Conselhos dos gringos: Até que ponto devo seguir?

Acredito que o programador médio russo e chinês está no mesmo nível do brasileiro.

Por que você ouve falar dos indianos que prestam serviço de outsorcing, que não é referência de qualidade.

Poucos ouvem falar dos indianos que estão no alto escalão de empresas como google.

[quote=pfk66][quote=Júlio Murta]
Me refiro ao nível de conhecimento técnico de nossos profissionais. Russos e chineses também não falam inglês nativamente, mas isso não os impede de aprender e terem uma comunidade de desenvolvedores forte.
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Acredito que o programador médio russo e chinês está no mesmo nível do brasileiro.

Por que você ouve falar dos indianos que prestam serviço de outsorcing, que não é referência de qualidade.

Poucos ouvem falar dos indianos que estão no alto escalão de empresas como google.
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O problema é que é sempre delicado entrar nesse tipo de conversa. Eu conheci alguns indianos muito bons, mas a maioria ou está no nível dos brasileiros ou está bem abaixo de nós. Por outro lado, os russos que conheci estavam num nível bem além dos programadores que conheci. Mas tudo isso é baseado em minha vivência. O seu caso pode ser exatamente o contrário, conhecer russos ruins e indianos bons. Então isso vira mera opinião.

Mas, considerando o histórico de ambos países podemos notar que a India tem problemas educacionais bem mais sérios que os nossos. Por outro lado, a Rússia sempre está na nossa frente nos indicadores educacionais, talvez sendo essa uma boa herança do período soviético. Então, é natural que o primeiro tenha mão de obra menos qualificada que o segundo.

Minha opinião é que a nacionalidade da pessoa não diz o quanto ela está disposta a investir tempo e recursos pra adquirir conhecimento.

[quote=Júlio Murta]
Mas, considerando o histórico de ambos países podemos notar que a India tem problemas educacionais bem mais sérios que os nossos. Por outro lado, a Rússia sempre está na nossa frente nos indicadores educacionais, talvez sendo essa uma boa herança do período soviético. Então, é natural que o primeiro tenha mão de obra menos qualificada que o segundo.[/quote]

Talvez os responsáveis por criar indicadores educacionais deveriam ensinar empresas como google a contratar melhor?

Eu já penso o contrário. Falta de uma boa educação, pobreza e incentivos faz com que a qualidade dos profissionais de uma determinada região seja mais baixa, afinal, a maior parte das pessoas está mais preocupadas em meramente sobreviver do que estudar. Nem só de boas intenções um bom profissional é feito, há todo o um ambiente que o condiciona a ser aquilo. O lado bom da India é que existe incentivo lá, seja pela barreira do idioma, seja por serem um recurso mais barato.

Não. Eles devem continuar fazendo o que sabem. E em nenhum momento eu quis dizer que não é possível encontrar um bom profissional na India, na Nigéria ou na República Centro-Africana. Apenas disse é menos provável encontrar alguém que atenda as expectativas. Mas claro, sempre existem exceções. E esses indianos superpoderosos são isso, exceção dentro do próprio país. E que provavelmente tiveram mais oportunidades de estudos que muitos de seus compatriotas ou até mesmo que nós aqui em terras tupiniquins.

[quote=Júlio Murta]
Eu já penso o contrário. Falta de uma boa educação, pobreza e incentivos faz com que a qualidade dos profissionais de uma determinada região seja mais baixa, afinal, a maior parte das pessoas está mais preocupadas em meramente sobreviver do que estudar. Nem só de boas intenções um bom profissional é feito, há todo o um ambiente que o condiciona a ser aquilo. O lado bom da India é que existe incentivo lá, seja pela barreira do idioma, seja por serem um recurso mais barato. [/quote]

Então como você explica a China ter 1 bilhão de pobres e uma comunidade de desenvolvedores forte?

[quote=Júlio Murta]
Não. Eles devem continuar fazendo o que sabem. E em nenhum momento eu quis dizer que não é possível encontrar um bom profissional na India, na Nigéria ou na República Centro-Africana. Apenas disse é menos provável encontrar alguém que atenda as expectativas. Mas claro, sempre existem exceções. E esses indianos superpoderosos são isso, exceção dentro do próprio país. E que provavelmente tiveram mais oportunidades de estudos que muitos de seus compatriotas ou até mesmo que nós aqui em terras tupiniquins.[/quote]

Na verdade você disse que a Índia não tem referencia de qualidade. Qual país é referência de qualidade em ti pra vc?

