[quote=rogeriopaguilar]Era só ninguém aceitar essas coisas. Já que não existe piso salarial poderíamos “definir” isso informalmente, por exemplo, ninguém aceita ganhar menos que X reais. Se ninguém aceitar, as empresas vão pagar mais. O problema é que tem pessoas que aceitam qualquer coisa, aí fica difícil mesmo.
Concordo com o serviço público, este ano vou começar a estudar. Assim que conseguir algo, saio da área de ti sem nenhum arrependimento.[/quote]
Mas existe a contraparte, não?
Talvez não seja o teu caso, mas, quantos desenvolvedores, analistas e o que mais seja, depois de empregados, continuam se dedicando a estudar, aprender novas tecnologias, aperfeiçoar conhecimentos?
Até cabeleireira precisa se atualizar para se manter no mercado. Esses dias fui fazer uma tattoo e, no estúdio do tatuador, existiam vários certificados de workshops que ele participou. Já pensaram nisso? Tatuadores fazendo atualização de técnicas(!!!) que são milenares.
Concordo com relação à atualização, mas eu acho que a atualização profissional no caso dos desenvolvedores deveria fazer parte do expediente. É comum desenvolvedores entrarem em projetos com prazos malucos, tendo que trabalhar bem mais que 8 horas por dia e muitas vezes sem feriado ou final de semana.
Fica difícil estudar assim, mal dá pra dormir direito, rs. E mesmo que o tempo não fosse problema, os cursos são caros e fica difícil pagar com os salários baixos.
Eu não tive problemas com isso porque sempre fui autodidata, nunca fiz curso de java nem de outra tecnologia, mas nem todo mundo consegue aprender sozinho.
Por isso eu acho que seria muito melhor a empresa permitir que o desenvolvedor estudasse por exemplo uma hora por dia, mas dentro do seu expediente de trabalho. Pra não dizer que isso seria “perda de tempo”, poderia ser algo que está sendo utilizado no projeto mesmo e que as pessoas percebam que a equipe tem um pouco de dificuldade, ou então um framework novo que será utilizado na empresa em projetos futuros. Eu não sei como seria a melhor forma de escolher o que estudar, mas acredito que já ajudaria bastante os profissionais a se atualizarem. Eu não acho que isso seria um absurdo, até porque a atualização é algo que faz parte da nossa profissão.
O problema é que na maioria das vezes o que existe é uma consultoria no meio, que não está muito preocupada com o desenvolvimento das pessoas, pois caso a pessoa não sirva para um projeto futuro, é mais fácil trocar ela por alguém que já conheça o que é preciso do que ajudá-la a se atualizar.
E com tudo isso, o que mais vejo são matérias na tv ou na internet sobre a “falta de profissionais qualificados” e o que eu não vejo é uma atitude por parte das empresas para tentar resolver ou pelo menos minimizar este problema.
Está pensando como empregado. Se você fosse abrir uma padaria, iria pedir aos clientes que te permitissem aprender a como assar os pães ou mesmo pagar para você testar novas receitas?
Existem cursos gratuitos. Claro que a qualidade dos mesmos é duvidosa, mas boa vontade faz as coisas acontecerem.
Eu trabalhei em duas consultorias, em ambas os profissionais tinham possibilidade de fazer coisas que permitissem seu crescimento. Uma delas até fez cursos de java básico, cobol e outras coisas, para melhorar o nível da equipe. Além de ter implantado uma “escala” para diálogos em inglês, para aperfeiçoamento do idioma bretão. Na outra, o curso de inglês, ministrado por uma professora inglesa, era feito nas dependências da mesma, no horário do expediente.
É notório que em certos momentos será preciso abrir mão de algumas coisas, em prol de outras. Da mesma
forma que você reclama que precisa ficar até mais tarde, será que nunca chegou atrasado, nunca saiu mais cedo ou mesmo pediu uma folga em um feriado prolongado?
Além do mais, mesmo que não seja algo bem estabelecido, temos sazonalidades em nossas atividades. Épocas de muitos projetos, pouco prazo e épocas em que sentamos na frente do micro e não temos nada para fazer. Foi num desses períodos que reaprendi Struts 2, hibernate e comecei a estudar Spring Framework.
Hoje eu estudo NoSQL com MongoDB, pois a demanda aqui está baixa (no meu outro emprego não tenho tempo de estudar, pois estou lecionando). Mas já aprendi EJB 3.1, WebServices e uma série de outras coisas, só no tempo livre.
