Rafael, o ganho seria justamente deixar a coisa mais OO.[/quote]
Kung, você sabe, para calcular ganhos é preciso conhecer vantagens e desvantagens - me corrigindo, a palavra mais correta seria “valor”, ao invés de “ganhos”.
A questão que eu coloquei é “essa camada a mais vale a pena”? Se o preço para mais uma camada superar os ganhos de tornar “a coisa mais OO”, a resposta é não. Taí uma discussão que vai (ou melhor, poderia ir) longe…
Ultimamente tenho pensado que vale a pena questionar novas teorias que andam ululando por aí, em pró da simplicidade, desde que com fundamentos, ao invés de simplesmente aceitá-las.
Esse repository, por exemplo, vocês podem argumentar que torna as coisas mais claras, elegantes, o genro que toda sogra gostaria de ter, mais OO, etc. Mas tô sentindo que a reação da maioria das pessoas será “isso é lindo na teoria, mas não na prática; deixa quieto, vou continuar com meus DAO’s”. Vão deixar (aproveitando esse exemplo) o Repository para uma “zelite” que irá se formar - “isso é só pros caras”.
E quando argumentos do tipo “torna a coisa mais OO”, “segundo Fowler”, etc, finalmente se desgastarem, essa elite ficará isolada numa torre de marfim - já aconteceu e acontece em diversas áreas. Vão dizer coisas lá de cima na torre, as pessoas vão escutar, ficar encantadas, vai entrar por um ouvido e sair pelo outro.
Isso vai formar um vazio, que será preenchido por palpiteiros inconseqüentes, que pregarão contra a OO, design patterns e o inglês e arrebatarão coraçãozinhos por adotarem uma aura de pragmáticos (levanta a mão quem não sabe do que estou falando).
Não me entendam mal, não estou soando as trombetas do apocalipse e sou fã da fundamentação e da boa literatura. Mas tudo tem limites, cada caso é um caso, teoria ainda é uma teoria, devem ser testadas na prática, por aí vai. (Uauu!! Isso é que bom uso de clichês…)
Aceitam uma sugestão? Em casos assim, penso que o ideal seria escrever artigos técnicos com o contexto e os pormenores, como a série sobre exceções do Luca e o artigo sobre DTO do shoes. Um já é referência no tema, o outro, aposto, vai virar.
A partir daí, as pessoas pensam e decidem com suas cabeças qual o melhor caminho.
Abraços!