É simples. Esse 1 bilhão de pobres estão, em sua maior parte, nas áreas rurais da China, justamente onde não se tem acesso a serviços básicos. Em compensação, nas áreas urbanas e metrópoles, a China avançou muito. Enfim, em se tratando de China, analisar a parcela da população que tem acesso à educação é praticamente analisar um país à parte.

No mais concordo com os colegas, dizer que a qualidade de um profissional depende tão somente do indivíduo é pensamento de auto-ajuda barata. No caso de programação, o mínimo que o sujeito precisa é de energia elétrica, um computador e livros/internet a preços acessíveis.

No caso dos chineses e indianos, além da enorme população, uma quase 7 vezes e outra 6 vezes a nossa população, devemos considerar que muitos dos que se destacam tem educação em universidades de ponta ocidentais. Juntando disciplina, foco, valorização da educação e boa infraestrutura educacional costuma dar resultado.

Concordo com rmendes88 e A H Gusukuma . Apenas resumindo: China e India supervalorizam uma pequena parcela de sua população em detrimento de uma imensa maioria que vive praticamente na pobreza extrema.

E realmente, em muitos pontos não são. Digamos que para 1 indiano excelente existem 1000 muito abaixo das expectativas.

Baseado em minha experiência, e lembrando que isso tudo que estou escrevendo agora é apenas minha opinião, creio que os melhores profissionais estão, em sua maioria, em países de primeiro mundo capazes de prover uma educação de qualidade para seu povo e que, coincidência ou não, investem pesado em pesquisa acadêmica (EUA, Canadá, muitos países da Europa e da Oceania).

A India pode ser referência como mão de obra barata. Afinal, muitos no primeiro mundo fazem isso: projetam o software e terceirizam a codificação, que é a parte mais braçal do do projeto, em países emergentes.

Quando você fala que “China e Índia supervaloriza um em detrimento do outro”, o que você quer dizer exatamente? o governo desses países? a população?

[quote=rmendes08][quote=pfk66]

Então como você explica a China ter 1 bilhão de pobres e uma comunidade de desenvolvedores forte?
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É simples. Esse 1 bilhão de pobres estão, em sua maior parte, nas áreas rurais da China, justamente onde não se tem acesso a serviços básicos. Em compensação, nas áreas urbanas e metrópoles, a China avançou muito. Enfim, em se tratando de China, analisar a parcela da população que tem acesso à educação é praticamente analisar um país à parte.

No mais concordo com os colegas, dizer que a qualidade de um profissional depende tão somente do indivíduo é pensamento de auto-ajuda barata. No caso de programação, o mínimo que o sujeito precisa é de energia elétrica, um computador e livros/internet a preços acessíveis. [/quote]

Você acha que o programador médio chinês e indiano não têm acesso a esses serviços?

[quote=A H Gusukuma]No caso dos chineses e indianos, além da enorme população, uma quase 7 vezes e outra 6 vezes a nossa população, devemos considerar que muitos dos que se destacam tem educação em universidades de ponta ocidentais. Juntando disciplina, foco, valorização da educação e boa infraestrutura educacional costuma dar resultado.
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Verdade. disciplina e foco são fundamentais, e são características pessoais, e não de uma nação.

[quote=pfk66][quote=Júlio Murta]
China e India supervalorizam uma pequena parcela de sua população em detrimento de uma imensa maioria que vive praticamente na pobreza extrema.
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Quando você fala que “China e Índia supervaloriza um em detrimento do outro”, o que você quer dizer exatamente? o governo desses países? a população?[/quote]

Talvez no caso da China, parte disso seja responsabilidade do governo. No caso dos indianos, a extrema desigualdade é uma característica histórica marcante. Mas isso se dá num nível mais cultural que através de uma imposição formal. O próprio sistema de castas reforça e justifica a desigualdade.

Depende dos interesses do fazedor de crud, alguns sao ambiciosos e outros nao.
Os que sao mais ambiciosos e estudam acabam se destacando; seja no Brasil / India / China / etc…

Enfim, vai depender do “fazedor” de CRUD nao da sua nacionalidade :wink: