem tal experiência, estaria fadado ao salário mixuruca.

A minha questão, no entanto, foi a respeito dos impedimentos aos que optam por abrir empresa e trabalhar como PJ. De acordo com as políticas vigentes, se formos seguir à risca as regras, só podemos abrir empresa LTDA, sem possibilidade de simples ou super simples (simples federal). Quanto menos MEI.
Neste caso, a carga tributária ainda é alta.
No tocante à esta questão, quais mudanças práticas serão obtidas com essa iniciativa do governo? Creio que nenhuma, certo?

Por isso que falei em “longo prazo”. Mas já está sendo refletido sim. Os salários de júniores estão subindo.
Nós aqui fomos forçados a subir salários para conseguir contratações. Conversei com meu antigo chefe na Siemens, e fiquei sabendo que eles por lá já estão fazendo o mesmo.
O fato é que se hoje vc oferecer um salário de fome, você não contrata bons profissionais.

[quote]A minha questão, no entanto, foi a respeito dos impedimentos aos que optam por abrir empresa e trabalhar como PJ. De acordo com as políticas vigentes, se formos seguir à risca as regras, só podemos abrir empresa LTDA, sem possibilidade de simples ou super simples (simples federal). Quanto menos MEI.
Neste caso, a carga tributária ainda é alta.
No tocante à esta questão, quais mudanças práticas serão obtidas com essa iniciativa do governo? Creio que nenhuma, certo?[/quote]

Nisso acho que a tributação tem muito o que evoluir mesmo. Também acho que faz falta o MEI, super simples e simples.
É o que eu sempre digo, o que me preocupa não são as leis que impõe ou não políticas salariais, mas sim, porque não é fácil abrir e se desenvolver empresas com na nossa área.

Acredito que somente pelo fato do governo desonerar parte da arrecadação e diminuir o custo da folha de pagamento já é um bom sinal , pois em um País que os malditos políticos agem em beneficio próprio quase sempre , imagino que pelo menos há um consenso e estão começando a perceber que nem sempre para se arrecadar mais basta somente aumentar as taxas e tributos existente e sim que se pode arrecadar até mais , desonerando a folha de pagamento e por consequência toda cadeia produtiva.
Outro ponto importante é que o produto nacional com o dólar abaixo dos 2 reais não é competitivo em nenhum lugar do mundo e tamanho é a burocracia do custo brasil que as empresas se afastam cada vez mais daqui.
Enfim acredito que aos poucos as coisas vão mudando e aqui tem que mudar logo, pois senão nos tornaremos uma economia como a Europa em breve , onde se fabrica mas não se consome…

Exatamente.
Pois, se houvesse uma abertura maior, certamente teríamos mais pessoas arriscando. O Brasil ainda é um mercado muito promissor. Embora haja menos mão de obra disponível para a área que países como Índia e China, o potencial é muito alto.
Creio que muitos aqui já teriam aberto a sua empresa, caso tivesse a perspectiva de um resultado legal. Podendo contratar muita gente que está aí, esperando uma oportunidade.