Me inscrevi e segui esse curso por cerca de um mês, mas parei.
O curso é ótimo, se você seguir direito todo o conteúdo do curso, aprende a ouvir, escrever, ler e falar bem. O material deles é muito bom, e cada unidade é acompanhada de muitos textos e vídeos interessantes! Além de inglês você acaba aprendendo sobre diferentes culturas, profissões, esportes e assim por diante.
Mas parei, primeiramente porque após fazer o nivelamento, fui para o nível 4 de 5. Estudei um pouco, mas no fim das contas se tornou mais proveitoso parar o curso e ficar estudando por conta. E outra questão também é a de que comecei a trabalhar em um projeto internacional, onde escrevemos e conversamos em Inglês direto. Isso acaba por ajudar na minha fluência.
Tenho vontade de fazer um intercâmbio pelo Ciências sem Fronteiras. Talvez se conseguir, volto pra terminar o nível 4 e 5, até porque o 5 te prepara pra fazer o TOEFL e IELTS.
[quote=clauau][quote=Paulo Silveira][quote=clauau]
Estudei na pior escola estadual da minha região, na Zona Leste da cidade de São Paulo. Fiz apenas 3 meses de cursinho, há muitos anos. Já entrei na USP 3 vezes, e em três ótimas privadas: Metodista, Cásper Líbero e Mackenzie. Hoje estou no curso mais concorrido da Fatec-SP. Não sou nenhum gênio, não, apenas tentei sempre. Fiz minha parte, e Deus, Fiel, sempre faz a dele.
Melhor sorte na próxima.
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Podemos então concluir que um aluno que não entra na USP ou não fez sua parte, ou Deus não fez a dele? Não sei se é de seu conhecimento, mas as vagas em universidades públicas são… limitadas. E isso se agrava com a evasão de alunos.
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Como quem conhece a Deus sabe que Ele sempre faz Sua parte, claro que a dificuldade está no ser humano.
Mas tirar de contexto uma frase e argumentar a partir dela demonstra o problema, e talvez explique o motivo pelo qual algumas coisas não são para todos.
Quem prefere passar mais tempo reclamando do que produzindo, inevitavelmente terá menos chances do que aqueles que ocupam seu tempo e sua inteligência em produzir, crescer, fazer a diferença. E lutar para galgar posições nas quais suas opiniões venham a ser ouvidas; posições em que tenham poder para interferir e, talvez, contribuir para a correção de direções e estratégias equivocadas, até, na Educação, por exemplo.
Talvez para sua surpresa, Paulo, é do meu conhecimento, sim, que as vagas nas universidades públicas são limitadas. Seria do seu conhecimento que são limitadas aos que têm o melhor desempenho em uma prova que é acessível a todos?
Ora, pode-se dizer, e com razão, que as condições não são iguais, que a concorrência não é justa. Verdade. Inclusive, esteja preparado para outro choque: a vida, toda ela, não apenas o vestibular, não é justa. Não competimos em condições iguais, não partimos do mesmo ponto de largada. A maior parte dos primeiros colocados vem das classes abastadas. Suas condições de alimentação, moradia, saúde, estrutura familiar, formação escolar, experiências culturais, etc. lhes favorecem de maneira a desequilibrar a competição, se assim podemos chamar, sem dúvida.
Não há negação possível sobre isso. É apenas uma questão de observação da nossa sociedade, não precisamos de um tratado sociológico para percebermos que essa estrutura é perversa. Não é essa discussão.
A questão é: diante dessa realidade, e do fato de que ela nos afeta negativamente, qual será nossa atitude? Lamentar? Encontrar culpados? Ou cada um chamar para si a responsabilidade de fazer a diferença? Assumir consigo o compromisso de que irá “compensar” essa desigualdade, com empenho redobrado, superando cada obstáculo que se apresente, não importa quanto esforço isso exija?
Pois uma coisa é certa: lá, entre os alunos das universidades públicas, ainda que sejam minoria, encontramos pessoas que tomaram essa decisão, mesmo que todas as probabilidades estivessem contra elas. Pessoas que, literalmente, fazem a diferença.
E qualquer um de nós, eu, ou você, Paulo Silveira, e quem estiver lendo, enfim, quem se dispuser e encarar o desafio, poderá ser contado entre esses que desequilibraram, que quebraram as previsões estatísticas. Não gênios. Apenas jovens, homens e mulheres de fibra, que não se resignaram à mera condição de números em estudos de probabilidades.
E, entenda, não digo que isso deva ser sinônimo de conformismo ou alienação quanto às injustiças sociais. Absolutamente. Apenas que uma coisa não pode ocorrer em detrimento da outra. A luta, em foro próprio, é necessária, para dizer o mínimo. A denúncia das injustiças, o clamor para que estas sejam corrigidas, sanadas, são imprescindíveis.
Mas a justa reivindicação não pode ser abrigo de autocomiseração, desculpa para a imobilidade pessoal, esconderijo de um caráter fraco.
As dificuldades da vida vão além das dificuldades educacionais do país. E são muito maiores, também. Podemos criar um padrão de ceder diante delas, ou o padrão de vencer os desafios apresentados. E o padrão que escolhermos se repetirá nas demais áreas da existência.
Qual padrão será, afinal?
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