[quote=ImpossiveI][quote=leandronsp]
O foco não é a quantidade. Você pode muito bem ter uma equipe ágil de 10 pessoas, onde o PO faz esse papel de “meio-de-campo”, evitando assim o caos. IMHO, o PO precisa ser alguém com um bom background técnico, pois PO sem ênfase técnica não sabe filtrar as mágicas que o cliente pede e passa tudo pra equipe se virar. PO’s tecnicamente bons na minha opinião servem como uma blindagem pra equipe e também para passar confiança pro cliente, onde podem muito bem saber o que entra e oq não entra pro backlog.
Em cima do backlog, a equipe técnica (pode ser 1 pessoa, 5, 10 ou pouco mais) discute com o PO, priorizam e estimam as stories que vão entrar pro sprint. É assim que sempre tenho trabalhado em equipes ágeis, e já trabalhei com equipes desde 3 pessoas até 25 ±.
Nessas equipes de 25 pessoas, os líderes técnicos costumavam dividir em sub-projetos pra facilitar as iterações, estimativas e daily meetings. Sempre funcionou muito bem na minha experiência.
E já vi também equipes menores serem massacradas, criando alta rotatividade por conta da cultura “enterprise” (não sei se estou sendo justo e certo com esse termo, mas não encontro outro) que foi imposta na equipe, fazendo assim o projeto ser um caos.
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Metodologias ágeis trocam o analista de sistema pelo PO, eu sei disso. Mas se vc reparar, não mudou muita coisa além disso. Se sua equipe tem 10 pessoas no mesmo projeto, elas continuam sem qualquer participação ativa na criação da especificação, esse papel é do PO, eles apenas escolhem a ordem que querem implementar.[/quote]
Bom, muita calma nessa hora porque estamos falando de coisas diferentes então …
O papel do PO é muito diferente do papel do analista de sistemas “tradicional”, ao qual o artigo do Shoes se refere. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Entre outras coisas, o papel do PO é ajudar o cliente a delimitar o escopo de um projeto e descobrir o valor de negócio das funcionalidades do sistema . Isso é bem diferente de criar especificações de sistema (documentos de requisitos). O analista “tradicional” a que me refiro, seria aquele que cara que faz a entrevista com o cliente, elabora um diagrama UML ou ER, gera alguma documentação adicional e passa para o programador escrever aquilo cegamente, tornando-o um “digitador de luxo”. Nessa abordagem tradicional, o programador é incentivado a seguir cegamente essas especificações e desencorajado a questionar o que quer que seja. Basicamente é esse tipo de cargo que eu acredito que não terá muito mais espaço no mercado e que eu não encorajo ninguém a seguir.