Além do mais, fugir para o setor público pode te trazer satisfação financeira, mas, profissional, será que virá também?
Enfim, cada qual com seu caminho. Eu sou um sonhador, acredito em uma sociedade inteligente, respeitando mutuamente iguais e diferentes, com igualdade social. Mas isso é uma utopia.
O que eu disse também é meio que uma utopia. Quanto à padaria eu não sei, não faço idéia como é o processo de fabricar pães e se muda a toda hora a forma de se fazer como acontece com tecnologia. O que eu disse é apenas uma idéia do que poderia ser feito para tentar minimizar os problemas e estou certo de que existem outras formas. Eu não tive a sorte de trabalhar em locais como os que você descreveu onde aparentemente existia uma preocupação com o desenvolvimento das pessoas. Onde trabalhei sempre tive que aprender tudo sozinho normalmente por meio de livros. Antigamente eu nem ligava muito de ficar estudando as coisas fora de hora e tal, mas chegou um ponto que eu fiquei doente e eu acho que muito tem a ver com essa rotina maluca. Deve ser por isso que hoje em dia eu acho que não vale a pena tudo isso, e como você disse eu “sonho” com um local melhor de trabalho, melhores condições e tal, acho que muito porque eu não quero passar de novo os problemas que passei por causa desta rotina maluca de ti e também não quero que ninguém tenha que passar.
E, apenas a critério de exemplo, será que nós caminharíamos 16 Km em busca de uma nova oportunidade?
Fonte
Acredito que o problema em desenvolver uma solução não é codificar, e sim projetar.
Comparando com outras areas, pode parecer que desenvolvimento tem uma média de salário inferior. Mas a área de TI é vasta, na empresa onde trabalho há: Desenvolvedores, Analistas, Analistas de Negócios, Arquitetos, Gerentes e por ai vai.
A vantagem que vejo em TI com relação a outras áreas é exatamente a competitividade, pois proporciona sempre portas para você subir e alavancar a sua carreira. Há [b]muitas vagas[/b] e se você acha que ganha pouco, P0##@ começa a[b] procurar outras vagas[/b]. A área de TI se não me engano não é regulamentada, então há empresários que pagam muito mal e tambem há aqueles que pagam muito bem.
Conheço alguns Analistas Programadores aqui na empresa que ganham 10K como PJ fácil.
O que acho ruim nessa área? [u]A falta de conhecimento por parte dos setores de RH[/u] na hora de contratar um profissional, pois pedem 5 certificações, conhecimento em 7 linguagens diferentes, experiência com 10 frameworks e mais uma porrada de habilidades. E sabe o que acontece no fim? Acabam contratando alguem que não tem certificação, conhece no máximo 2 linguagens e mentiu em uma boa parte do curriculo.
O que acho bom? O que vejo acontecer com alguns profissionais de onde trabalho é que muitos deles sairam da empresa, foram adquirir experiência em outras e voltaram (alguns foram chamados), para ganhar o dobro. (Isso mesmo "O DOBRO").
O que da din din na nossa área? Trabalhar com sistemas críticos, instituições financeiras, ERP's, CRM's, DW, DM.
Este comentário é pessoal, pois é baseado em casos que vejo no meu dia - a - dia.
Agora coloco em cheque uma coisa: “Quais outras profissões são melhores que TI e por que?”
[quote=drsmachado][quote=digaoneves]Tem outros pontos a serem avaliados também, um Junior que acabou de entrar no mercado, não é igual a um Junior com mais experiência. Existem Programadores Jr. ganhando acima de 3 mil, mas aí estão naquela faixa onde não sabem se são Jr, ou Pleno, rs… Isso com as referências que eu tenho, né, que também são de São Paulo.
Mas mesmo que comece ganhando 900 reais, se você gostar mesmo de programar, e de estudar. Isso muda rápido.[/quote]
Moro em Curitiba-PR. Tenho alunos que vieram de outras regiões por que as oportunidades lá pagam, em média, menos de R$ 1000 para jr.
Aqui varia muito, de R$ 1200 a R$ 2500, custo de vida razoável (depende de onde se mora e qual o estilo de vida que se mantém, pode-se viver - não sobreviver - tranquilamente).
Creio que as maiores razões de variação salarial sejam experiência e região.
Você, após algum tempo, percebe que consegue negociar teu salário, mesmo não tendo diploma ou certificação, baseado em projetos e empresas onde atuou. Digo por experiência própria.
A região conta muito, pois, espera-se que o salário seja compatível com o custo de vida do lugar.
Além disso, temos o fator CLT x PJ. Por experiência própria, se optar por PJ peça sempre, no mínimo, 100% a mais do que ganharia como CLT.
Impostos + plano de saúde + plano odontológico + seguro de vida + 13° + férias (este tem que calcular + 1/3 de férias) + previdência (você não vai querer quebrar a perna e ter que ir trabalhar, para não ficar sem grana) + etc.
Como CLT, tem-se o IRRF que dá uma facadinha + contribuição sindical anual obrigatória + etcs.
Enfim, sendo objetivo: Entre R$ 1200 e 2500 (jr/CLT). Plenos e sêniores sempre mais que isso.[/quote]
Você conseguiu deixar claro o que se deve levar em consideração a respeito de salário de programador, mas, menos de 1000 para jr fica complicado lol.
Que região é esta que paga menos de 1000 para jr? pelo que sei para ser um jr é preciso estudar no mínimo 2 anos( 8 horas por dia em média).
Será que estou errado?
[quote=diego.psw][quote=drsmachado][quote=digaoneves]Tem outros pontos a serem avaliados também, um Junior que acabou de entrar no mercado, não é igual a um Junior com mais experiência. Existem Programadores Jr. ganhando acima de 3 mil, mas aí estão naquela faixa onde não sabem se são Jr, ou Pleno, rs… Isso com as referências que eu tenho, né, que também são de São Paulo.
Mas mesmo que comece ganhando 900 reais, se você gostar mesmo de programar, e de estudar. Isso muda rápido.[/quote]
Moro em Curitiba-PR. Tenho alunos que vieram de outras regiões por que as oportunidades lá pagam, em média, menos de R$ 1000 para jr.
Aqui varia muito, de R$ 1200 a R$ 2500, custo de vida razoável (depende de onde se mora e qual o estilo de vida que se mantém, pode-se viver - não sobreviver - tranquilamente).
Creio que as maiores razões de variação salarial sejam experiência e região.
Você, após algum tempo, percebe que consegue negociar teu salário, mesmo não tendo diploma ou certificação, baseado em projetos e empresas onde atuou. Digo por experiência própria.
A região conta muito, pois, espera-se que o salário seja compatível com o custo de vida do lugar.
Além disso, temos o fator CLT x PJ. Por experiência própria, se optar por PJ peça sempre, no mínimo, 100% a mais do que ganharia como CLT.
Impostos + plano de saúde + plano odontológico + seguro de vida + 13° + férias (este tem que calcular + 1/3 de férias) + previdência (você não vai querer quebrar a perna e ter que ir trabalhar, para não ficar sem grana) + etc.
Como CLT, tem-se o IRRF que dá uma facadinha + contribuição sindical anual obrigatória + etcs.
Enfim, sendo objetivo: Entre R$ 1200 e 2500 (jr/CLT). Plenos e sêniores sempre mais que isso.[/quote]
Você conseguiu deixar claro o que se deve levar em consideração a respeito de salário de programador, mas, menos de 1000 para jr fica complicado lol.
Que região é esta que paga menos de 1000 para jr? pelo que sei para ser um jr é preciso estudar no mínimo 2 anos( 8 horas por dia em média).
Será que estou errado?[/quote]
Não sei se tem que estudar 2 anos para ser Jr não… Enfim, quando comecei a trabalhar com java, passei 1 mês omo estagiário, 5 meses como trainee e depois busquei uma vaga de Jr.
Realmente, Jr menos de R$1000 é lamentável.
Li aqui no guj em algum lugar…
[i]E se motoristas fossem contratados da mesma maneira que programadores?
Cargo: Motorista.
Exigências do trabalho: Competência profissional em condução de veículos leves como carros e pesados como ônibus e caminhões, ônibus articulados, bondes, metrô, tratores, escavadoras e pás carregadoras, e tanques pesados atualmente em uso pelos países da OTAN.
Habilidades em Rali e de condução extremas são obrigatórios!
Experiência na Fórmula-1 é um diferencial.
Conhecimento e experiência em reparação de motores de pistão e rotor, transmissões automáticas e manuais, sistemas de ignição, computador de bordo, ABS, ABD, GPS e sistemas de áudio automotivo dos fabricantes conhecidos mundialmente ? obrigatória!
Experiência em tarefas de pintura e funilaria de automóveis é um diferencial.
Os candidatos devem ser certificados pela BMW, General Motors e Bosch, mas não por mais de dois anos.
Compensação: R$ 15 ? R$ 20/hora, dependendo do resultado da entrevista.
Exigências da instrução: Bacharel em Engenharia Mecânica.
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Alguém concorda que para o cargo de programador os conhecimentos necessários são similares aos de um motorista em relação ao curso de engenharia mecânica? se for assim, estamos ganhando muito.
Eu não concordo com essa afirmação acima. Isso é subvalorizar o seu trabalho. Se você achar que seu trabalho vale pouco, ninguém vai pagar muito por ele.
Abraços.
[quote=Elizeu_Santos]Li aqui no guj em algum lugar…
[i]E se motoristas fossem contratados da mesma maneira que programadores?
Cargo: Motorista.
Exigências do trabalho: Competência profissional em condução de veículos leves como carros e pesados como ônibus e caminhões, ônibus articulados, bondes, metrô, tratores, escavadoras e pás carregadoras, e tanques pesados atualmente em uso pelos países da OTAN.
Habilidades em Rali e de condução extremas são obrigatórios!
Experiência na Fórmula-1 é um diferencial.
Conhecimento e experiência em reparação de motores de pistão e rotor, transmissões automáticas e manuais, sistemas de ignição, computador de bordo, ABS, ABD, GPS e sistemas de áudio automotivo dos fabricantes conhecidos mundialmente ? obrigatória!
Experiência em tarefas de pintura e funilaria de automóveis é um diferencial.
Os candidatos devem ser certificados pela BMW, General Motors e Bosch, mas não por mais de dois anos.
Compensação: R$ 15 ? R$ 20/hora, dependendo do resultado da entrevista.
Exigências da instrução: Bacharel em Engenharia Mecânica.
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E o mais engraçado da piada é o “Bacharel em Engenharia Mecânica”. Se você faz Engenharia se forma como engenheiro. Bacharel é Bacharel, Engenheiro é Engenheiro…
É o que estou fazendo desde o ano passado. Final de 2016 começarei a prestar para concurso. Me parece que as empresas estão percebendo que existem muitos programadores se vendendo por muito pouco, e por isto os salários oferecidos no mercado tendem a ficar baixos. Na empresa onde estava trabalhando estava ganhando 6 (sou sênior). Moro em Goiânia. Mas tem muito programador na empresa trabalhando até 10 horas por dias para ganhar 2,7. Na minha opinião, estamos dando um tiro no pé toda vez que admitimos este tipo de coisa.
Concordo plenamente, eu sair de São Paulo e fui para uma cidade do nordeste e com 4 meses recebi uma proposta para trabalhar como Suporte Técnico para ganhar 1.100 reais, OBS "Analista de Sistemas Back-End " ele me perguntou minha proposta salárial, afirmei que não trabalhava por menos de 1.800 reais, e me fizeram a proposta de 1.700.
Conclusão: Se as empresas pagam pouco trabalhe por conta própria que ganha mais.
Ainda estou na faculdade.
Faço cruds e etc.
Mas do seu ponto de vista como “a maioria só sabe fazer CRUDS!”, o que além disso eu tenho que ter pra me tornar um Jr completo? Que valha a pena ser contratado?
Desde já, obrigado…
Talvez não tenha sido um comentário muito feliz… mas vou tentar explicar meu ponto de vista…
Precisa saber lógica de programação e resolver problemas. Prefiro alguém que resolva problemas do que alguém que conhece diversos frameworks, mas não consegue resolver nada mais que precise pensar um pouco, saindo do feijão com arroz. Quando disse que a maioria só sabe fazer CRUDs é que quando a pessoa se vê num problema diferente do “feijão com arroz”, precisa de ajuda para resolver e não são problemas tão complexos assim. Um bom junior na minha opinião sabe bem lógica de programação, estrutura de dados, um pouco de cada assunto, um pouco de programação web, um pouco de programação desktop, pelo menos sabe o básico de mais de uma linguagem de programação, sabe pesquisar no google e entender problemas semelhantes para resolver outros problemas, é um bom usuário de computador, etc. Pode lhe faltar ainda experiência, o que obviamente irá gerar uma produtividade menor quando a tarefa não for tão básica e essa falta de experiência irá impactar na resolução de problemas mais complexos, mas basicamente, precisa pensar. Não precisa ser muito mais que um digitador para saber fazer CRUDS.